sexta-feira, 30 de março de 2012

HOJE É O DIA.

Dormindo. . .acordado!
Ainda deitado na minha cama, nesta manhã, mantenho os meus olhos cerrados e descubro que eu estou sonhando. . . acordado!
Já aconteceu o mesmo com vocês?
Com a preguiça de sempre, permaneço sonhando com as palavras que a vida nos ensina e que, na maioria das vezes, as esquecemos como se elas não tivessem existido. Busco me lembrar de um pensamento de uma pessoa muito querida e que alguém colocou no Facebook. Tento decifra-la.
De cara vem aquela palavra que todos conhecemos: o amor. E a sugestão é própria de quem sabe o que o amor significa sob todos os ângulos e sugere que se tivermos que amar, que seja hoje.
Interessante. Será que o amor deixará de existir se deixarmos para amar, amanhã? Nada disso. Toda hora ou todos os dias são espaços para se amar, esse amar que é se doar a quem, sem saber quem, e nem o porque. Amar é extravasar o que sentimos no peito e  oferecemos a quem achamos merecedor do nosso amor. Se expandirmos o nosso viver com o próximo, veremos que podemos amar a todos que nos cercam.Indistintamente! Daí, se tivermos que amar, que seja hoje. Que seja agora! Que seja. . .já!
Sorriso na face infantil
O sorriso nasce na face infantil de uma criança e cresce em cada um de nós. É sempre o retrato da felicidade e da paz estampadas na boca e nos olhos de quem está sorrindo. Como é bom recebermos essa mensagem através da imagem do sorriso. Imediatamente queremos compartilha-la e fazemos. Ou seja. Se tivermos que sorrir que seja hoje,agora!  É fácil. Muito fácil. É só sorrirmos, uns para os outros.
Amor e sorriso abrem qualquer coração por mais fechado que ele esteja.
Com isso, sentimos o corpo tremer e, possivelmente, uma lágrima cairá dos nossos olhos. Seria um choro? Quem sabe?
Pode ser, porque o choro aparece nos momentos mais inesperados e surpreendentes possíveis. A emoção que vem com ele de dentro de nós, causa  uma sensação intensa e chega a descontrolar os nervos e as batidas do coração. Se for preciso chorar, será melhor nos desligarmos e chorarmos bastante. Hoje, agora! Se possível. . .já!
Com o  amor, o sorriso e o choro é possível que a vida nos mostre como ela realmente é. Nós não a vemos dessa maneira porque vivemos debruçados em nexos e conexos que nos cercam e perturbam o viver de qualquer um e, com isso, deixamos de buscar nas coisas mais simples e colocadas à nossa volta os fatores que determinam o que seria viver melhor.
Assim, hoje é o dia de juntarmos tudo o que temos com o que somos e procurarmos deixar o ontem para ontem, porque sabemos que ele não retornará, nunca!. Por isso é que ele será sempre o ontem.
Hoje é o dia. Hoje é o momento. Hoje é. . .hoje!
Hoje é o dia!
Nem adianta tentar levar o pensamento para o amanhã porque este, além de imprevisível, pode ser que nem venha a fazer parte das nossas vidas.  Será?
Se temos  aqui, agora, o amor e o sorriso e, com eles, a companhia do choro para qualquer instante, porque é que iremos pensar no ontem ou no amanhã?
"Me coloque fora dessa", diria aquele humorista da TV.
A vida, a nossa vida está aqui e já!  Se não soubermos vive-la dessa maneira é porque ainda não sentimos o quanto ela é importante para nós. E, como nós somos importantes para ela, com certeza seremos também  para com a vida  dos que nos cercam. Por isso, devemos nos amar, sorrir e chorar por essa causa. 
Já pensaram nisso?
Pois é. Chico Xavier já pensou. É dele esse pensamento. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

VIVENDO E APRENDENDO

Está todo mundo louco!
Foi isso que eu ouvi, ontem, de uma pessoa gritando pelas ruas da cidade.
O gritante
Parei e fiquei vendo o homem gritar que o mundo estava perdido e que nós os habitantes estávamos todos loucos. A minha reação poderia ser a mesma das de outras pessoas que também observavam o dito cidadão gritante: sorrindo ou até mesmo gargalhando. E ouvi:
"Prende ele seu guarda" sugeria um ignorante ao policial que se encontrava no local.
"Esse homem é um perigo se ficar solto por ai." dizia uma senhora.
Atentei melhor às duas intervenções populares e verbais e o meu pensamento fez uma rápida viagem ao meu passado e, ali eu estava diante do meu avô Victório que afirmava ser o melhor para o mundo se todos levassem a sério as opiniões que ouvimos venham de onde vierem. Até nas brincadeiras dos palhaços, há sempre uma mensagem positiva para todos.
Voltei a realidade do momento e percebi que o guarda havia chegado bem perto do cidadão que gritava e disse algumas palavras. Este acenou positivo com a sua cabeça. Parou de gritar e se foi daquele local.
Algumas pessoas aplaudiram a atitude do guarda e eu fiquei em dúvida se deveria fazerr o mesmo.
O que será que anda acontecendo com as pessoas que entram no tal do estresse e tomam atitudes inesperadas e surpreendentes, como aquele desconhecido cidadão?
Estranho!
Sintam essa. 
Estou dentro de um avião numa viagem turística entre Nova Iorque e Las Vegas.
Deu a louca no piloto?
Inesperadamente, o piloto sai gritando da sua cabine e corre pelo corredor da aeronave  querendo  parar o vôo e descer. E gritava alto. Foi um susto só para todos os passageiros. E o doidinho não parava de correr indo e vindo pelo corredor. Só dava ele!
Foi preciso cinco homens para segurá-lo e acalmá-lo. O avião teve que pousar num aeroporto do Texas, onde o perturbado piloto foi despachado para um hospital e a viagem continuou em direção  da capital do jogo, das apostas milionárias e da esperança de todos um dia se tornarem um milionário.
Se a coisa já está chegando a estressar um profissional altamente treinado que responde pela segurança e pelas vidas de muitos passageiros, e nos mostra total descontrole emocional, é bom nos preparamos para algo muito pior. Será?
Cada um é cada um e por sermos cada um temos que assumirmos as nossas responsabilidades diante dos que nos assistem e vivem conosco. Não é?
Mas antes, temos de entender, acima de tudo, que as opiniões são divergentes e talvez nessa divergência se dá o perfeito equilíbrio de uma sociedade justa, opinativa e sadia. Não gostaríamos que as opiniões fossem as mesmas de todos porque poderíamos entrar no colapso do aceita-se tudo como está e as mudanças, tão importantes para demonstrar o ecletismo de pensamentos, fossem ignoradas. Daí para o pé na cova seria apenas um passo e bem pequeno.
A sociedade estaria se agonizando e, com isso, outros interesses surgidos fora dela poderiam derrotá-la.
Divergência de idéias e de pensamentos
Só um país que já enfrentou uma guerra sabe o que significa quando todos, obrigatoriamente, falam a mesma coisa imposta por quem impera ou manda. É aqui que o bicho pega. Da divergência de idéias e de pensamentos se constrói um mundo melhor e não com guerras e batalhas que aparecem, graças as reações de algum doido varrido no comando de uma nação.
Ao demonstrar o que pensamos diante de todos, é bem possível que possamos trocar idéias, experiências, ensaios tecncológicos e, com isso,  o confronto perde espaço e a humanidade ganha mais e mais. Já pensaram nisso?
Pegando esse trem, aponto o pensamento de M.M.Soriano "para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa."
Da sinceridade e da vontade de se buscar a verdade estaria estampado esse  binômio que determinaria a maior das regras.
Podemos voltar ao início e veremos que o cidadão gritante deu o seu recado, na praça da minha cidade. Quem entendeu, aplaudiu.
O piloto do avião, fez o mesmo e deu o seu recado e o seu aviso. Quem entendeu, ficou calado. 
Daí, volto às palavras do meu avô Victório afirmando que todos devem falar o que sentem e pensam e, acima de tudo, terem a liberdade para se expressarem.
É o segredo para todos vivermos em paz e com felicidade. 
Pois é! Vivendo e aprendendo, sempre!

terça-feira, 27 de março de 2012

COM A SOGRA É DIFERENTE

Não é que o governo norte-americano deixará de duvidar do brasileiro que visita ou vai a trabalho para os EUA? Será? Eles desconfiam de tudo e de todos. Quando esse tudo ou todos pertencem a brasileiros a desconfiança torna-se ainda maior. Eles sempre foram assim. Paciência!
Quando leio, nessa manhã, que a Imigração americana irá facilitar a entrada de brasileiros que trabalham ou que necessitam estar muitas vezes por lá, fiquei com uma pulguinha atrás da orelha, porque há anos que os brasileiros estão torcendo para que isso acontecesse e quando acontece, chegamos a duvidar da notícia.
O agente representante dos EUA deu as informações de como será o procedimento oficial para um número restrito de brasileiros que necessitam estar, várias vezes no ano, em solo norte-americano, como o caso dos agentes de viagens, executivos de grandes empresas, e que, dentro de um ano, esse mesmo procedimento será bastante ampliado e atingirá outros interessados. Ótimo! Espero que isso aconteça.
Se de um lado, nos chega essa boa notícia, do outro a coisa fica um tanto complicada. Leiam essa informação:

Ainda retido pela autópsia, o corpo do estudante Roberto Curti, 21, morto há nove dias pela polícia em Sydney, deve ser liberado na semana que vem. Mas, para cumprir o desejo de levá-lo ao Brasil e realizar um enterro católico, a família estimou que terá de desembolsar US$ 100 mil.
Até ontem, a situação era de impasse. Os parentes estariam com dificuldades para reunir a quantia, e o Itamaraty tem por política não cobrir gastos com repatriação de corpo.
Uma solução seria o pagamento pelo governo australiano ou pelo Estado de Nova Gales do Sul, que controla a polícia envolvida no incidente.



Austrália










Foi o que aconteceu com o brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano em Londres em 2005. O governo britânico assumiu os custos.

Até ontem, segunda feira, não houve nenhuma ação de parte da Austrália  entendendo que, se fizer o pagamento, isso poderia ser interpretado como uma admissão de que a polícia australiana agiu erroneamente antes do final da investigação.
O resultado da autópsia esclarecerá dúvidas importantes, principalmente a de que ele estava sob efeito de drogas, se bem que o brasileiro foi morto pelos policiais, como suspeito de ter roubado um pacote de bolachas.
Agora, a família do morto e o consulado do país de destino precisam lidar com uma extensa burocracia, pois é preciso preparar a repatriação seguindo tanto as regras australianas quanto as do país de destino. As regras incluem o tipo de caixão e as condições do translado. Para se ter uma idéia, o processo de  repatriação do morto deverá custar mais de 100 mil dólares, importância que a família não tem e tentará conseguir entre amigos e conhecidos.
No Brasil, a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde exige o uso de um caixão de madeira forrado em zinco e ao menos seis documentos, como o Certificado de embalsamamento ou cremação.
Se morrer aqui no Brasil já causa uma preocupação com os gastos de velório, enterro, etc imagine então morrer num dos países mais distantes daqui, como é a Austrália.
Isso me faz lembrar de um judeu-brasileiro que foi visitar parentes em Jerusalem e levou a sogra para o passeio. Só que ela morreu. Ao procurar um agente funerário esse explicou que se a sogra fosse enterrada em Jerusalem, as despesas não seriam maiores do que 5 mil dólares. Se o corpo fosse repatriado para o Brasil o valor seria de 50 mil dólares. O genro muito amável e educado afirmou que pagaria muito mais para que ela fosse sepultada no Brasil.
Ao ser indagado porque ele iria gastar o dobro para enterrar a sogra em solo brasileiro ele contou:


"Há dois mil anos alguém foi enterrado aqui em Jerusalem, e ressuscitou. Com a minha sogra e diferente.Eu não quero que aconteça o mesmo. Xô, meu!"    

segunda-feira, 26 de março de 2012

UM TRIO QUE DEU CERTO

Conversando com o Apple
Em plena segunda feira, eu converso com o meu Apple e, de repente, ouço baixinho a música mais linda e perfeita que já conheci entre as clássicas deste planeta. Paro de dedilhar o computador, fecho os meus olhos e começo a sonhar pensando que, talvez, quando eu partir para um outro mundo, deverei estar ouvindo essa canção que será, sem duvida alguma, a minha grande companheira para sempre.
Não abro os  meus olhos. Não consigo! Tento outra vez. Nada!  O que será que está acontecendo comigo? Um sonho? Seria um sonho igual ao que inspirou o grande List a compor o seu Sonho de Amor? Não sei, mas continuo com os meus olhos fechados, corpo relaxado e ouvindo essa música que tanto amo. Ela me inspira demais! Acho que a sinto na alma muito mais do que o seu próprio compositor. Se ele a compôs num momento de ternura, eu ouço, neste momento, os seus acordes e solos, com o coração pulsando mais depressa e a mente concentrada em cada uma das suas notas. Ela simplesmente me faz sonhar e percebo correr dentro de mim uma história, nascida ainda no ventre da minha mãe, e que ao ver a luz do sol e da lua me daria um amor tão intenso pela música como o que estou sentindo ao ouvir essa canção.
Como está a minha luz?
O calor e a luz do sol senti ao me tocarem pela primeira vez. Foi maravilhoso. Sorri, mesmo sem meus dentes que um dia iriam nascer. Sorri com os meus olhos. Agradei os que me viram e me amaram até hoje. O que a luz solar não faz com todos nós. Uma felicidade que Deus coloca à nossa frente todas amanhãs e são poucos os que a observam. E, ela está lá. Sempre! Sinto pena dos que não vêm essa maravilhosa luz por qualquer deficiência visual. Sentem o seu calor mas não tem a felicidade de ver a luz do sol.
Ainda ouço os acordes da música dos meus sonhos. Os instrumentos da Orquestra Filarmônica da Filadelfia se identificam e se movimentam num compasso embriagante e  específico, nascendo num ritmo próprio feito pela harpa que, por si só, coordena tudo e todos numa mistura de sons maravilhosos e inesquecíveis.
Não se trata mais da luz do sol. Agora o cenário é mais frio, com o céu escuro e iluminado apenas pelas estrelas que brilham intensamente ao ouvirem essa melodia. Parece mentira, mas há momentos em que as estrela se abraçam e dançam, como se estivessem bailando e rodando pelo salão, numa espécie de baile romântico e lindo.
Claire de Lune
De repente, os brilhos das estrelas se curvam diante de um brilho mais intenso. Uma espécie de clarão de uma estrela ou um astro muito maior dominou todos os demais  que brilhavam e agora aplaudem o seu aparecimento.O brilho desse clarão fez todos se ajoelharem e agradecerem aquele momento de muita ternura e amor, despertando em cada um, uma vontade de nascer outra vez ou, ainda, de partir em companhia daquela luz em busca do infinito.
Debussy tentou colocar tudo isso na sua maior obra, essa mesma obra que me faz sonhar toda vez que a ouço.
Consigo, neste instante, abrir novamente os meus olhos. O Clarão está sumindo. Partiu, e um dia voltará e me convidará a acompanhá-lo. Provavelmente, eu não ouvirei duas vezes tal convite porque aceitarei no primeiro e irei com o Claire de Lune até diante do Criador para agradecer ter vivido e conhecido a mais bela das canções feitas por um mortal, inspirado na ternura e no amor que insistem em morar no meu coração e na minha alma. 
Debussy, Claire de Lune e eu: um trio perfeito e que deu certo. E como deu!

sábado, 24 de março de 2012

FRACASSO NÃO É DERROTA. ( escolher)

Havia anos que eu não via o Alberto.
Bússula aconselhável
Cabra bom estava alí. Os seus conselhos e sugestões sobre a vida sempre foram uma espécie de bússula que me orientou nos momentos mais difíceis que passei pelos meus caminhos, com obstáculos  tortuosos de uma vida de trabalho, e em busca da realização pessoal. Aliás, todos nós estamos acostumados a caminharmos por essa espécie de estrada. Faz parte da nossa história.
Alberto sempre foi uma espécie de jovem-filósofo, desde os tempos de estudante colegial e, naquela época, ele sempre era consultado pelos colegas para ouvir a sua opinião sobre os mais variados assuntos. Da sua boca saiam palavras sinceras e com um conteúdo surpreendente.
Logo depois do abraço, nos sentamos num dos bancos do jardim central da minha cidade, e ficamos jogando conversa fora. Bem, na verdade, não era esse tipo de conversa, mas uma troca de informações sobre os caminhos percorridos por nós dois durante quase quarenta anos.
Ao me indagar o que eu pensava sobre o fracasso de alguém, tentei explicar, com as minhas palavras, e analisei o aspecto negativo que ela representava e que seria, acima de tudo, o fracasso em verso e prosa.
De repente, Alberto cortou a minha palavra e perguntou: "Você já imaginou o fracasso como um caminho para a oportunidade?"
Respondi que nunca havia pensado daquela maneira. Então, ele me deu uma aula sobre o assunto.
Dizia ele que "o fracasso não era e nunca seria uma derrota mas sim a véspera da chegada de uma nova oportunidade."
Vocês já pensaram, dessa maneira, sobre o fracasso?
As suas explicações eram fáceis de serem entendidas e despertavam uma curiosidade em perguntar se ele já havia enfrentado o fracasso. Claro que sim foi a sua resposta. Em seguida veio a sua explicação.
"Quando pensamos na palavra fracasso, vem em nossa mente algo relacionado a um declínio mental e físico. Mental porque, daquele momento em diante, sempre iremos sentir que somos um fracassado e fica difícil driblar essa postura do nosso raciocínio. Parece que o mundo desabou e que estamos ali de favor para levarmos muitas porradas ou críticas e desrespeitos, por nos considerarem fracassados. Daí, para o declínio físico é apenas um passo. Até o nosso caminhar fica mais lento e os exercícios diários ficam para depois, e assim, vamos caindo sem forças para levantarmos e voltarmos a caminhar. Achamos que a sociedade em que vivemos nos condenou ao esquecimento. Morremos e estamos enterrado."
Derrota leva ao declínio?
Confesso que, naquele momento, eu me lembrei de vários exemplos de fracassos e declínios de muitos amigos que até agora se encontram abandonados e esquecidos.
Alberto continuou com as suas palavras sábias:
" O declínio mental e físico de uma pessoa não significa que ela tenha alcançado o ponto final do seu caminho de vida. Nada disso. Temos que analisar se do fracasso ou da derrota de alguém, produzindo o declínio da sua vida, não podemos transforma em abertura de algo mais positivo do que negativo."
Aquela afirmação me surpreendeu e lhe perguntei o que ele queria dizer com algo positivo?
Um sorriso malandro foi estampado no filósofo de minha juventude e veio a  resposta:
"Veja você se no lugar de vermos uma derrota da nossa vida, começamos a procurar uma outra direção para a nossa caminhada?"
Confesso que jamais pensei ou pensaria daquela forma sobre a derrota, fracasso e declínio de alguém.
Olhei para o solo e ví algumas formigas caminhando em fila indiana a procura de alimentos para cada uma de suas famílias. Alberto viu o que eu estava vendo e continuou:
Exemplo das formigas.
"Você está vendo essas formigas caminhando em busca de alimentos, não é? Pois bem, eu pego uma pedra e coloco na caminho a ser percorrido pelas formigas e o que irá acontecer? - e colocou uma pequena pedra na frente da tropa das formigas. Fiquei observando e ele me alertou: "Você irá ver que as formigas não vão ficar pensando na derrota sofrida com a pedra no caminho que elas estavam trilhando na busca da comida para a sua gente. O declínio nem passou por perto de nenhuma delas. Elas apenas pararam de caminhar por alguns segundos e estão observando e pensando no que irão fazer."
Confirmei que estava vendo muito bem aquele quadro.
"Você pensa que as formigas se consideram derrotadas ou em declínio?" perguntou-me Alberto. E ele mesmo acabou respondendo: "Olha lá, elas desviaram da pedra e abriram um novo caminho, uma nova direção para uma nova jornada."
Percebi a lição que havia recebido daquele amigo. 
Realmente, a derrota deve ser excluída do dicionário daqueles que acreditam em sí e que tem em sua força o motivo para alcançar a vitória. Vitória, nada! Vitórias, porque para tudo sempre haverá um motivo para uma nova corrida. O declínio, que poderia vir com uma derrota, deve ser o incentivo para ativarmos ainda mais as nossas turbinas afim de nos aquecermos e partirmos para uma direção nova e melhor.
Até as pequenas formigas nos ensinam os caminhos certos e nós, os marmanjões, ainda não aprendemos essa lição de vida dada pelos pequeninos seres que não param de caminhar em busca das suas jornadas e da própria sobrevivência 
Boa Alberto!  Valeu a lição.

sexta-feira, 23 de março de 2012

A FERRAMENTA ERRADA

Nem sempre utilizamos as ferramentas certas para a realização de algum trabalho.
Querem um exemplo?
Até uma porta abre!
Não  conseguindo abrir uma garrafinha de água porque a tampa de plástico está difícil de ceder, prendemos o gargalo da garrafa, encima da tampa, entre a porta e o seu batente e tentamos girar a dita cuja. Ok. Deu certo! A porta ficou sendo, portanto e em último caso, o instrumento próprio, mas inadequado,para abrir garrafas. 
Um dos dentes da boca e sofreu um pequeno desgaste e está incomodando. É necessário irmos ao dentista para que o mesmo lixe o dente e tudo ficará ótimo. Não perdemos tempo.  Apanhamos uma lixa de unha que está no banheiro e tentamos lixar o dente,  substituindo aos procedimentos corretos do dentista. É o caso do instrumento usado erroneamente, porque a lixa de unha não é a lixa de dentes. 
Um parafuso difícil de ser retirado e não temos nenhuma a chave de fenda para faze-lo. Pegamos uma faca ou qualquer objeto de metal que consiga entrar na fenda do parafuso até uma moeda serve e este sai cantando e sorridente. Mais uma de instrumento errado sendo usado para coisa certa.
Lição para aplicar uma ligação direta no veículo.
Entramos num veículo e não temos a chave de partida. Agimos como bandidos (?), abaixando a cabeça e tentamos fazer uma ligação direta, cortando e unindo os fios da peça de partida e. . .  motor começa a funcionar.  Pronto! Mais uma do uso do instrumento errado. Esse é errado mesmo. É até crime!
Posso ficar narrando uma centena de outros casos que conheço, onde o uso de ferramentas erradas acabam dando certo. Claro que vocês conhecem também. É um absurdo! Mas sempre dá certo.
Agora, apanhar os instrumentos de pedreiros e assaltar o cofre de um banco é um tanto impressionante ou mais ainda . . . ridículo.
Leiam essa noticia:


Uma quadrilha invadiu uma agencia bancária do Itaú, em reforma, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, para arrombar o cofre, por volta das 23h de quinta-feira (22).
Após render os operários e o vigia, os ladrões trancaram todos em uma sala. Em seguida, utilizaram ferramentas do operários para arrombar o cofre do banco.
Segundo a polícia, a quadrilha fugiu levando talões de cheque e outros objetos que estavam no cofre, além da arma do vigia.
A polícia ainda não sabe informar se havia dinheiro no cofre. 


Sabem quando a policia irá anunciar se houve dinheiro roubado? Se souberem, me contem. Vou esperar sentado ou deitado.
Mas é um caso de incomodar uma lagartixa. Como?
Ué!  A lagartixa é o bicho mais gelado do mundo. Muito mais do que bunda de foca.
No baixo da sua temperatura corporal, ela praticamente está sempre imune ao calor de qualquer notícia que possa impressiona-la. Não é? Pois é!
Usar ferramentas do trabalho de pedreiro para abrir um cofre de banco é transbordar
o copo das besteiras mais impossíveis que diariamente lemos por ai.
Um operário da construção civil no Brasil não costuma ganhar o suficiente para manter bem uma família, porque o seu salário é muito baixo. Tão baixo que raspa a barriga no solo. E todos os dias ,esse peão deve ficar imaginando como é ganhar bem ou receber um salário que lhe dê casa, comida e outras coisas mais para ele e para a sua família, além da pinguinha das sextas feiras, no bar da esquina, ao encerrar o expediente da semana.  
Valem para assaltar cofre de banco.
De repente, algo acontece e ele  acaba descobrindo que as ferramentas que ele usa diariamente são especiais para arrombar cofre de banco. O que é isso?
Passamos a imaginar, neste instante, o que passará na cabeça de um pedreiro, quando souber que as ferramentas que manuseia todos os dias com tanta perfeição, servem também para arrombar cofre de banco.
É bom não nos esquecermos que há operários e operários na construção civil. Portanto um não é igual e nem pensa como o outro. Ok?
Marca de cimento?
Já imaginaram como a tentação advinda dessa esdrúxula utilização da ferramenta errada possa contaminar os pobres de espírito, mas de bom caráter ( ou não), que mexem com areia, cal, cimento, ferro, etc. 
É bem possível que alguns deles, sonhando, possam dizer:
"Melhor do que isso  é  o Coringão ser campeão da Libertadores". É mole?
Antes que me esqueça: Itaú, é o nome de banco e também marca de cimento.
Onde eu fui buscar isso?
 Oh My God!

quinta-feira, 22 de março de 2012

ABALAR AS ESTRUTURAS ( escolher)



Quando a notícia é ruim as coisas se complicam, não é?
Foi assim o que aconteceu com um amigo que, segundo a sua narrativa, acabou ficando descrente de todo mundo. A notícia que ele havia recebido abalou as suas estruturas.
Vocês sabem lá o que é isso?
E agora? O que faço?
Ele agora sabe.
Eu o conheci há muitos anos e ele sempre marcou presença nas rodas de amigos como uma pessoa divertida bem humorada e positiva em seus pensamentos. Era destaque, quando opinava e falava sobre as suas idéias construtivas e bem colocadas. Quase sempre o que ele afirmava, acontecia momentos depois.
Claro que por ser assim, ele acumulava inimigos que não o suportavam por sentirem-se culturalmente inferiores e, com isso, escondiam as suas invejas nas críticas desconexas que faziam para com o dito cujo.
Ele sabia ou percebia tudo isso.
Mas, de uma hora para outra ele passou pelo caminho do silêncio e da observação e com isso sentiu as suas estruturas serem abaladas. Seria isso consequência da notícia ruim que recebeu? Ou não? Qual foi essa notícia?
Eu lhe perguntei sobre o que estava acontecendo com ele.  O seu olhar, outrora brilhante,  demonstrou uma tristeza  impressionante.  Não insisti para saber a sua resposta porque os seus olhos me mandavam calar a boca.
Mais tarde, comentei com outros companheiros sobre o que estaria acontecendo com o nosso amigo. Ninguém ousou opinar a respeito, o que me deixou ainda mais curioso. Fazer o quê se todos entendiam que ele estava passando por momentos desagradáveis e difíceis em sua vida.
Mais uma incógnita. Como poderíamos entender que ele estava passando por momentos difíceis se ele permanecia em silêncio o tempo todo?
CASABLANCA: Äs Time Goes . . ."
A dúvida atacou-me diretamente e tentei, com os meus botões, adivinhar o que estava ocorrendo com o meu querido amigo. Alguns dias antes daquele encontro, batemos um longo e divertido papo onde falamos sobre política, negócios, educação, cultura, música e esportes. Interessante que nos sempre demonstramos gostar dos mesmos estilos musicais e criticávamos sobre o desmanche que a  música nacional e internacional recebia a todo instante. Chegamos até a comentar os sucessos musicais que surgiam com os temas dos filmes lá pelos anos 50 e 60. Cada filme que estreava vinha carimbado com um tema musical maravilhoso. Era mais fácil você cantar ou assobiar esse tema do que lembrar do enredo do filme. Que coisa não é? Hoje a coisa tomou um caminho diferente: é muito difícil emplacar um tema musical de algum filme, se bem que o número de estréias de películas é infinitamente superior do que aqueles idos anos. Isso significa que a qualidade das canções cinematográficas sofreram mudanças nas suas estruturas. Será?
Tudo gira em torno das estruturas. Sem elas a casa cai.
Alguém me disse que abalar as estruturas de alguém seria agitar a preocupação dessa pessoa e me ensinou que a preocupação nos atormenta porque é o desejo do impossível: resolver o que é apenas uma possibilidade. Não é que não tenham motivos de preocupação, é que não adianta. Ansiedade ou preocupação é a capacidade de sofrer, agora, com algo que não aconteceu ainda e pode não acontecer no futuro.
Assim volto a lembrar do meu amigo que passou de um momento para outro a sentir um abalo nas suas estruturas. Qual ou quais seriam os motivos disso? Notícia ruim?
Os adivinhos de ocasião se manifestaram, naquela roda de boateiros, e levantaram alguma suspeitas:  foi despedido do emprego; encontrou a sua mulher nos braços e outro homem; o seu time do coração não se classificou na Libertadores; a sua filha ficou grávida do namorado; roubaram o seu carro; os exames de saúde relatados pelo seu médico resultaram em doença incurável; falaram mal dele no clube em que frequenta, etc. Todas essas razões foram citadas e comentadas. Acabamos deixando de lado uma que nos deixaria abalados também,se fosse verdadeira: a dos exames de saúde condenando a alguma doença incurável.
Estruturas abaladas?
Diante disso tudo, eu tentei arriscar uma pergunta ao amigo que estava com as suas estruturas abaladas e percebí que ele já havia saído daquele local. Deixou a roda de amigos sem dizer tchau! ou adeus!
E agora? Seria para sempre? Quem é que sabe?
Quando as estruturas  são abaladas, nem a mesma a pessoa saberá definir o por quê.
Tomara que vocês jamais passem por isso. Deve ser horrível e dolorosa.




quarta-feira, 21 de março de 2012

GENTALHA SERIA A SOLUÇÃO ?

Pode ser que esta crônica agite alguns religiosos de araque que povoam este mundo de Cristo. Digo de Cristo, porque ele nasceu, viveu e morreu com essa gentalha que costuma pensar que manda em tudo e não manda em nada. Pois esse tipo de gente adorou-o quando o filho de Maria nasceu e depois, sem saber o por quê, votou, alegremente, pela sua condenação e morte quando inocentá-lo seria o primeiro passo a ser dado para a salvação da humanidade. E a gentalha nem percebeu que aquele romano que poderia fazer tudo e nada fez, omitiu-se, lavando as suas mãos diante do resultado da votação popular condenatória que escolheu salvar da morte o bandidão Barrabás. Resultado: mandaram para a cruz quem não merecia tal pena. Naquela noite, comemorando a sua soltura, o bandidão já estava estuprando jovens mulheres e roubando os lares judaicos. Tudo  isso como  consequência da maior votação popular direta ocorrida até hoje no planeta,  em especial em Jerusalem, e feita pela gentalha, a mesma citada pela dona Florinda no seriado de Charles da TV mexicana.
Dona Florinda
O aparecimento desse tipo de gente ou de pessoas veio quando o Criador, ao justificar o porque da maioria dos países terem seus furacões, terremotos, guerras, maremotos, etc e somente num pais como o Brasil isso não iria jamais acontecer, complementou com suas sábias palavras: "Vocês vão ver a gentalha que irei colocar nesse país ".  E não é que foi isso mesmo que aconteceu e todos nós pagamos caro por tal iniciativa divina.
Em todos os cantos observamos as reações daqueles que conosco formam a massa habitacional  da Terra e ficamos, muitas vezes ou na maioria das vezes, constrangidos e tristes com o que vemos. Não interessa o que aconteça no Brasil ou em qualquer outro país se não buscarmos o lugar certo para colocarmos e preservarmos os gestos da  harmonia, do amor e da paz entre os homens,  Se não nos preocupartmos com isso estaremos incluídos ou nos misturando com essa famosa gentalha.
As notícias chegam e alimentam as nossas mentes nos flashes que perturbam qualquer pessoa que tenha, no mínimo o senso de humanidade. E somos poucos.
Turma do Al Qaeda
Ao se aproximar a data derradeira da retirada das tropas americanas do Iraque, o número de atentados naquele país aumentou assustadoramente. Al Qaeda já tomou conta desse espaço e conta ainda com apoio de grande massa popular contrária ao atual governo  Diariamente, explodem atentados adoidados, surgindo para serem enterrados ou abandonados como comida dos abutres, os corpos de inocentes iraquianos. Até quando?
No Mexico, um abalo sísmico trouxe à lembrança de que existem grandes possibilidades da vinda de terremotos devastadores. Muita gente irá morrer, com certeza.
Este ano, com apenas três meses de duração, os ensaios para se enfrentar os constantes terremotos já estão em andamento pelos lados de Tóquio. As autoridades japonesas, mesmo assim, não garantem que os tsumanis e os terremotos deixem de aparecer por lá. fazendo estragos. Vamos aguardar.
Os furacões americanos estão na crista da onda. Isso acontece todos os anos. Chegam sem aviso prévio e vã desmoronando tudo o que encontram pela frente.
Os conflitos proporcionados pelo pessoal dos talebans, que querem porque querem mandar no Afeganistão, estão com vento em popa. E tem gente morrendo e outras, não importando as idades, ficando aleijados com as minas espalhadas pelo solo afegão.  Eis aqui mais uma dos adeptos da filosofia terrorista do Al Qaeda: Primeiro atacamos explodimos e matamos e depois vamos ver como fica.
Poderíamos citar outros atos de violência cometidos por uma ou mais pessoas destruindo vidas e buscando um lugar no buraco negro do universo do crime como se fossem os salvadores da pátria. 
O assassinato de jovens estudantes e professores cometidos pelos desvairados mentais que se consideram invencíveis com uma arma ou um fuzil nas suas mãos apontadas para inocentes, seria talvez a mais simples das formas de violência no mundo de Barrabás. 
Em alguns locais do continente negro, continuam ocorrendo a violência que aniquilam tribos inteiras, não se importando se as vítimas são pessoas adultas, idosas ou crianças. Vão todos para uma cova rasa conjunta.  Isso, sem citar os ataques em missões religiosas e sociais de padres e freiras, sendo muitos violentados e estuprados e, em seguida, mortos e deixados para que as hienas e corvos devorem os seus corpos. Obra dos mercenários africanos, pagos para cometerem essa violência.
Mais e mais casos da marcha da violência poderiam ser citados, sem qualquer constrangimento.
Visada pelos mercenários africanos
E por quê isso deveria ser feito? 
Buscando soluções?
Buscando paz na humanidade? 
Buscando o quê?
Será que iremos apenas lavar as nossas mãos e deixar tudo isso acontecer, como se fossemos os novos Pilatos.
,
Mãããeeee!
Claro está que no Brasil essas coisas não costumam acontecer, porque a preferência divina foi deixar os desastres naturais e a violência humana de lado. Em troca, colocou uma gentalha bem escolhida para habitar nosso país. 
A dona Florinda, mãe do Kiko,  que me desculpe, mas aqui seria melhor que todos se misturassem  com essa tal da gentalha brasileira.  Talvez, dessa mistura apareceria a salvação da humanidade. Ou não?

terça-feira, 20 de março de 2012

O IMPÉRIO DA IRRACIONALIDADE. ( escolher)

    É incrível presenciarmos o que está ocorrendo com a raça humana,
    Ao sermos criados, foi nos dado o presente divino de representarmos os animais racionais, que nada mais, nada menos, pertencem à  raça humana, diria, racional. Aquela que tem na mente e na consciência o comando de todas as ações físicas de cada um. Somente da cabeça deverão chegar as ordens a serem cumpridas.
    Para tudo há ordens e ordens. Cada uma delas nasce num determinado momento em que o celebro está trabalhando em velocidade máxima ou mínima. Não existe, no trabalho mental, uma espécie classificada de velocidade  média, quanto ao aspecto de funcionalidade da ação. Talvez, por isso que a uma  decisão tomada às pressas nem sempre seria a melhor maneira de ver as coisas resolvidas.
    A mente do ser racional tem um trabalho sem pausa alguma. Nem mesmo deitado numa cama de hospital, em coma profundo, a mente do paciente deixa de estar funcionando. Isso já foi provado em pesquisas médicas. Se ela parar de funcionar é porque o paciente morreu, o corpo morreu, a vida morreu.
    A aposta foi muito grande de quem criou o animal racional e  o denominou de Adão.
    Na razão, deveriam ser alojadas todas as formas e fórmulas para que dois animais da mesma espécie se entendessem e tentassem viver, constantemente, em paz e fraternidade. Esse era o sonho que ainda não foi transformado em realidade neste mundo de loucos e irracionais como é o nosso planeta. Não sabemos o que é mais perigoso para uma futura vítima: o ataque esfomeado de uma fera irracional ou os planos de destruição da vida humana, feita por qualquer animal racional. Se a opção for do irracional, sabemos que apenas a vítima seria a única prejudicada e devorada Se for a de um animal racional, é possível que o próprio mundo seja prejudicado e . . . terminado!
   A irracionalidade dos que deveriam ser racionais se manifesta com desafios próprios de cada um querendo levar vantagens sobre os demais. Isso é válido de ser para com outro ser;  de uma sociedade para com outra; e até, de um país para com outro. O pior é que das decisões absurdas  nascem  a existência dos confrontos e das guerras  na cabeça de um governante paranóico e se irradia para os demais, numa velocidade espantosa que não dá espaço e nem tempo para modificar o conteúdo das suas ações, praticamente agressivas e sem qualquer fundamento racional.
    Assim, a humanidade caminha numa intensa modificação dos seus valores e, nos últimos anos, temos percebido que as ações estúpidas e irracionais, praticadas por um ser racional, estão num elevado crescimento que nos acaba  colocando dentro de um quarto escuro e trancado com sete chaves, à espera de um fato novo que possa nos libertar.. Até quando ficaremos  nessa espera?
  As notícias aparecem do nada e nos levam a acreditar que somente um milagre fará com que os racionais sejam realmente racionais em suas mentes e atos.
   Uma delas vem da França, onde a irracionalidade de um terrorista - você conhece um terrorista com idéias racionais? -  assassinou três crianças de 3, 6 e 8 anos e um professor, em uma escola judaica de Toulouse. O seu ato foi simples. Desceu de um scooter, atirou nas vítimas e fugiu sem ser identificado. A policia pensa que o crime foi premeditado por ter sido cometido na hora da entrada dos alunos na escola, considerada a maior da comunidade judaica daquela cidade.
   Ninguém duvida que esse crime é uma espécie de crime continuado, desde que Israel conseguiu o seu cantinho para que a sua população pudesse criar a sua nação entre as demais existentes no Oriente Médio. Aqui está o motivo maior do surgimento dos ataques diretos ou indiretos, em todos os lugares do mundo, onde exista alguma comunidade judaica ou ainda, em países que defendem a existência desse país judeu.
   Some a razão e vem o canhão. Com isso, as crianças pagam pelo que não fizeram com os atos dos animais irracionais que se disfarçam de amigos ou de irmãos  e comandam sem terem qualquer condição mental para tanto.
   Os demais, como nós outros, ficamos a contemplar os estouros das bombas e dos explosivos como se fossem fogos de artifício, sem podermos fazer nada. Ou podemos?

segunda-feira, 19 de março de 2012

BAMBU. O QUE É ISSO?

Lá pelos idos anos sessenta, eu conversava com um engenheiro santista e responsável pela construção do ginásio de esportes do Instituto Estadual de Educação Canadá, em Santos. Ele me dizia naquela oportunidade que se o bambu não apodrecesse, seria o mais resistente material para uma obra da construção civil.
Aquilo ficou de tal maneira alojado em minha cachola e toda vez que eu via um bambuzal, eu me lembrava das sábias palavras daquele engenheiro.
Com o tempo passando ao meu lado, acabei aprendendo que há duas espécies de bambu. O que tem caule oco e o que não tem caule cheio. Este último é considerado, na realidade, aquele que se presta para tudo, ou seja, serve de material para obra, para queima e acima de tudo para a fabricação do etanol. Motivo: rápida renovação no plantio.
Na Etiópia, as vantagens do bambu tem ajudado demais o seu povo mais carente. Comparado com a madeira de qualquer outra árvore, percebe-se que, numa árvore comum, quando derrubada ela desaparece para sempre e com o bambu, não!  Isso se explica porque o bambu é da mesma natureza que a da grama. Em condições adequadas, pode crescer um metro por dia. Com isso chega rapidamente a sua maturidade. Dependendo da espécie, a cada três anos, há condições de serem cortadas e o seu uso poderá ser para muitas coisas. É possível, portanto, que o bambu amadurecido possa ser colhido anualmente durante toda a vida da planta. Nenhuma árvore tem essa qualidade  de renovação. O eucalipto chega próximo ao bambu, mas perde porque necessita de muita água para ser renovável. 
Especialistas chineses têm se dedicado aos estudos do bambu, principalmente o que tem caule cheio, porque esse tipo de planta poderá, um dia, ser imprescindível na vida do  planeta. E quando a China resolve colocar os seus cientistas para pesquisarem e estudarem qualquer fonte de energia é porque ela sabe onde quer chegar. Para se ter uma idéia sobre os estudos dos chineses sobre o bambu, principalmente o ôco, é que foram desenvolvidos até fogões domésticos que usam essa planta como carvão, porque queima melhor  e não polui o ambiente, como acontece com qualquer outro tipo de carvão. Preço de cada fogão chines feito somente com ferro e barro: tres dólares!
Um outro fator da importância do bambu é que nos locais onde algum desmatamento acabou com a qualidade do solo, tornando-o arenoso e propício às erosões, as raízes do bambu ajudam a fortalecer novamente esse mesmo solo e, em pouco tempo, a terra poderá voltar ser outra vez uma alta fonte de produção.
A maior das vantagens do bambu é que ele tem a aura da sustentabilidade, ou seja,não danifica nunca o meio ambiente.
Talvez, por isso é que a Etiópia está deixando de lado o cultivo do eucalipto e passou a levar com mais seriedade a plantação do bambu em seu solo. Como ele precisa de poucos nutrientes, pode crescer em solos inóspitos para outras plantas e ao se desenvolver melhor, acaba  recuperando as terras dadas como perdidas, porque as suas raízes se agarram ao solo e o reforçam. Se plantado em encostas íngremes ou margens de rios, ele impede os deslizamentos e as erosões..
Para se ter uma idéia melhor sobre o uso rentável do bambu antes dele se decompor é a fabricação de pisos, móveis e placas para paredes, que duram tanto quanto a madeira, além de armazenar o seu carbono o tempo todo, esse mesmo carbono que poderá render lucros altos na sua comercialização.
O bambu com o caule õco ou cheio ainda não flertou com os empresários brasileiros do setor e muito menos com as autoridades governamentais que destinam os seus olhares diretos para o p[rojeto do pré-sal. Pensam que esse projeto irá resolver os problemas infindáveis da sociedade brasileira, como a fome do seu povo, como se fosse uma locomotiva sem freio correndo nos trilhos da sedução e do impossível.
Todos nos esquecemos da carta escrita por Pero Vaz de Caminha: 
 ". . . a terra que, se plantando, tudo dá"
Que tal plantarmos o bambú?



quinta-feira, 15 de março de 2012

DEZ TENTATIVAS PARA RIR


Rir e bom e não custa nada.
Se não custa nada, então ria.
Se não conseguir, aqui estão dez tentativas para rir. Vamos lá:
PRIMEIRA.  Se há muitos anos você não olha para o espelho e agora você olhou e não identificou a sua imagem ou a de ninguém refletida nele, é bem possível que você seja invisível ou tenha partido para outra e ainda não se deu conta disso.
SEGUNDA. O casal de namorados estava agarradinho no escurinho do cinema. Ele tenta passar as suas mãos nos seios dela. A reação foi rápida:
"O que é isso? Tira a mão dos meus peitos. Você pensa que eu sou uma biscate?
A resposta veio mais rápida ainda
"Então largue do meu bilau que eu vou . . ."
TERCEIRA. Um velório numa residência. O defundo,  deitado num caixão preto e cercado por quatro castiçais com sua velas acesas. Entra um bêbado suando pinga por todos os poros do corpo. Olha para os presentes,   e canta feliz aniversário. Assopra as quatro velas, aplaudindo esse ato e, com um canivete, corta um pedaço do defundo, come, e cospe afirmando que o bolo não estava bom  e. . . vai embora!
QUARTA. Ao ser perguntado o que significava sexo para ele, aquele garoto com seis anos de idade, respondeu com um giz na mão fazendo duas retas paralelas e afastadas no quadro negro. E explica:
"Isso aqui no meio é um rio. De um lado, está um bando de índios armados com seus tacapes, arcos e flechas. Do outro lado, está uma tropa do exército, armada até os dentes com os seus tanques, metralhadoras, bombas, etc. Isso é sexo! Ao perguntado onde estava o sexo, ele respondeu cantando, fazendo os movimentos de vai e vem com o seu quadril e com os seus braços dobrando e alongando:
 "Olha aqui para os índios. . .delícia, delícia . . se eu te pego ai,ai..."
QUINTA. Uma Patricinha, narrando o acontecido com uma de suas amigas que sofria muito com fissuras anais, além das hemorróidas que doiam muito. Estava também muito frustrada porque estando casada há dez anos,  não havia meio algum para engravidar. Tentou de tudo e. . .nada!  Para terminar com a tortura das dores anais, resolveu operar as ditas cujas hemorróidas.
Trinta dias após ter feito essa operação, ela ficou grávida. 
Que coisa! É um típico caso de buracos trocados. Ou não é?
SEXTA. Mineirinho dirigindo o seu fusquinha por uma estrada movimentada, recebe o sinal para parar,feito por um guarda rodoviário.  Ao se aproximar, o militar pede a sua carta.  O mineirinho olha bem para os olhos do guarda e diz: "Carta? Como? Eu nem o conheço. Por isso mesmo, eu nunca lhe mandei carta alguma. Tá bom assim. . . querido?
SÉTIMA. Um sujeito afobadíssimo entra num consultório médico e foi diretamente para a sala do mesmo:
"Doutor, pelo amor de Deus! Os seus companheiros das outras salas me disseram que eu estou morrendo. Um disse que eu teria algumas horas de vida e outro me alertou que eu teria apenas poucos minutos" 
O médico pediu que o cliente afobado deitasse e mediu a sua pressão e pelo estetoscópio, ouviu as batidas do seu coração.  Olhou para o cliente e, pausadamente, lhe perguntou:
"Um dos meus colegas lhe disse que o senhor teria alguns minutos de vida?" 
A resposta foi afirmativa e veio com outra pergunta do paciente:
"E verdade o que me disseram? Tenho apenas alguns minutos de vida, doutor?"
O médico olhou para o relógio que estava fixado numa das paredes da sua sala e conferiu com o seu relógio de pulso. Olhou novamente para o afobado e lhe disse: "Fique tranquilo que os meus colegas erraram. O senhor tem dez. . . nove. . . oito. . . sete. . .seis. . .cinco. . . 
OITAVA. Ao criar o mundo, Deus resolveu habitá-lo com pessoas humanas.  Com pouca lama, moldou dois bonecos  e deixou secá-los ao sol. Um deles brotou algo no meio das pernas e ele deu nome de Adão. O outro rachou no mesmo lugar e ele deu o nome de Eva.
NONA. Zezinho, garoto sapeca daquela classe do curso primário, era também muito inteligente e tinha facilidades em fazer versos e rimas.  Ao receber a visita de autoridades, o seu diretor lhe pediu que fizesse uma rima em homenagem a sua professora. E o Zezinho, diante de todos, sorrindo, declamou:
"A minha professora é linda e se chama Risoleta. Quando ela, vestindo o seu biquini, entra no mar, as ondas burbulhantes  batem no seu joelho."  
Surpresa geral! Todos exclamaram, perguntando onde estava a rima. O garoto não pestanegou e respondeu: "Deixem a maré subir que a rima aparece!"
DÉCIMA. Numa rodovia de Portugal, um veículo da marca Fiat Uno foi parado pelo guarda rodoviário. Este observou que  havia três pessoas acompanhando o motorista e multou o veículo e apreendeu os documentos do gajo que estava ao volante. Ao ser questionado daquela atitude, o guarda afirmou que o Fiat era modelo Uno e não era para quatro pessoas.Havia, portanto, três passageiros além do limite determinado pela fábrica do Fiat.
Houve até recursos interpostos na Justiça e, já decorridos mais de 10 anos, não se conhece a sentença final desse processo.
Muito bem!
Foram dez tentativas para vocês sorrirem. 
Então. . .sorriam

BAILE E BALADA (escolher)

Sete horas de la matina, desta quinta feira de março.
É bom ouvir Glen Gray Orchestra
Frente a frente ao meu computador, escolho uma das 500 mil músicas gravadas e nele arquivadas. Ao escolher, entro no espaço de uma Big Band, cujo nome é Glen Gray and The Casa Loma Orchestra , muito famosa e deixo as músicas invadirem o local.
Trabalhar ao som de orquestras famosas como Glenn Muller, Benny Goodman, Les Elgart, Count Basie, Maynard Ferguson e outros, me faz reconhecer em Glen Gray um verdadeiro maestro e arranjador de primeira linha das músicas que mexem e remexem com o meu passado. De cara, estou ouvindo I can't stop loving you totalmente instrumental e me lembro de Ray Charles.
Tento comparar o som que estou ouvindo com o novo som que se ouve em todo o planeta e chego a conclusão que os jovens ,de hoje em dia, não chegarão, jamais, a terem em suas veias o sentimento musical e rítmico de antigamente.
Glenn Muller
Ao bater os pés e balançar o corpo individualmente dentro de um compasso binário ou quaternário, mantido a uma altura incoveniente pelos instrumentos de bateria, os dançarinos modernos acabam batendo  palmas ( se o copo seguro numa das mãos não impedir) e arriscar alguns  passos para a direita ou para a esquerda sem sair do lugar e o pior,  sem ter um parceiro ou parceira abraçado.  É a dança do eu sózinho. Bacana mas não foi para isso que a música dançante foi inventada.
De repente, Moonlight Serenade surge do nada e me leva ao mundo romântico da minha juventude. Quanta diferença com o mundo atual.
Balada - o baile moderno
Se antigamente, uma conquista começava com o cavalheiro indo até onde se encontrava a garota mais bela do baile e a convidava para dançar, ao som da orquestra que iniciava os primeiros acordes do maior sucesso de Glenn Muller, hoje tudo é feito do improviso entre pessoas, no meio do salão, numa espécie de balada, sob a batida infernal e carregada de decibéis adoidados, onde o caçador vai em busca da sua caça, sem qualquer romantismo.  Caminha, balançando o seu corpo desengoçado e requebrante em direção de quem estiver mais perto. Ela percebe e continua a balançar o seu corpo com movimentos até eróticos, sem deixar o copo com a bebida estimulante e manda aquele olhar sexualmente fuzilante. Dai em diante,  ambos começam a balançar seus corpos, um para o outro, sem abraços ou estímulos de uma conquista romântica(?) e, em alguns minutos os beijos na boca aparecem não se sabe de onde. Subitamente, o casal se separa. Tudo acabado! Um vai para um lado e o outro para outro lado. No ar, o barulho ensurdecedor das batidas fortes da bateria não para nem para respirar. Em seguida, ambos já formaram com os seus novos pares e os beijos. . . recomeçam. No final da noite, vem a contagem dos beijos que cada um ganhou ou deu para ver quem beijou mais. Pode ser que, na formação dos pares, ao final da noite, apareça a famosa expressão " ficou ", terminando com os amassos dentro de um veículo ou num quarto de motel. Depois, fica tudo como estava. Será que é isso mesmo? My God, diria a mulher do Tio Sam. Só ela?
Claro que muitos desses encontros se transformaram até em casamentos perfeitos e muitas famílias foram formadas a partir daí. O amor tem dessas coisas.
Nat King Cole
Tenderly  na voz de Nat King Cole pede passagem e eu lhe dou, sorrindo. O ambiente fica mais agradável neste local onde estou.
Incrível como a modernidade de uma sociedade estipula novos valores que, se fossem praticados antigamente, seriam identificados como imorais e condenáveis. O inverso, entretanto, pode ser diferente. Tenham a certeza de que se Beguin the Beghine fosse programado, agora, muitos jovens iriam dançar saboreando o ritmo dessa melodia de Cole Porter, com alegria e prazer. O mesmo aconteceria com New York, New York  ou My Way  na voz do inesquecível Frank Sinatra ou I left my Heart in San Francisco com Tony Bennett.
Gosto não se discute mas o meio pode influenciá-lo. E como.
Ao narrar o que viu e ouviu num baile de formatura de uma famosa faculdade paulista, alguém ficou impressionado com os padrões comportamentais dos jovens num ambiente de festa de formatura. Primeiro, a orquestra não existiu! Somente um DJ famoso(?) mandou o que quis que os outros ouvissem ou se balançassem. Assim foi até o final do baile. Baile? Que baile? Mais parecia uma espécie de balada da noite paulistana. E só!
Lembrei-me que recentemente estive num baile de formandos, em Nova Iorque.
Na parte musical havia uma espécie de Big Band. Claro que ouvimos também alguns sons modernos da música jovem, porém quando a banda apresentava algum sucesso antigo de qualquer outra Big Band, o salão lotava e todos dançavam e se movimentavam como nos anos 50 e 60. Impressionante!
Ao comentar tudo isso com um amigo, que vive na Europa, ele me afirmou que por lá acontecia a mesma coisa que eu vi em Nova Iorque. Ué! Será que só no Brasil é diferente. Espero que não.
Etta James, inesqucivel.
Ouço, neste momento,  um maravilhoso sucesso de Etta James. Embraceable-you! A letra dessa canção, na voz da cantora, pede ao seu amor que a abrace e a ame. Apaixonante!
A beleza da boa música jamais será esquecida. Podem ser que as atuais preferências musicais sejam manipuladas pelo marketing explorador das gravadoras, shows,  programas de TV e rádios mas, no final, somente as melhores e aquelas que adentraram a nossa alma permanecerão para sempre. É muito fácil lembrarmos das obras dos autores brasileiros dos últimos vinte anos  e, com isso, iremos perceber que as musicas antigas são as mais lembradas e cantadas com sentimento e alegria. O sucesso recente do Seu te pego ai,ai. . . mesmo deixando alguns músicos e interpretes com muito dinheiro, logo logo, estará esquecido, com certeza!
Andrea Bocelli e Amapola
O modernismo é bom mas é possível que alguns males ele possa produzir.
Agora, comecei a ouvir o som da orquestra de Count Basie. Contagiou-me e parei de escrever.Volto depois.
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Pronto! Voltei a mim e ouço uma voz maravilhosa interpretando o tema do filme "Era uma vez na América". Conhecem? Não?
É Amapola, de autor desconhecido, e voz maravilhosa é de Andrea Bocelli com acompanhamento de uma orquestra explêndida. 
Bem. . . desculpem-me! Me desligo e fico por aqui.