sábado, 20 de dezembro de 2014

HOSPITAL POPULAR?

Está bastante claro que numa sociedade civil há pessoas que pensam e agem de maneira própria e, às vezes, conflitam com os pensamentos das demais. Assim, mesmo não aceitando, devo defender democraticamente o que os meus companheiros pensam e  agem porque estarei integrado no grupo social comunitário e da terra que me viu nascer, crescer e. . .etc.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O NATAL DE SEMPRE

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Assim diz a nossa maneira social de safarmos de alguma encrenca.
Não quero entrar nesse caminho porque ele não vai me levar a lugar algum, mas comentar algo que, em todo final de ano, emociona qualquer cidadão do mundo. O Natal.

sábado, 29 de novembro de 2014

JOGOS VORAZES E DAÍ?

Deixei a sala 9 dos cinemas e fiquei pensando: "será que eu acabarei os meus dias mais idiota e  burro do que eu já sou?"
Explico.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A POMBA ADORMECIDA

Diante de mim, que estava sentado em um banco numa praia, vejo mais de quinze pombas caminhando ou saltando pela areia cinza clara e fria, na procura de algumas migalhas ou restos de algum alimento, esquecido ou jogado por algum praiano.

domingo, 16 de novembro de 2014

A GAZETA PUBLICOU.

Confesso que fui um leitor fanático do jornal A Gazeta - deixou de ser editada há alguns anos - onde eu lia as principais notícias do dia. Vou me lembrar de uma delas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

ÊTA POVINHO DANADO.

Encontro com um amigo norte-americano que me contou ter dado um Corolla zero quilometro para a sua filha, por ter concluido um curso universitário em Boston.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

É MENTIRA!

Logo pela manhã, quando aquela criança sorriu para mim, confesso que fiquei surpreso e emocionado. E  ela gesticulava bastante.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O INTRÉPIDO

Desde criança ele era considerado um menino diferente.
Nada para ele podia ser considerado impossível porque ele resolvia qualquer problema.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

RESULTADO FINAL

Hoje, sexta feira, dia 24 de outubro de 2014, dois dias antes da eleição para presidente do Brasil.
Aqui vão os números das pesquisas que efetuei em todo o país para saber, realmente, quem estaria liderando os índices dos votos para ganhar a presidência da republica.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A MODERAÇÃO

Aldo Zottarelli Júnior

Diziam os antigos  que tudo deveria ser feito com muito cuidado para não se ter a obrigação de tentar fazer novamente. Ou seja, todo cuidado é pouco. 
Assim, nós crescemos com  essa espécie de medo de errar para não termos que fazer novamente. Descobrimos depois que a palavra certa para  tal cuidado é a moderação.

domingo, 12 de outubro de 2014

MARGEM DE ERRO

Aldo Zottarelli Júnior


É de estarrecer qualquer um, quando alguém afirma algo  justificando a possível existência de uma certa margem de erro.
Meu Deus! 


sábado, 11 de outubro de 2014

CANSEI DE ILUSÕES

Aldo Zottarelli Junior


Acordei apreensivo nesta manhã de outubro, depois de uma noite dedicada ao descanso físico e mental de oito horas.
Diante do meu Apple, ouço Zé Luiz Mazziotti cantando uma das mais lindas e sinceras canções de Tito Madi: 
"Mentira, foi tudo mentira, você não me amou"

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

COMO PODEMOS, SE É QUE PODEMOS.

Eu gosto muito de ler e conversar sobre política e quem é que não gosta? Pode ser que esse tipo de conversa possa me levar a uma discussão, mas tudo não passa de defesa de opiniões. Né, não?
Pois é!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

QUARENTA ANOS É O LIMITE




Aldo Zottarelli Júnior


Este nosso mundo está repleto de fatos que nos levam a
acreditarmos que somos apenas meros coadjuvantes do
seu enredo ou da sua história.Vamos lá.

domingo, 27 de julho de 2014

O SIGNIFICADO DA INSIGNIFICÂNCIA

Aldo Zottarelli Júnior
Estou diante do teclado do meu Apple, procurando algo que venha a me inspirar a escrever um novo artigo.
Necas de Catubiribas.
Sabem lá o que isso significa? Não sabem? Vou tentar explicar.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

SE ACHANDO?

Aldo Zottarelli Júnior
Um dia, o Pedro acordou falante, algo inusitado nele.
- Mamãe, hoje, o Pedrinho está muito se achando - anunciou Jonas, seu irmão mais velho.
Esse verbo, pronunciado como foi, nada diz respeito ao seu verdadeiro significado de se achar.

domingo, 20 de julho de 2014

UM PARAÍSO PARA TODOS.

Aldo Zottarelli Júnior
Há algumas semanas eu conheci o paraíso. Vou mais longe e começo a citar esse local com letras maiúsculas: PARAÍSO. Tudo bem?

sábado, 12 de julho de 2014

PORQUE PERDEMOS A COPA

Aldo Zottarelli Júnior


Não gostaria de explicar o que eu não consegui ainda entender. 
Vou tentar.
Consultei um companheiro que, junto a mim, vimos na TV, a nova derrota do futebol brasileiro diante da Holanda, pela Copa do Mundo. Mais três pedradas no lombo.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O CULPADO FOI O SETE

Sete é considerado por toda e qualquer tipo de  instituição religiosa esportiva, cultural ou matemática, como o número perfeito. 
Para muitos, representa conta de mentiroso. Será? Vamos ver.
Nem pensar em falar isso para um brasileiro.
Perfeito é o ?* da mãe! - seria a sua resposta.
Que coisa, meu Deus!

terça-feira, 8 de julho de 2014

TERMINOU O JOGO

Aldo Zottarelli Júnior
Terminou o jogo!
O time que ele torceu, perdeu. E perdeu feio. De goleada.
Desligou a TV onde, sozinho, acompanhou o jogo e ficou pouco tempo em silêncio. Balbuciou algumas palavras desconhecidas e se levantou da poltrona onde estava sentado. As pequenas garrafas vazias de cerveja caíram do seu colo, demonstrando o quanto ele havia bebido durante o jogo. Como ele torceu!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

BRINCANDO COM AS PALAVRAS.

Aldo Zottarelli Junior

Há frases e palavras que classificamos como exageradas e outras que nada significam, apesar de algumas serem consideráveis. Vamos brincar com elas. Esta, por exemplo:
"Nem que a vaca tussa, eu vou fazer isso ou aquilo".
Já imaginaram uma vaca tossir? Deve ser horripilante! Pois é!
Nada será feito.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

O FATASMA DA ÓPERA.

Aldo Zottarelli Júnior


Vocês já ouviram falar de um trio de artistas e cantores formado por Erik, Raoul e Cristine Daaé? 

Não?
Eles continuam se apresentando todas as noites no palco do Teatro Majestic, na Broadway, em Nova Iorque, há vinte e cinco anos!

terça-feira, 1 de julho de 2014

OS SETE MINUTOS

Aldo Zottarelli Júnior

Dizem, os entendidos, que toda ação, que nos seja importante, tem sete fases ou sete minutos como interpretam os americanos.
Vamos lá.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

FACULDADE DE MEDICINA : UM SONHO REAL

Aldo Zottarelli Júnior
O que era apenas um sonho, começa a se tornar realidade.
A política pode ter suas causas, efeitos e defeitos mas é dela que um município como Rio Claro necessita, para realizar muitas coisas em benefício da sua população.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

QUEM FAZ, PODE?


Aldo Zottarelli Júnior
"Aqui se faz, aqui se paga!"
Lembram-se dessa frase? Pois é. Quem é que não se lembra?
Agora, há uma outra que me deixa com a pulguinha atrás da orelha:
"Faz quem pode e quem não pode se sacode".
Bárbara, não?

sábado, 21 de junho de 2014

UM PEDIDO ESTRANHO

Aldo Zottarelli Júnior

O caixa daquele banco sorriu para mim e me informou que seria impossível atender ao meu pedido e me encaminhou ao seu supervisor.
Este, um jovem e promissor bancário, muito bem vestido, analisou o meu pedido e sorriu. Depois, se desculpou e me encaminhou ao gerente adjunto daquela agência.
Ao chegar junto da mesa onde se encontrava o tal gerente adjunto, senti que o meu pedido também seria recusado. Mas fui em frente. Ele me olhou e me mediu dos pés à cabeça como se eu fosse um manequim,  deu uma piscadinha com o seu olho esquerdo e sorriu. Infelizmente, para ele também, o meu pedido não poderia ser atendido. Ao me ver desconsolado e triste me encaminhou ao principal gerente daquela agência.
Antes, porém, eu teria que me identificar com a sua secretária e informá-la sobre o que eu queria. Fiz isso e aguardei a sua reação: 
- Dificilmente o seu pedido será atendido pelo meu gerente, meu senhor. ( Afinal, o gerente era dela ou do agência? Aí tem algo estranho.)
- Por que? - eu perguntei.
- Somente ele - balançando a sua cabeça em direção do gerente, completou - poderá explicar e justificar tal negação.
Ao me aproximar do gerente, que já havia recebido a informação da secretária sobre o meu pedido, ele me convidou para me sentar numa das duas poltronas à frente da sua mesa e me explicou:
- Hoje, estamos recebendo a visita do nosso gerente regional para a verificação  dos nossos serviços e tirarmos algumas dúvidas deste complexo trabalho de uma agência bancária.
- Tudo bem. Eu espero o senhor atender o seu gerente regional. 
Aí,  deu um estalo na minha cabeça e lhe disse:
- O senhor poderia aproveitar a presença do seu superior e talvez o meu pedido possa ser atendido. O que o senhor acha?
O gerente me olhou e sorriu.
Caminhou em direção do seu superior e ambos passaram a conversar baixinho. Logo em seguida, o gerente da agência veio em minha direção e me disse:
- Meu caro, desculpe te-lo feita esperar. Tentei convencer o meu superior sobre o seu pedido e ele me informou que a diretoria do banco jamais aprovaria o seu pedido.
- Mas porque?
- Não sei lhe explicar. Mas se o senhor quiser, eu lhe dou o endereço da diretoria do banco em São Paulo,  onde o senhor poderia ir até lá e fazer o seu pedido. É o máximo que posso fazer.
Percebi que a coisa iria se complicar se eu aceitasse a idéia de ir até a sede do banco. Agradeci a atenção que o gerente havia me dispensado, e saí daquele local reclamando baixinho e xingando todo mundo por não ter o meu pedido sido atendido por um dos maiores bancos do mundo. Repito: do mundo, mesmo!
Vocês querem saber o que eu queria pedir ao banco?
Pois bem, lá vai. . . eu  me esqueci!

O autor é educador, escritor e músico
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

terça-feira, 17 de junho de 2014

VERMELHO COMO O INFERNO


Aldo Zottarelli Júnior 
Não devo me calar diante daquilo que leio nos jornais e revistas sobre o momento político brasileiro. Até parece que estou vivendo num outro mundo, num outro país. Vale tudo! 

sábado, 14 de junho de 2014

OS GÊMEOS DE MARY

Aldo Zottarelli Júnior

Estou sentado no pequeno e gostoso jardim de uma residência, no coração do Queens, em Nova York, lendo as notícias publicadas nos jornais do dia quando ouço alguém me chamando:
- Aldo! Você por aqui outra vez?

sexta-feira, 13 de junho de 2014

VENCEMOS E ESTAMOS CONVERSADOS


Aldo Zottarelli Júnior

Três a um e estamos conversados!
O que é isso? Macumba? Chacina? 
Nada disso. É o primeiro resultado da Copa do Mundo de Futebol deste ano e que encheu de orgulho os brasileiros que passam necessidades para viver e esquecem tudo quando se fala em futebol e da seleção brasileira.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

ALWAYS. . .PARA SEMPRE!

Aldo Zottarelli Júnior

Estou pensando na letra de uma música de Irving Berlin e que no seu lançamento, há mais de cinquenta anos, foi um sucesso incrível em todo o planeta. O seu nome? Always.
Vários cantores e cantoras gravaram essa melodia e o sucesso veio em seguida. Música linda em vozes mais lindas ainda.

terça-feira, 3 de junho de 2014

COMO GOSTAR DE ALGUÉM

Há uma canção que diz:
"Eu só vou gostar de quem gosta de mim."
Vamos escarnificar (será que existe essa palavra?) e ver no que dá o fundamento da frase epicografada (gostaram?)
Pois é. Escarnificar vem do verbo inexistente escarnificar que significa escarnificar, ora  bolas. Se alguém tiver dúvidas sobre tal palavra, deve consultar um dicionário qualquer, menos o da Língua Portuguesa, porque neste você não irá encontrar o significado da mesma.
Já a "epicografada"é mais fácil. Pelo menos, eu acho assim. Porém, se qualquer pessoa souber o valor da conjunção "epico" com a "grafada" estará bem próxima da descoberta sensacional do significado da palavra. OK?


domingo, 1 de junho de 2014

TIMES SQUARE E TROMBADAS.

Aldo Zottarelli Júnior
Domingo ensolarado em Nova Iorque.
Saio para passear e me aproximo do Times Square, onde todos querem passar alguns minutos clicando algumas fotos que comprovarão, no futuro, que eles estiveram no coração da Big Apple.
Você pode visitar esse local durante toda semana e no horário que quiser. Agora, no domingo, nem pensar, porque você vai  trombar com toda espécie de pessoas, independente da idade e sexo.
Além dos turistas de todas as partes do planeta, lá estarão muitos jovens de algumas escolas norte-americanas fazendo excursões culturais. E quem disse que jovem de qualquer lugar do mundo tem uma educação suficiente para se auto-conviver naquele local. Que nada. O jeito é trombar mesmo. 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

FREUD EXPLICA

Aldo Zottarelli Júnior

Não me lembro, neste instante, do nome do cara. Só sei que ele era austríaco de nascimento e já morreu há muitos anos. Seu mercado de trabalho era a psicologia ou a psiquiatria ou qualquer ciência que se inicia com o termo psico. O ilustre doutor alcançou os píncaros da glória, logo depois que começou a divulgar os seus pensamentos confusos mas entendíveis e citados nas horas de aperto por aqueles que gostam de bla,bla,blar. Uma delas era a seguinte:
"Você sempre irá desconfiar de outrem, porque se estivesse em seu lugar cometeria os erros que tanto condena."
Continuo a não me lembrar desse sujeito. 


sábado, 24 de maio de 2014

FATOS DE UMA HISTÓRIA POLÍTICA.

Aldo Zottarelli Júnior

Primeiro fato:
ao ouvir, cheguei a duvidar da notícia, mas ela foi confirmada: no Irã, um certo cidadão foi condenado à morte e executado por ter dado um "calote" nos cofres públicos daquele país. Como ele era importante, mandou a brasa e deu um prejuízo de alguns milhões de dólares para o governo e indiretamente para o pacato povo iraniano. É isso aí. Se o caso estivesse ocorrido neste Brasil varonil,  o salafrário estaria solto e comandando operações de  câmbio com políticos e empresários influentes. Nem preso ou julgado o dito cujo seria ou ainda, se estivesse registrado no partido do governo ganharia, sem dúvida alguma, algum cargo de confiança altamente remunerado, com desconto de 10% do seu salário para o partido que o nomeou. Não falei do governo federal ou estadual e muito menos municipal. Todos tem o mesmo defeito filosófico de remunerar fantasmas e bandidos. Quem duvida?


terça-feira, 20 de maio de 2014

A SUBJETIVIDADE DA POLÍTICA.


Aldo Zottarelli Júnior
Não gosto de comentar sobre a política porque se trata de assunto coordenado pelo direito subjetivo e tudo que é subjetivo merece uma certa atenção porque, no final, alguém irá pagar uma conta bastante cara. As eleições são os testes para definir esse campo que  pertence a um Estado democrático, onde todos somos o que não somos e queremos ser o que nunca seremos. Deu prá entender? Pois é, assim é a política que desperta, por isso mesmo, uma ciumeira danada aos que estão do lado de fora e que namoram um cantinho para a sua sustentação financeira, como os que estão exercendo alguma atividade política, geralmente não identificada com a própria personalidade.
A inveja mata e . . .mata mesmo! 


terça-feira, 6 de maio de 2014

A MENTE NÃO AGUENTA.

Aldo Zottarelli Júnior


Há duas frases que me chamam a atenção: "Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje" e "O apressado come cru".
Percebem que as finalidades de ambas são antagônicas porque enquanto uma manda você fazer a  coisa rapidamente, a outra sugere você esperar para fazer. Que coisa!
Eu acho bacana a segunda frase e, quando posso, sigo a risca, sem perder de vista que a lentidão da tartaruga pode perder uma corrida. Não é?


segunda-feira, 28 de abril de 2014

SELLA STERCORARIA

Aldo Zottarelli Júnior

Ao reler o meu livro NEVOAS, notei que muitos fatos ali narrados, além de verídicos, causam surpresas pelo que representam no mundo da veracidade.
Um deles diz respeito a existência ou não de uma papisa na história do Vaticano. Como eu havia feito quando da escrita e montagem do livro, voltei a pesquisar e cheguei à conclusão de que nem sempre o escondido deixa de ser descoberto, como cita Lucas, capítulo 12, versículos 2 e 3. 
A igreja católica tentou de todas as maneiras encobrir a existência de uma papisa, mas a história nos mostrou outra versão, contada nas páginas 61 e 62 do NÉVOAS: "um casal de missionários ingleses trabalhava em Mainz, pequena cidade do Reno, quando no  dia  28 de janeiro de 814, tiveram uma filha a quem deram o nome de Joana."


segunda-feira, 21 de abril de 2014

MÔR - UM APELIDO CARINHOSO

Aldo Zottarelli Júnior

- Como é mesmo o seu nome? - perguntei à aquela figura magérrima e sem expressão.
- Úrsulo.
Que coisa. Jamais pensei que um dia apareceria o masculino de Úrsula, nome tão bonito e que nos dá a impressão de ser uma mulher linda e agradável. Que nada! Ali estava o Úrsulo que, por ser tão magro, ele deveria ficar sempre de frente e nunca de lado porque dará a impressão de que ele já se foi, Será?

terça-feira, 15 de abril de 2014

PALHAÇADA

Aldo Zottarelli Júnior

Até parece uma palhaçada.
É o que eu penso, quando fico sabendo das novidades que giram pelos céus brasileiros.
Seria céu de brigadeiro? Nada disso. Trata-se apenas de um espaço destinado ao povo brasileiro que vai do Oiapoque ao Chui.
Pois bem, vamos ao que interessa.
O Brasil vai ser sede da Copa do Mundo futebol.
Há alguns anos, isso foi decidido no voto, com a presença das mais altas autoridades deste país. Até agora, o povo que ama o futebol já percebeu as maracutaias em torno do término das óbras dos estádios, onde serão realizados os jogos. Alguns já mostraram que estão prontos. Será? Vamos acreditar.
Aquele que será o palco principal da abertura da Copa não vai ficar terminado antes do apito inicial da primeira partida de futebol da Copa. Seu dono; Sport Clube Corinthians Paulista. O clube do amor do ex-presidente barbudinho que recebeu milhões de reais que já foram gastos. Até mortes de pedreiros aconteceram e o bichão tá lá, inacabado e assim ficará para todo o sempre. Quem duvidar que levante a mão. Ué, ninguém levantou. Por quê?. 
Mas a grana rolou feia para os bolsos de muita gente. Como rolou. Sem dúvida alguma, mais alguns milhões ainda vão ser despejados naquele estádio, construído num bairro populoso da capital paulista.
Como este, outros mais estarão inacabados para a Copa.
Isso ninguém duvida porque há a previsão de serem colocadas as arquibancadas "quebra galho", já autorizadas pela FIFA. Mesmo assim, todos estamos esperando a ordem: mandar mais dinheiro!
Uma verdadeira palhaçada.
Outra: a febre da existência da nova classe media social brasileira acabou-se! O baixinho e a sua criatura, o poste, ainda pensam que os seus discursos eleitoreiros  serão ouvidos. Os preços subiram e os "cais-cais" caíram. Está difícil manter a enganação e o povo já percebeu isso.
Êta palhaçada bacana!
Uma empresa pública brasileira, conhecida como Petrobras, orgulho de todos nós, nos últimos seis anos caiu de maneira impressionante, graças a corrupção e desmandos do governo
e dos seus asseclas. Haja pré-sais e outras bacias intermináveis para atenderem a demanda do nosso petróleo. Será que resolverão? Que nada!
Eu tenho o direito de criticar porque eu acreditei e comprei ações dessa empresa. O meu rico dinheirinho foi prá cucuia, e os responsáveis por isso dizem que  é boato e um jogo sujo da oposição que só pensa nas eleições de outubro. Quem? Quem, mesmo?
Quer palhaçada maior do que essa?
E tem gente que ainda acredita. É o pessoal do "quanto pior melhor!"
Nas lojas e shoppings há muita gente, andando a esmo, passeando e sonhando, porém poucos são os que compram alguma coisa a não ser o necessário e olha lá!
Sinto que somos um circo pobre à beira da estrada que nada inova, mas espera os aplausos daqueles que "vibram" com a falta de responsabilidade e eficiência de um governo da cor vermelha e repleto de terroristas derrotados no passado, e que hoje confirmam que o resultado do movimento revolucionário de 64 venceu quem deveria vencer. Já imaginaram se tivesse ocorrido o contrário?
Aí não seria uma palhaçada a mais, mas uma devastação total.
Felizmente, conseguimos sobreviver ao governo de um partido político infiel aos desejos e aclamos dos brasileiros.
E pensar que todos nós continuamos recebendo o que não merecemos: as grandes e enormes palhaçadas, jamais vistas na história deste país.  Não é mesmo?

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

sábado, 12 de abril de 2014

A CRIMINALIDADE E A POLITICA

Aldo Zottarelli Júnior

Impossível ficar sem fazer nada. 
Pelo menos, se o seu corpo está parado, inerte, é bem possível que a sua mente esteja em ação e a todo vapor. Assim, você jamais ficará sem fazer nada.
É que aconteceu comigo neste momento.
Acabei de ler os meus jornais diários e fiquei alguns minutos pensando no que eu li e as suas consequências. Espanto geral!
A maioria das notícias lidas foram idênticas as que eu ouvi ontem no final da noite, num canal de TV. Mais de 80% foram policialescas (gostaram?) e me deixaram deveras (outra?) preocupado. Se vamos sediar um campeonato mundial de futebol, seria necessário que elas fossem diminuídas ao máximo. Mas não foram e nem serão. Hoje estamos isolados na liderança mundial como o país com um número excessivo de crimes, assaltos, etc e,  nenhum outro país nos alcançará, nos próximos anos. Assim, já conseguimos um título mundial, dois meses antes da Copa de Futebol, só que no segmento: crimes. É mole?
Deoclécio aquele que tem solução ou explicações para casos não explicáveis me revelou: "uma coisa tem muito a ver com a outra. O mundo está acompanhando tudo que acontece no país das maravilhas, cuja capital é Brasíla. Ou seja, o Brasil, claro!"
- Como? Me explique.
- Você se lembra que mais da metade dos brasileiros, apesar de amarem o futebol, não queriam e nem querem a Copa por aqui e preferem que tais investimentos do governo sejam aplicados em educação, saúde, alimentação e moradias para o povo.
- Lembro-me perfeitamente que alguns movimentos afirmaram que até antes da Copa muita coisa iria acontecer.- completei.
Em seguida Deoclécio me narrou os últimos acontecimentos que recheiam as principais cidades onde teremos o desenrolar de alguns jogos da Copa. Fiquei preocupado. Imagino, agora, como devem ficar aqueles que se deslocarão dos seus países para assistirem os jogos da Copa em cidades e capitais brasileiras onde 80% nascem as notícias sobre assaltos, mortes, etc.
Vejam no noticiário das rádios e TVs se não é isso que está acontecendo. E não vamos pensar que as Forças Armadas irão enfrentar a espécie de bandidos pobres e poeirentos que estão sendo doutrinados, por líderes criminosos diversos para importunarem os que, de boa vontade, virão torcer nos estádios brasileiros. Será que estamos vendo essa imundice crescer como está crescendo e que terá o seu ápice nas semanas dos jogos da Copa?
Será que há dedos de políticos da oposição querendo levar vantagem nas eleições que acontecerão três meses depois da Copa, manipulando tudo isso? Ou será que se trata da falta de responsabilidade e competência de quem governa atualmente o país?
- Tudo é possível - diz Deoclécio e complementa - a presidente está mais preocupada com a sua re-eleição do que com o crescimento das noticias policiais e da possível negatividade da Copa para o país.  É o caso notório de cada um por sí e ela se sente assim. Votos dos eleitores é o objetivo. A Copa e a criminalidade fica para depois ou para o que der  vier.
Parece que, agora, tudo dependerá do PMDB e das suas bancadas no Congresso Nacional e que ela, a estátua, judiou bastante. Se esse partido resolver se liberar, e deixar a situação, lançando para a presidência da república o atual o vice presidente, Michel Temer,  com o apoio de outros partidos importantes que assinariam com alegria e sorrisos essa página da história política brasileira? 
Se isso acontecer, estará decretado o fim da presidente, conhecida como o poste ou a estátua, do seu criador e do PT. Ou não?
Será que o Brasil deixará de ser mais um país da estrela vermelha comuna e voltará a ser alegre e franco com as cores verde, amarelo, azul e branco?

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

terça-feira, 8 de abril de 2014

ALÉM DO IMAGINÁRIO

Aldo Zottarelli Júnior

A expressão é bastante conhecida e toda vez que eu a escuto fico boiando num lago fantasmagórico e grande que irriga a minha mente. Apesar de ser imaginário, com certeza esse local tem tudo a ver comigo, e o mesmo deve acontecer com os outros que confirmam o mistério da imaginação como algo mais importante da vida. A tal expressão é: além do imaginário!
Você já ouviu e talvez tenha entendido o seu significado, ou na pior das hipóteses, concluíu que dela não se conclui nada a não ser que é do próprio pensamento que nasce o nosso comportamento humano e dele formamos o nosso imaginário. Deu para entender? Se deu, por favor, me explique porque continuo boiando no lago inexistente. Mas vamos ver se, juntos, podemos  entender o que realmente significa o imaginário de cada um.
Claro que precisamos levar em consideração a idade e o sexo de quem imagina, porque uma criança tem a sua percepção mental diferente de uma outra pessoa idosa. Assim, concluímos inicialmente, que a grande diferença entre as pessoas está na sua estrutura corporal e física além do que está armazenado em suas mentes.
Eu explico. De que adianta pensarmos em movimento se, por diversos motivos, esse ato não corresponde a  qualquer movimento corporal? A estrutura óssea-muscular do jovem o leva a movimentos independentes e até involuntários com certa precisão (ou não), porém firmes sob a pressão da força. O mesmo não podemos afirmar de um idoso acima dos sessenta anos. Mesmo que seja um excelente frequentador em academias de ginástica, com presença diária usando aparelhos dos mais sofisticados, ele jamais terá a mesma perfeição e determinação daquelas envolventes pelo jovem. Resta somente se retirar para dentro de si e imaginar como seria diferente se pudesse substituir os sessenta anos pelos vinte poucos anos diante da complexa aparelhagem da academia. Não é?  
Aqui nasce o imaginário e com ele o que podemos pretender além dele. Nem que as nossas mentes, nossos pensamentos e sentimentos tentem improvisar um movimento coletivo, como um panelaço, nada irá mudar as regras rígidas existentes e a idade de cada um. Daí devemos entender que o além do imaginário só ficará no próprio imaginário e o seu além será quase que impossível de se conseguir. Ou será que não?
Como a imaginação é praticamente um punhado do imaginário das nossas mentes, devemos, com cuidado, praticar os exercícios de pensamento e com eles adaptarmos continuamente às nossas atitudes entre aqueles que nos entendem e nos amam. Desta maneira, dentro de nós, o além do imaginário nos levará, com felicidade e muita certeza, ao aperfeiçoamento da nossa alma na busca constante da paz e da compreensão.

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SEM EXPLICAÇÕES.

Aldo Zottarelli Júnior

Tem gente que gosta,  mas eu não gosto de falar de assombrações, ditames espíritas ou coisas do outro mundo que desembarcam  e costumam florescer entre nós.
Feitas tais considerações, devo contar a estória - sem "h"- que o Constantino me contou ontem, pela manhã, sentados num dos bancos de madeira de um dos jardins da minha cidade.
- Pois é - ele disse - na última semana, ao acompanhar o enterro de um cidadão bastante conhecido, ouvi um comentário que me deixou perplexo.
- Perplexo é forte demais - interrompi.
- Que nada, meu.
E ele me contou que um notório cidadão havia narrado à outra pessoa, que também acompanhava aquele sepultamento, sobre algo que ele leu numa revista que costuma publicar contos do outro mundo. Assim, ele explicou:
Numa cidade pequena de um país africano, havia dois meninos que cursavam o básico do projeto educacional e que não se largavam um minuto sequer um do outro. Onde estava um, estava o outro também. O que um fazia, outro fazia também. Não eram gemeos mas haviam nascido no mesmo dia e na mesma hora. O local, ou seja, as maternidades eram outras e as mães, também eram outras.
 Cresceram com essa "coisa"de pensar e agir como se fossem uma única pessoa. Até as dores de barriga eram idênticas e ocorriam no mesmo instante, estivessem eles em locais distantes, um do outro.
Os anos se passaram e isso sempre continuou a existir.
- Só falta um morrer e o outro embarcar no mesmo dia e hora. - afirmava alguém que se aproximou para  ouvir o que o Constantino falava.
O engraçado disso tudo, se é que posso definir como engraçado, é que os dois personagens não se conheciam.
"Será que é uma nova edição do boneco de barro que o Mestre estava experimentando neste mundo louco?"
Bem, continuei ouvindo aquela narrativa.
Homens feitos e casados, suas mulheres ficaram grávidas. Cada uma na sua cidade. E as duas famílias moravam em lugares distantes. Uma, naquela cidade africana, e a outra no nordeste brasileiro. As duas gestantes deram a luz, no mesmo dia e na mesma hora: dois meninos, um para cada uma. Que coisa, meu!
Com o passar dos anos, os homens ficaram mais idosos e cuidaram, cada um à sua maneira, dos rebentos que já eram universitários  e estavam em cursos idênticos, e assim, ambos seriam médicos, em pouco tempo, com certeza.
O universitário da Faculdade de Medicina do Ceará se inscreveu no movimento "Médicos sem Fronteiras" e foi designado para servir numa pequena cidade africana. Não era a tal cidade onde se iniciou essa estória. Nada disso. Era uma espécie de tribo bem no centro da Africa. Ali, no centrinho.
Depois de alguns dias servindo à saúde daqueles pobres tribais africanos, o futuro médico sentiu-se mal e foi encaminhado para uma cidade distante daquela tribo, para ser atendido e tratado, porque a coisa parecia ser grave.
Já internado na UTI do hospital recebeu a visita do médico de plantão. Adivinhem quem era esse plantonista?
Erraram! Não era quem vocês pensaram, porque esse outro médico
também estava internado num outro hospital, com os sintomas semelhantes ao do citado companheiro de profissão.
Apesar de estarem internados nas UTIs de hospitais diferentes, e sem que tivesse sido descoberta a causa das doença semelhantes que ambos haviam contraídos, eles permaneceram num "coma" induzido até que, num dia e na mesma hora, os dois jovens profissionais da saúde partiram juntos para o andar superior.
Os seus pais, logo após serem avisados sobre a morte de seus filhos caíram "durinhos" e sem vida. Foram em busca dos dois filhos.
Agora, o importante: tudo no mesmo dia e na mesma hora.
- Como explicar isso? perguntou Constantino.
Ninguém respondeu. Nem eu!
Ficamos em silêncio.

O autor é educador, escritor e músico
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

sexta-feira, 28 de março de 2014

O POVO É QUEM PAGA

Aldo Zottarelli Júnior

E pensar que muita gente acha que governar uma nação é fácil.
Pode ser para uns que jamais entenderam como é possível  manter uma população de centenas de milhares ou milhões de pessoas sob uma caneta, num gesto individual, único e poderoso que determinará a vida de cada um. 
Para outros, há a necessidade desses atos serem apreciados e assessorados por um competente parlamento legal que represente a vontade do povo e só depois ser concretizado.
 Há ainda os que não aceitam nada e se consideram anarquistas e nada está bom para eles. É a turma do "arrebenta pra ver quem aguenta". Torcida de time de futebol seria um exemplo?
Assim caminha a humanidade com essas pessoas que por vontade do povo ou à força recebem a incumbência de  dirigir um país e têm, em suas mãos, a decisão sobre a vida ou a morte de seus semelhantes obedientes.
 Claro que os cidadãos de um Estado querem na sua direção uma pessoa que se preocupa com o bem estar de todos os seus comandados, e que possa oferecer educação, saúde, paz e felicidade igualmente a todos, sem que isso seja pré-julgada uma forma política de governo com as suas consequências sociais e culturais.
Entretanto é dada à população da maioria dos países o direito ou não de escolher os seus dirigentes. Nessa maneira de escolher está a fórmula básica do tipo de governo que será instalado e cultuado pelos seus responsáveis. 
E bem possível que no andar da carruagem aparecerão aqueles que não aprovam os métodos governamentais impostos pelos responsáveis pela situação governamental e surgem algum movimento estático ou flutuante denominado de oposição. Assim, a história política de uma nação equaciona a existência de duas correntes que se antagonizam pela sua formação e princípios e são escolhidas pela determinação de cada uma. Tanto de um lado como do outro  é determinante a maneira de pensar e de impor a execução do comando. Assim, as ofertas existentes no mercado dos tipos de governo ficam à disposição dos partidos políticos, além da escolha da  base filosófica e até pedagógica para o nascimento e vida de um  sistema político próprio.
Provavelmente a escolha das pessoas pertencentes a um grupo político para ficar com a responsabilidade de dirigir uma nação deve ser feita pelos votantes que, por sua vez, devem saber e conhecer como pensam e agem os que se submetem à votação. Esta opção é a base do  comprometimento de ambas as partes a ser cobrada constantemente,ou seja, da parte de quem votou e de quem foi votado.
É aqui que mora o "esdrúxulo" problema de "deixar ficar como está para ver como é que fica"
Um dos exemplos é apostar na continuidade do tipo de governo que está deixando o mandato do poder responsável, e indicar um sucessor ou uma sucessora para continuar o governo que se despede.
Daí em diante, se saberá se governar ou de se aceitar um governo será fácil ou não.
 O resto ou as consequências de tal ato ficarão para depois com uma única consequência: o povo paga, reclamando ou não.

O autor é educador, escritor e músico.
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quinta-feira, 20 de março de 2014

FAZ PARTE DO MEU SHOW

Aldo Zottarelli Júnior

Nasceu pobre, e na sorte soube que também morreria pobre.
O seu nome: Carlos Eduardo, ou Cazuza.
Quando estava sendo amamentado pela sua mãe no leito da materrnidade, o seu pai ao ver emocionado tal cena, comentou: "vocês fazem parte do meu show".
Parece que essa expressão ficou marcada naquela pequena cabeça que, mesmo sem entender o que significava, ficou com o som daquelas palavras em sua mente.
Cresceu no meio de uma comunidade  carente e cresceu com os seus valores. 
Aos cinco anos, numa aula da escola pública que frequentava, ouviu a sua "tia"- professora - dizer que aquela classe de alunos era a parte do seu show.
Ficou confuso porque tinha a impressão de ter ouvido essa frase  num quarto de hospital. Será?
Aos dez anos, ouviu alguém cantando aquela frase no rádio. Ficou atento e identificou depois como sendo um outro Cazuza quem cantava.
"Boa xará ", pensou.
Não demorou muito para fazer parte de um grupo de garotos que andava pelas ruas e assaltava as pessoas buscando dinheiro, jóias e . . .drogas.
Aprendeu a usa-las, e gostando, acabou um viciado. 
Durante os seus momentos alucinógenos, afirmava com a voz rouca e embaralhada: "faz parte do meu show".
Não ganhou a educação dos pais em casa, mas obteve a formação da sua personalidade nas ruas com a violência e a repugnância como seus principais valores morais.
Em todas as vezes que lhe era dada a oportunidade de dizer alguma coisa ou dar a sua opinião, ele terminava falando e sorrindo:" faz parte do meu show". Era a sua maneira de se identificar como um pseudo-líder de grupo marginal.
Ao ser preso pela primeira vez pela polícia, por ter assaltado uma pobre velhinha, na busca de algum valor, ele justificou, diante do delegado de policia, que o que fizera "fazia parte do seu show." 
Tudo para ele era uma espécie de show onde se vestia como o seu principal interprete. E ele acreditava nisso. Ele tinha a certeza de que era o artista principal de qualquer cena do seu cotidiano
Quando estava solto, e andando sem destino pelas ruas da cidade, na busca de dinheiro, jóias e drogas, tinha o costume de cantar aquela música feita pelo seu xará. E gostava dela.
Tornou-se um adulto criminoso e perseguido pela polícia.
Em tudo o que pretendia fazer, fazia com violência, como estuprar um menina de doze anos, para vê-la assustada e chorando, com sangue nas suas vestes e, olhando-a com desprezo, disse: "desculpe-me mas isso faz parte do meu show". 
Ao deixar um ancião desfalecido com a violência que havia empregado para roubar poucos centavos, olhou para a vítima e repetiu várias vezes que aquilo que havia acontecido "fazia parte do seu show". Em seguida, dava uma grande gargalhada.
Ao assassinar um casal que estava namorando dentro de um carro estacionado numa rua pouco iluminada, ele olhou para as vítimas  assustadas e  disparou a sua arma cantando a melodia de sempre: "faz parte do meu show".
Quando os seus pais morreram,  ele ficou revoltado e tornou-se um assassino implacável. Aliás, todos o temiam.
A sua fama cresceu no meio do crime e passou a ser um bandido temível e, ao mesmo tempo, marcado por todos os que se movimentavam no meio criminal da cidade. Era possível que algum dia ele viesse a ser morto pela polícia ou por outro criminoso. Seria uma questão de oportunidade. Mesmo sabendo disso, ele costumava deitar na cama e sorrindo, cantava:"faz parte do meu show."
Enfrentou muitas vezes os esquadrões policias como a Ronda, onde os tiroteios com os bandidos acabavam com mortes para os dois lados. Era por isso que os policiais tinham ódio sobre os grupos de delinquentes como os do Cazuza,
Aos vinte e cinco anos, combinou com mais três companheiros, um  assalto ao caixa eletrônico de um banco, num dos bairros da cidade. Durante o dia, era uma rua tranquila e à noite, totalmente favorável para tal crime.
Tudo deu errado. A polícia recebeu a informação antes  e ficou na espreita dos bandidos.
Houve um tiroteio jamais visto na redondeza. 
Num determinado instante, Cazuza percebeu que seus companheiros estavam tombados, mortos e somente ele permanecia vivo, sem qualquer bala em sua arma. Elas haviam terminado.
Levantou os braços e segurando o revolver com a mão direita veio andando em direção dos policiais cantando "faz parte do meu show".
-Pare e deite-se ao chão e jogue a sua arma para longe. - foi o que ouviu de um dos policiais.
Ao tentar se ajoelhar para deitar ao solo, perdeu o equilíbrio do seu corpo e caiu, dando a impressão de que iria atirar com a sua arma. 
Três tiros certeiros dos policiais perfuraram o seu corpo.
Deitado e imóvel pelos estragos dos tiros recebidos, viu que um policial aproximou-se e disparou mais uma vez entre os seus dois olhos. Cazuza partiu sem ouvir a proclamação do seu matador: 
"Hoje, eu fiz parte do seu show, seu canalha. Essa bala é para você saber que num dos seus shows você matou o meu filho".

O autor é educador, escritor e músico.
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domingo, 16 de março de 2014

O JOGO

Aldo Zottarelli Júnior


Era um domingo como um outro qualquer naquela cidade do interior.
Saio de casa pela manhã e vou até ao supermercado do primo da minha mulher para comprar bolacha champanhe para ser colocada como recheio num pavê de chocolate. 
Dentro daquele pequeno mercado, a maioria das pessoas falavam no tal jogo de futebol que seria realizado à tarde entre uma equipe local e um grande time paulista.
As críticas positivas ou negativas eram feitas uma a uma, e eu fiquei a observar  as opiniões que iam e vinham sobre o possível resultado da comentada "porfia"- gostaram?
Lembrei-me de que na cidade há dois times de futebol profissional e as suas torcidas são extremamente fanáticas.
Na história de um desses clubes, houve um diretor tão dedicado que o seu nome é hoje a denominação do estádio desse clube. Ele costumava acompanhar, pessoalmente, os jogadores da sua equipe aos jogos realizados em outras cidades, e ao término deles passava o resultado via telefone, comentando a "performance" de seus jogadores. Numa dessas informações, para demonstrar o grande amor pelo seu time do coração ele afirmava que a sua equipe  havia "perdido bem".
- Como perdeu bem?, eu perguntei.
A explicação foi a seguinte: os jogadores jogaram muito bem, mas perderam. Perderam de cabeça erguida!
- Perderam de quanto?
- Cinco a zero!
E perderam bem, pensei.
A minha cidade sempre teve pessoas apaixonadas pelo futebol e naquele domingo a coisa fervia em todos os cantos.
A meninada jogava seus "rachas" pelas ruas, vestindo as camisetas iguais as dos times da cidade, assim como muitas pessoas também sentiam-se honradas usando as camisas azul e branca ou vermelha e verde, cores de seus clubes.
As bancas de jornais e revistas estavam cheias de compradores na busca de notícias e informações sobre o jogo da tarde. 
Os aperitivos servidos nos bares prestavam, naquela manhã, a sua colaboração, servindo as suas bebidas acompanhadas com papel/guardanapo nas cores azul e branca, e com a estampa do distintivo do clube local que iria jogar.
No almoço das famílias, o assunto era o jogo da tarde. Os diversos palpites eram feitos e todos queriam opinar e aguardar ansiosamente para ver o espetáculo.
Era incrível o que se passava com os habitantes da cidade que não mediam esforços e nem se preocupavam com o que os outros viam em suas condutas. E tudo por causa de um jogo.
Na sala de espera da maternidade estava um futuro pai roendo as unhas de suas mãos, aguardando alguém sair do centro cirúrgico  e trazer a notícia tanto esperada. Quando isso aconteceu, a enfermeira não encontrou o pai do menino que nascera e, em seu lugar, havia um bilhete: "fui ao jogo!".
O futebol corria nas veias de todos.
- Precisamos ganhar para irmos às semi-finais- dizia um torcedor, e continuou - se empatarmos, teremos que esperar os resultados dos outros jogos.
- Vamos ganhar de qualquer jeito - afirmava outro fanático cidadão.
Esse era o conteúdo das conversas e "bate papos" em qualquer canto da cidade. O jogo parecia ser um caso de vida ou de morte. Ou da polícia?
Esta também já estava com os seus pelotões de soldados na arena do jogo.
- Se formos derrotados, só iremos jogar no próximo ano. Já imaginaram ficarmos sem o futebol do nosso time até o ano que vem? - era a pergunta que todos faziam.
- Que nada! Vamos vencer e vamos para a cabeça. Esse é o jogo das nossas vidas - era como pensava a maioria. 
Olhar para o relógio à procura das horas e esperando o momento do jogo, era um fator pessoal de cada torcedor.
As horas se passavam e a aflição aumentava. O  coração de cada torcedor já iniciava uma aceleração, perigo de problemas coronários que estavam sendo expostos.
Trinta minutos antes do início do jogo, os seus jogadores já estavam se aquecendo com várias bolas e observados com alegria pelos torcedores, que eufóricos lotavam todos os espaços do estádio municipal.
De repente, todos os atletas desapareceram, voltando para os seus vestiários.
Quinze minutos depois, os dois times adentram novamente o gramado da disputa e cada jogador está de mãos dadas com crianças uniformizadas como eles e sorrindo para toda a plateia.
No meio do campo, o juiz, bandeirinhas e auxiliares chamam os capitães das duas equipes que se cumprimentam e fazem o sorteio do campo de defesa para cada equipe.
Em seguida, somente os jogadores que irão iniciar o jogo formam uma única fila de frente para a bandeira nacional hasteada naquele estádio.
Ouve-se o Hino Nacional Brasileiro. A maioria das pessoas ficam em pé e  cantam como se fosse o hino do jogo. Muitos  se mantém calados e observam atentamente os artistas da bola que estão perfilados e concentrados no som do hino e pensando, talvez, como enfrentarão os seus adversários.Ao final do hino,todos aplaudem. O jogo irá começar.
Os onze jogadores se deslocam e ocupam seus respectivos lugares no gramado verde, enquanto que os bandeirinhas e auxiliares se dirigem para seus campos de ação. Tudo está pronto para o tão esperado Jogo.
O juiz olhou para os seus auxiliares e estes lhe acenaram com um sinal positivo.
Em seguida, ele apitou o seu instrumento de trabalho. . .
o jogo começou.

O autor é educador, escritor e músico
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sexta-feira, 14 de março de 2014

A ESPERA

Aldo Zottarelli Júnior

O professor pediu aos seus alunos que definissem o significado da palavra "espera", e que não confundissem com o verbo transitivo "esperar".
Foi um tal de todos os alunos abrirem os seus computadores, tablets, dicionários, celulares, etc, a procura do substantivo feminino "espera."
Não vou e nem quero comentar  o que eu ouvi dos alunos daquela classe. Só sei que dei risadas  com os comentários dos que encontraram algo referente a palavra procurada. E foram muitos.
Eu não me preocupei tanto com o pedido do professor, mas me liguei diretamente com a expressão "espera" e com o seu significado.
Consegui entender que ela significa o ato ou efeito de esperar; ponto ou prazo marcado; emboscada, etc. Me concentrei nessas três características e fui buscar o que eu conhecia a respeito delas.
Entendi que "esperar" é o mesmo que confiar(?); crer no futuro; aguardar. Que coisa!  Se esperar é o mesmo que confiar, podemos entender que aquele que confia é o confiante ou o esperável. Será que existe esta última palavra? Deve existir, com certeza.
A verdade, no entanto, é que ao aceitarmos "esperar" como "confiar" vamos entender também que aquele que espera sempre alcança ou se cansa(?) e aquele que confia consegue o que pretende, ou ainda, entrar numa fria. São conclusões e definições contidas no livro que apelidamos de "pai dos burros"e conhecido como dicionário.
A "espera" como ato de esperar vai mais além, e a sua aplicação é das mais variadas que conhecemos na nossa linguagem oficial.
Nascemos, depois de deixarmos a nossa genitora nos esperando por nove meses e, até hoje, não sabemos como isso foi possível porque  nós não aguentamos esperar nada. Queremos tudo logo. . . imediato!
A espera cansa muito quando é longa, sendo um "saco"quando nos mandam esperar. Talvez, por isso, os homens não gostam de esperar e as mulheres, sem saco algum, acabam aceitando a demora de uma espera. Até sorrindo!
Há também os momentos de encontros de algum casal onde a mulher está sempre atrasada. Claro que proposital. É para medir a paciência do companheiro. Será? Não sei?
Ao requerer os documentos aos órgãos públicos ou empresas privadas, nos é dada a informação que teremos que esperar horas, dias ou meses. Eis aqui a "espera" que aborrece a todos.
A visita de um filho que reside muito longe é sempre esperada pelos pais ou vice-versa. Normalmente, é um tipo de espera vestida com a roupa da aflição. Não é?
E o resultado do vestibular ou do pedido de emprego? A palavra "espera" é pequena no seu conteúdo para explicar o seu significado.
Diz a Bíblia Sagrada que Deus criou o mundo unindo a espera do seu ato com o resultado do mesmo. Cada movimento ou ato cometido tinha como base uma espera para testa-lo. Parece que a espera do boneco de barro responder ao Criador foi a mais demorada. Pelo menos é o que dizem.
Uma operação de um paciente num centro cirúrgico e o estágio necessário na UTI são esperas difíceis de serem aceitas, porque os que estão esperando os resultados ficam impacientes e querem saber de imediato o que está ocorrendo.
A "espera" é  uma palavra pesada e difícil de ser aceita por aquele que espera. Entretanto é uma palavra facílima para quem está sendo esperado. Tudo depende da educação e da responsabilidade de quem se faz esperar.
E assim vamos vivendo a vida esperando o futuro do amanhã que não sabemos como será. 
Alguém me disse que na "espera"é que se conhece ou se mede o homem. Saber esperar é magno e eternamente perfeito, e vivemos sempre buscando o homem perfeito, 
Infelizmente é possível que essa perfeição apareça depois da morte, quando iremos entender o que significa a palavra "espera".
Isso, o professor não disse e nem explicou a nenhum dos seus alunos.

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terça-feira, 4 de março de 2014

MAGREZA E DINHEIRO, A DUPLA DINÂMICA.

Aldo Zottarelli Júnior


Ao receber a informação da sua médica de que o câncer tinha desaparecido do seu corpo e que restava agora, apenas o acompanhamento rotineiro como uma espécie de prevenção, fez o meu amigo afirmar que a partir daquele momento, a sua vida mudou e ele voltou a viver feliz novamente.
- Sabe lá o que é você saber que um dia, alguma doença tomou conta  do seu organismo e depois de ter se submetido a vários tratamentos você recebe esta maravilhosa notícia de que está tudo bem?
Fiquei sem saber responder. Demonstrei a minha felicidade pela noticia e lhe disse que juntos poderíamos brindar essa vitória.
Foi o que fizemos.
Um gostoso vinho tinto italiano serviu de brinde e, com ele, alguns assuntos foram passando e nós dois divertíamos com o que era narrado.
De repente ele me disse que a sua médica havia lhe mostrado uma almofada, onde estava escrito: "Magreza e dinheiro devem caminhar juntas"
Ficamos em silêncio por alguns instantes.
Eu tentei entender o significado da frase.
Logo percebi que era apenas uma lembrança para quem estivesse a procura de um futuro promissor, onde a saúde e a disponibilidade monetária fossem duas buscas imprescindíveis. 
Disse ao amigo o que eu havia pensado a respeito e ele me perguntou:
- Como magreza?
Eu lhe expliquei, sem me afastar da sua figura meio barriguda, que hoje em dia as pessoas vivem na busca constante de perder quilos e ganhar um corpo magro e saudável, porque a medicina ensina que as pessoas magras nutrem mais saúde por não ter, em seus corpos, o excesso de gordura que leva às doenças diversas  contra a vida, como acontece com os gordos.
- Está bem. Estou procurando alguma dieta. Tá?  E  o dinheiro?
Claro que a coisa fica mais fácil quando falamos em dinheiro. Lembrei que tal figura é buscada por qualquer tipo de pessoa, seja ela rica ou pobre. Ambição! Todos querem a "bufunfa" nas mãos ou depositada com rendimentos altos nos bancos das Ilhas Caiman.
Ele concordou e, daí em diante, a nossa conversa ficou exclusiva dentro desses dois assuntos: magreza e dinheiro.
Não vou entrar em detalhes, mas quem iria negar que gostaria de perder alguns quilinhos e mostrar um corpo saudável ou bem torneado, sem - é claro - com a destruição irracional da pele com figuras bizonhas e horríveis tatuadas nos braços, antebraços, pernas, coxas, costas, peito, seios, etc, etc, etc? Quanta estupidez, meu Deus!
Pois é. Deus nos dá um corpo saudável e nós o estragamos com alimentação venenosa e gordurosa, sem qualquer recomendação de quem entende de alimentos.
A barriga cresce com tal tipo de comida e lá vamos nós procurar a tal da magreza.
Dinheiro então nem se fale. Não fazemos nada sem um níquel,  Já perceberam isso? 
Pois é. Se não tivermos o "cacau", mais conhecido pelos franceses como : l`árgent",estamos pra lá de Bagdá, duros e pastando grama. Êpa me esqueci. Lá não há grama, é só areia. Já pensou em comer areia. Sai prá lá, ô meu!
Sem dinheiro não há nada que possamos adquirir e, com isso, ficamos pobres e remediados à espera de que alguém coloque uma moeda em nossas mãos. ( Que seja, pelo menos, de um real, porque assim dá pra almoçar no Bom Prato. Será?)
A verdade é que, sem dinheiro somos nada, e se formos gordinhos ou gordões estaremos, com certeza, sem a saúde que gostaríamos de ter.
Assim, esse alerta estampado na almofada que a médica mostrou a esse amigo, deve ser acionado todos os dias a cada um de nós. Se estivermos atentos, viveremos muito felizes, com saúde e com o dinheiro que for necessário. Caso contrário, seja o que Deus quiser!


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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

HOSPITAL PARA O POVO - UM CASO PARA SE PENSAR.

Aldo Zottarelli Júnior

Confesso que nunca havia pensado algo semelhante ao funcionamento de um hospital. Coisa de louco!
Precisei me internar num desses nosocômios existentes na cidade e procurei observar o seu funcionamento e os trabalhos de seus funcionários. Eu disse funcionários e não disse médicos.
Há uma razão para isso. Eles não se confundem porque as suas funções são diferentes, e só se manifesta uma integração quando o médico assina as suas ordens e os funcionários obedecem.
A responsabilidade sobre a saúde do paciente é do médico e o seu cuidado pertence aos funcionários da área da enfermagem, ou seja, enfermeiros,técnicos e auxiliares de enfermagem. Por isso, talvez, é que a coisa funciona.
Jamais uma enfermeira se responsabiliza pela saúde dos pacientes sem o vista do médico. Cabe tão somente a ela o acompanhamento do tratamento e relatar ao médico o que vem ocorrendo para aplicar novas recomendações.
Feita essa devida observação, num hospital, a segurança de quem será internado é primordial. Desde a sua identificação e verificação dos documentos solicitantes para a internação, até a entrada no quarto ou no apartamento indicado, são aplicadas algumas regras para que não ocorram problemas entre o paciente e a direção do hospital. Isso porque a indicação do local onde o paciente ficará poderá não ser aquele que ele esperava. Daí, é possível a primeira reclamação do "freguês".
Depois da internação, alguns tropeços podem surgir, indo desde a cama até à TV, passando por outros dados como banheiro, chuveiro, janela, ar condicionado, etc. E daí? Quem vai resolver o problema?
Se for simples,é possível até que o auxiliar de enfermagem resolva. Se complicar, outro funcionário específico será chamado. Jamais o médico, porque este não tem nada a ver com o problema de instalações hospitalares, a não ser, suas exigências profissionais sobre o centro cirúrgico e a sala de UTI para recuperação pós-cirúrgica.
Pois é! 
Reclamações surgem e buscam os que possam resolvê-las.
Refeições para os pacientes e para os seus acompanhantes são fatores bastante criticados. Quem serve segue as ordens da nutricionista e quem come segue quem? Só que a dita refeiçã vem sempre fria e mais ainda, sem sal e sem sabor.
Não é fácil! Se quiser comer melhor, mande buscar um lanche na lanchonete do hospital. Tá? 
É a regra do jogo.
O dia segue em frente e a noite também. 
Sai uma atendente, entra outra atendente.
Elas medem a pressão do paciente, os seus batimentos cardíacos, termômetros, etc, sem contar com a aplicação do soro e dos medicamentos que são injetados nele para efeitos concomitantes.
Depois, vem as duas visitas diárias  do médico ou médicos. Obrigatórias!
Se colocarmos no papel o número de vezes que a porta do quarto do paciente é aberta para esses atendimentos ou respostas de chamadas,e dividirmos pelas 24 horas do dia, vamos concluir, que a cada duas ou três horas, o coitado do doente é incomodado a se sujeitar aos exames,medidas, etc.
Pô, meu! O que eu estou fazendo aqui? Vim para me tratar e me curar e acabo ficando mais cansado com tantas interrupções ao meu descanso.
Mas em outros locais do hospital a vida continua.
Tudo funcionando de acordo com as normas e os procedimentos ditados pela diretoria. Há procedimentos para tudo.
Os números tributáveis continuam a ser somados e, provavelmente, ao ser dada a alta ao paciente, é possível que ele se espante e tenha alguma convulsão ou enfarto de algum órgão interno. Se tem algum plano de saúde, este será questionado pelo funcionária, que apresentará os gastos hospitalares da internação do paciente.
Incrível, mas verdadeiro.
Serão apresentados, além dos honorários do médico, do anestesista, do médico auxiliar, do assistente disso e daquilo, horas na UTI, exames de sangue e de urina, aplicações de medicamentos, soros,radiologia,ultrassom, diagnóstico de imagem, etc, somando uma quantia jamais sonhada pelo coitado daquele que o hospital hospedou.
- Vai pagar à vista ou no catão? Se quiser, o hospital facilita em até seis vezes, sem acréscimo.
O paciente, ao ouvir a funcionária da tesouraria, fica impaciente e pensa consigo: "onde eu fui me meter".
Claro que tudo o que foi usado deve ser cobrado e pago. O hospital é uma empresa como outra qualquer, e precisa cobrar para que tenha lastro suficiente para pagar as suas diversas despesas de funcionamento. Daí, é preciso entender que a maioria desse tipo de hospital não atende os que não podem pagar pelos seus serviços porque não é uma casa de misericórdia. Para isso, existem as Santas Casas ou algo semelhante. Só que na hora da correria, a família chama uma ambulância, vai para um pronto socorro ou para um hospital mais próximo. Aí é que a coisa começa a embananar. Depois, as consequências irão aparecer.
Infelizmente, em nosso país, o atendimento hospitalar para quem precisa e não tem como pagar é muito deficiente, e os nossos governos não conseguem pensar, mudar ou medir essa deficiência, que traz prejuízos alarmantes ao povo brasileiro. Porém há uma única saída.
Seria o SUS? 
Claro que é!
Mas, ao citarmos o SUS, lá vem as mãos dos políticos em cima  com os governos se afogando em promessas não cumpridas. Não há país como este!
Há outros países que agem diferente e utilizam os seus impostos para atender a saúde de qualquer cidadão. Diferente do que observamos por aqui. O povo paga e paga e. . . ficamos nisso. Quem irá nos salvar? 
O Chapolim colorado?
Que nada. Isso é coisa séria e por aqui ninguém leva nada a sério, a não ser o carnaval, o futebol e a cachaça.
Alguém duvida?
Enquanto isso,vamos ficando desamparados e analisando as cobranças dos hospitais particulares até quando?
Alguma mudança?
Só quando o governo brasileiro parar de mandar os milhões de dólares- sem retorno - para Cuba, Venezuela, Africa, etc e investir naqueles que pagam por isso: o povo deste Brasil Varonil.
Quando? Não sei!

O autor é educador, escritor e músico
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