domingo, 16 de novembro de 2014

A GAZETA PUBLICOU.

Confesso que fui um leitor fanático do jornal A Gazeta - deixou de ser editada há alguns anos - onde eu lia as principais notícias do dia. Vou me lembrar de uma delas.


Vicky era uma estudante do curso de Direito da famosa faculdade das arcadas da capital paulista. Ela era discreta, mas simplesmente  maravilhosa e a sua beleza corpórea era admirada pelos jovens colegas ou não. Por onde ela passava, as portas das lojas "fechavam" em sua homenagem e ela sabia disso. O que ela não sabia era que o André, um jovem bonito e frentista em um posto de gasolina, ficava estonteado e excitado toda vez que ele a via e ficava  sonhando, com os seus botões, que um dia ele iria conquistá-la. Mas, como?
Numa noite,Vicky chegou cansada e foi direta para um banho, sempre com a porta do banheiro aberta.   
Cantarolando e espalhando a espuma do sabonete por todo o seu corpo, ela nem imaginava que, escondido atrás da cortina da sala do seu apartamento em Moema, alguém a espionava e acompanhava todos os seus movimentos.
Depois do banho, ela vestiu apenas uma calcinha vermelha e deitou-se na sua cama para buscar o sono daquela noite.
De repente,  sentiu a mão da alguem tapando a sua boca, e um objeto frio encostado na sua face.
- Não tente falar ou gritar que eu mato você - disse a voz daquele que a pressionava.
Vicky percebeu que não tinha qualquer saída e balançou a sua cabeça concordando com o aviso daquele homem. 
- Muito bem, - disse o rapaz e concluiu - vou tirar a minha mão da sua boca e vamos conversar, mas é bom você saber que eu a mato se fizer qualquer movimento.
- Tudo bem - respondeu Vicky - o que é que você quer?
Levantando da cama, mas  apontando a sua arma para a vítima, o intruso contou que ele era completamente tarado por ela e sempre sonhou em ter relações sexuais com ela que, para ele,  seria impossível porque sendo frentista de um posta de gasolina jamais conseguiria conquistá-la.
Vicky percebeu quais  eram as intenções  que aquele cara  queria com ela.
- Você vai me estuprar?
- Gostaria. Aliás, você é a única mulher que me deixa excitado só  em vê-la. Ainda mais agora, com essa calcinha vermelha. 
Vicky percebeu que podia levar a conversa para frente até aquele cara se destrair e dai, ela fugiria. Mas o risco seria grande. Percebeu que o seu agressor estava perfumado e resolveu continuar a conversa. Lembrou-se do conselho de uma amiga que havia sido estuprada por um desconhecido : "se você perceber que irá ser estuprada, aproveite, relaxe e gose. Você irá gostar e muito!"  Porque não seguir a sujestão da  amiga se aquele seu estuprador pretendia fazer de tudo em matéria de sexo com ela e assim não tiraria a sua vida.
Facilitou as coisas e as coisas aconteceram.
Depois do trabalho feito, ambos estavam se vestindo, ela indagou:
- Eu gostei de você  ter feito tudo com muito carinho e respeito comigo. Como sou uma garota solitária, seria bom que essa noite pudesse ser repetida e tudo ficasse em segredo entre nós dois.
André não acreditou na proposta da Vicky. 
- Como? Você gostaria que eu viesse visitá-la outra vez?
- Sim. Podemos marcar para a  próxima sexta feira. Que tal?
-Eu não acredito no que eu estou ouvindo - disse o garotão assustado.
- Você me fez feliz. Volte, eu estou pedindo. - afirmou Vicky. 
Tudo combinado.
No dia marcado, André subiu até o andar onde Vicky morava e viu que a porta do apartamento estava encostada. Entrou e sussurou;
- Vicky!
- Estou me banhando. Pode tirar a sua roupa e me espere deitado na cama.
Completamente despido e deitado à espera da companheira, André ouviu uma voz forte de homem:
- Fique quieto. Não se mova. Você está preso!
Imediatamente, outros dois policiais apareceram. E, com eles, estava também a Vicky.
- Desculpe-me André, mas foi a maneira que eu encontrei para que você pagasse pelo crime sexual que cometeu em mim na última terça feira.
André não sabia o que dizer e balbuciou:
- Eu pensei que você havia gostado.
- Gostei sim. Mas você cometeu um crime, e por isso  terá que ser punido, tá?
Os policiais e o André se retiraram do apartamento da Vicky. Ela ficou olhando para a porta e pensou por alguns segundos:
"Uma pena. Bem que eu poderia marcar outros encontros com ele, porque os seus carinhos jamais eu os esquecerei. . .
Caso encerrado!   
Foi o que eu li na Gazeta.




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