terça-feira, 20 de maio de 2014

A SUBJETIVIDADE DA POLÍTICA.


Aldo Zottarelli Júnior
Não gosto de comentar sobre a política porque se trata de assunto coordenado pelo direito subjetivo e tudo que é subjetivo merece uma certa atenção porque, no final, alguém irá pagar uma conta bastante cara. As eleições são os testes para definir esse campo que  pertence a um Estado democrático, onde todos somos o que não somos e queremos ser o que nunca seremos. Deu prá entender? Pois é, assim é a política que desperta, por isso mesmo, uma ciumeira danada aos que estão do lado de fora e que namoram um cantinho para a sua sustentação financeira, como os que estão exercendo alguma atividade política, geralmente não identificada com a própria personalidade.
A inveja mata e . . .mata mesmo! 



Vivemos uma primeira fase das eleições deste ano, quando iremos escolher o presidente, os governadores, os deputados e os senadores. É gente pacas. E lá vamos nós enfrentarmos a grande corja que, até agora, somente prejudicou aos interesses nacionais. Cada um, à sua maneira, apresenta, nessa primeira fase da sua campanha, as acusações contra seus adversários. Vale tudo. Ou seja, o que você pensa que vale e o que você pensa que não vale.
Primeira lição: voltar ao passado do adversário e buscar tudo o que ele fez de errado. A que fez de bom, não existe. O negócio é esculhambrar quem quer que seja ou esteja nos atrapalhando. É ou não é? Êta conduta difícil de ser aceita.
As notícias e comentários nos jornais, revistas, panfletos, rádio e TV preparam o grande alvoroço comercial que irá render muito aos seus cofres. Se a notícia for prejudicial ao governo, alguém  irá  alertar o dono do órgão de imprensa que ele poderá pagar caro por isso e deixar de receber os comunicados oficias governamentais que poderão lhe render muito dinheiro. Resultado: muda-se a opinião escrita, lida ou mostrada na notícia crítica. Eis uma prova de que estamos vivendo numa democracia onde as nossas opiniões deveriam ser respeitadas. Deveriam, mas não são.
Dizem que o povo não lê jornal. Ele gosta das novelas e das fofocas das revista de quadrinhos. Será?
Quer dizer que o Zé povinho, aquele  que ganhou de tudo nos últimos anos e agora tem que pagar e não sabe como, não lê jornais e nem comenta as críticas da nossa política? 
Infelizmente é verdade. 
Dois mundos distintos existem neste Brasil varonil. O nosso, ou seja, aquele que diariamente nos preocupa com os  problemas do governo e do país, com resultados negativos estampados nos jornais, e o outro mundo exclusivo daqueles que só querem bolsa família, casa própria de graça, cartão de crédito, financiamento a preço de banana sob às custas dos juros altos que outros pagam, etc. Onde isso irá parar?
Mensalões ou algo semelhante não deverão influenciar nas eleições porque os políticos de todos os partidos também têm as suas falcatruas apontadas. Desta maneira, votar em quem? Todos roubam o nosso país e a nós todos. Será que teremos a cara de pau de nos enganarmos e votarmos nesses malandros? Digo isso, porque só mudam as siglas partidárias mas o conjunto da obra permanece.  É o caso das mudanças das moscas e a permanência do fétido estrume humano. Deu pra entender?
E vem mais pela frente. Os monumentais estádios  de futebol financiados pela política do governo do país para sediarmos a Copa do Mundo, jamais serão pagos, e muitos deles ficarão como elefantes brancos. Alguem duvida?
É muito para o brasileiro acompanhar. 
Um ex-presidente afirmou que o pobre brasileiro já acostumou a ir aos jogos de futebol caminhando, e por isso, ele é contra a implantação de linhas do metrô passando ao lado dos estádios. 
Mais uma vez fica demonstrado que o pobre não tem vez e pensa que tem, não é mesmo?
Ontem, o mundo conhecia o brasileiro como um ser feliz, risonho, acomodado, ouvindo, cantando, tomando um gole de cachaça ou cerveja, acompanhado por belas mulatas. 
Hoje, vemos um brasileiro diferente, de cara fechada, brigando, roubando matando sem respeitar ninguém. Tudo mudou nesses últimos anos. A quem culpar por essa mudança? Quem é que sabe?  
Será que as eleições deste ano vão resultar em esperanças de mudança de alguma coisa ou iremos continuar nessa mer. . .cearia de vendas de futilidades onde compramos o que não queremos.
Porque isso está acontecendo? Como fazer para mudar? 
Será a política a grande culpada? Repito: por ser subjetiva merece uma atenção maior de parte de todos nós.
Ou vamos continuar assim como estamos? Hein?
O autor é educador, escritor e músico
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com



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