sábado, 24 de maio de 2014

FATOS DE UMA HISTÓRIA POLÍTICA.

Aldo Zottarelli Júnior

Primeiro fato:
ao ouvir, cheguei a duvidar da notícia, mas ela foi confirmada: no Irã, um certo cidadão foi condenado à morte e executado por ter dado um "calote" nos cofres públicos daquele país. Como ele era importante, mandou a brasa e deu um prejuízo de alguns milhões de dólares para o governo e indiretamente para o pacato povo iraniano. É isso aí. Se o caso estivesse ocorrido neste Brasil varonil,  o salafrário estaria solto e comandando operações de  câmbio com políticos e empresários influentes. Nem preso ou julgado o dito cujo seria ou ainda, se estivesse registrado no partido do governo ganharia, sem dúvida alguma, algum cargo de confiança altamente remunerado, com desconto de 10% do seu salário para o partido que o nomeou. Não falei do governo federal ou estadual e muito menos municipal. Todos tem o mesmo defeito filosófico de remunerar fantasmas e bandidos. Quem duvida?



Assim é a nossa história política. E não adianta querer mudá-la porque custaria muito caro para quem tentasse: seria enquadrado como uma pessoa fútil e inútil para a sociedade. É isso aí.
Infelizmente mais da metade da nossa população se identifica muito mais com os que são e deixam de ouvir os que não são e nem estão. Deu pra entender?

Segundo fato: 
desfilo, andando devagar, pelas ruas de São Paulo e reclamando baixinho porque os ônibus foram retirados em virtude da greve dos seus motoristas e cobradores. Isso sem avisar, antecipadamente, os paulistanos genuínos e outros oriundos dos Estados  nordestinos.
Vejo algumas pessoas discutindo sobre a tal greve. Um cara fazia discurso, em voz alta: "porque no  governo do Adhemar de Barros, lembram-se dele? Não? Não tem importância. E depois veio o Jânio que virou Presidente. Lembram-se? Não? Não tem importância. Tivemos outros governadores como Carvalho Pinto. Lembram-se? Não? Não tem importância. Vocês devem se lembrar do presidente Juscelino, não? Não tem importância.  E do Getúlio? Também não? Não tem importância."
E assim, o tal falador citava nomes importantes da história do país e que, para ele, ninguém tinha qualquer importância.
Tenho a impressão de que isso está acontecendo com todos os brasileiros, porque ninguém se interessa por nada e vivemos com as nossas caras amarradas e nem sorrisos ou gozações temos presenciado. Que coisa! Pois é!

Terceiro fato:
entretanto, é comum ouvirmos a população, da qual fazemos parte, observar que a língua do  emo e do amo está imperando para valer. Portanto, aí está, para ninguém contestar: lemo, vendemo, batemo, sofremo, chegamo, vortamo, compramo, alugamo, etc.  Não é?
Pelo menos, se fosse colocado no final de cada uma dessas palavras um "s", elas  seriam aceitas de bom grado. Ou não seriam?

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijúnior@gmail.com

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