segunda-feira, 28 de abril de 2014

SELLA STERCORARIA

Aldo Zottarelli Júnior

Ao reler o meu livro NEVOAS, notei que muitos fatos ali narrados, além de verídicos, causam surpresas pelo que representam no mundo da veracidade.
Um deles diz respeito a existência ou não de uma papisa na história do Vaticano. Como eu havia feito quando da escrita e montagem do livro, voltei a pesquisar e cheguei à conclusão de que nem sempre o escondido deixa de ser descoberto, como cita Lucas, capítulo 12, versículos 2 e 3. 
A igreja católica tentou de todas as maneiras encobrir a existência de uma papisa, mas a história nos mostrou outra versão, contada nas páginas 61 e 62 do NÉVOAS: "um casal de missionários ingleses trabalhava em Mainz, pequena cidade do Reno, quando no  dia  28 de janeiro de 814, tiveram uma filha a quem deram o nome de Joana."


segunda-feira, 21 de abril de 2014

MÔR - UM APELIDO CARINHOSO

Aldo Zottarelli Júnior

- Como é mesmo o seu nome? - perguntei à aquela figura magérrima e sem expressão.
- Úrsulo.
Que coisa. Jamais pensei que um dia apareceria o masculino de Úrsula, nome tão bonito e que nos dá a impressão de ser uma mulher linda e agradável. Que nada! Ali estava o Úrsulo que, por ser tão magro, ele deveria ficar sempre de frente e nunca de lado porque dará a impressão de que ele já se foi, Será?

terça-feira, 15 de abril de 2014

PALHAÇADA

Aldo Zottarelli Júnior

Até parece uma palhaçada.
É o que eu penso, quando fico sabendo das novidades que giram pelos céus brasileiros.
Seria céu de brigadeiro? Nada disso. Trata-se apenas de um espaço destinado ao povo brasileiro que vai do Oiapoque ao Chui.
Pois bem, vamos ao que interessa.
O Brasil vai ser sede da Copa do Mundo futebol.
Há alguns anos, isso foi decidido no voto, com a presença das mais altas autoridades deste país. Até agora, o povo que ama o futebol já percebeu as maracutaias em torno do término das óbras dos estádios, onde serão realizados os jogos. Alguns já mostraram que estão prontos. Será? Vamos acreditar.
Aquele que será o palco principal da abertura da Copa não vai ficar terminado antes do apito inicial da primeira partida de futebol da Copa. Seu dono; Sport Clube Corinthians Paulista. O clube do amor do ex-presidente barbudinho que recebeu milhões de reais que já foram gastos. Até mortes de pedreiros aconteceram e o bichão tá lá, inacabado e assim ficará para todo o sempre. Quem duvidar que levante a mão. Ué, ninguém levantou. Por quê?. 
Mas a grana rolou feia para os bolsos de muita gente. Como rolou. Sem dúvida alguma, mais alguns milhões ainda vão ser despejados naquele estádio, construído num bairro populoso da capital paulista.
Como este, outros mais estarão inacabados para a Copa.
Isso ninguém duvida porque há a previsão de serem colocadas as arquibancadas "quebra galho", já autorizadas pela FIFA. Mesmo assim, todos estamos esperando a ordem: mandar mais dinheiro!
Uma verdadeira palhaçada.
Outra: a febre da existência da nova classe media social brasileira acabou-se! O baixinho e a sua criatura, o poste, ainda pensam que os seus discursos eleitoreiros  serão ouvidos. Os preços subiram e os "cais-cais" caíram. Está difícil manter a enganação e o povo já percebeu isso.
Êta palhaçada bacana!
Uma empresa pública brasileira, conhecida como Petrobras, orgulho de todos nós, nos últimos seis anos caiu de maneira impressionante, graças a corrupção e desmandos do governo
e dos seus asseclas. Haja pré-sais e outras bacias intermináveis para atenderem a demanda do nosso petróleo. Será que resolverão? Que nada!
Eu tenho o direito de criticar porque eu acreditei e comprei ações dessa empresa. O meu rico dinheirinho foi prá cucuia, e os responsáveis por isso dizem que  é boato e um jogo sujo da oposição que só pensa nas eleições de outubro. Quem? Quem, mesmo?
Quer palhaçada maior do que essa?
E tem gente que ainda acredita. É o pessoal do "quanto pior melhor!"
Nas lojas e shoppings há muita gente, andando a esmo, passeando e sonhando, porém poucos são os que compram alguma coisa a não ser o necessário e olha lá!
Sinto que somos um circo pobre à beira da estrada que nada inova, mas espera os aplausos daqueles que "vibram" com a falta de responsabilidade e eficiência de um governo da cor vermelha e repleto de terroristas derrotados no passado, e que hoje confirmam que o resultado do movimento revolucionário de 64 venceu quem deveria vencer. Já imaginaram se tivesse ocorrido o contrário?
Aí não seria uma palhaçada a mais, mas uma devastação total.
Felizmente, conseguimos sobreviver ao governo de um partido político infiel aos desejos e aclamos dos brasileiros.
E pensar que todos nós continuamos recebendo o que não merecemos: as grandes e enormes palhaçadas, jamais vistas na história deste país.  Não é mesmo?

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

sábado, 12 de abril de 2014

A CRIMINALIDADE E A POLITICA

Aldo Zottarelli Júnior

Impossível ficar sem fazer nada. 
Pelo menos, se o seu corpo está parado, inerte, é bem possível que a sua mente esteja em ação e a todo vapor. Assim, você jamais ficará sem fazer nada.
É que aconteceu comigo neste momento.
Acabei de ler os meus jornais diários e fiquei alguns minutos pensando no que eu li e as suas consequências. Espanto geral!
A maioria das notícias lidas foram idênticas as que eu ouvi ontem no final da noite, num canal de TV. Mais de 80% foram policialescas (gostaram?) e me deixaram deveras (outra?) preocupado. Se vamos sediar um campeonato mundial de futebol, seria necessário que elas fossem diminuídas ao máximo. Mas não foram e nem serão. Hoje estamos isolados na liderança mundial como o país com um número excessivo de crimes, assaltos, etc e,  nenhum outro país nos alcançará, nos próximos anos. Assim, já conseguimos um título mundial, dois meses antes da Copa de Futebol, só que no segmento: crimes. É mole?
Deoclécio aquele que tem solução ou explicações para casos não explicáveis me revelou: "uma coisa tem muito a ver com a outra. O mundo está acompanhando tudo que acontece no país das maravilhas, cuja capital é Brasíla. Ou seja, o Brasil, claro!"
- Como? Me explique.
- Você se lembra que mais da metade dos brasileiros, apesar de amarem o futebol, não queriam e nem querem a Copa por aqui e preferem que tais investimentos do governo sejam aplicados em educação, saúde, alimentação e moradias para o povo.
- Lembro-me perfeitamente que alguns movimentos afirmaram que até antes da Copa muita coisa iria acontecer.- completei.
Em seguida Deoclécio me narrou os últimos acontecimentos que recheiam as principais cidades onde teremos o desenrolar de alguns jogos da Copa. Fiquei preocupado. Imagino, agora, como devem ficar aqueles que se deslocarão dos seus países para assistirem os jogos da Copa em cidades e capitais brasileiras onde 80% nascem as notícias sobre assaltos, mortes, etc.
Vejam no noticiário das rádios e TVs se não é isso que está acontecendo. E não vamos pensar que as Forças Armadas irão enfrentar a espécie de bandidos pobres e poeirentos que estão sendo doutrinados, por líderes criminosos diversos para importunarem os que, de boa vontade, virão torcer nos estádios brasileiros. Será que estamos vendo essa imundice crescer como está crescendo e que terá o seu ápice nas semanas dos jogos da Copa?
Será que há dedos de políticos da oposição querendo levar vantagem nas eleições que acontecerão três meses depois da Copa, manipulando tudo isso? Ou será que se trata da falta de responsabilidade e competência de quem governa atualmente o país?
- Tudo é possível - diz Deoclécio e complementa - a presidente está mais preocupada com a sua re-eleição do que com o crescimento das noticias policiais e da possível negatividade da Copa para o país.  É o caso notório de cada um por sí e ela se sente assim. Votos dos eleitores é o objetivo. A Copa e a criminalidade fica para depois ou para o que der  vier.
Parece que, agora, tudo dependerá do PMDB e das suas bancadas no Congresso Nacional e que ela, a estátua, judiou bastante. Se esse partido resolver se liberar, e deixar a situação, lançando para a presidência da república o atual o vice presidente, Michel Temer,  com o apoio de outros partidos importantes que assinariam com alegria e sorrisos essa página da história política brasileira? 
Se isso acontecer, estará decretado o fim da presidente, conhecida como o poste ou a estátua, do seu criador e do PT. Ou não?
Será que o Brasil deixará de ser mais um país da estrela vermelha comuna e voltará a ser alegre e franco com as cores verde, amarelo, azul e branco?

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

terça-feira, 8 de abril de 2014

ALÉM DO IMAGINÁRIO

Aldo Zottarelli Júnior

A expressão é bastante conhecida e toda vez que eu a escuto fico boiando num lago fantasmagórico e grande que irriga a minha mente. Apesar de ser imaginário, com certeza esse local tem tudo a ver comigo, e o mesmo deve acontecer com os outros que confirmam o mistério da imaginação como algo mais importante da vida. A tal expressão é: além do imaginário!
Você já ouviu e talvez tenha entendido o seu significado, ou na pior das hipóteses, concluíu que dela não se conclui nada a não ser que é do próprio pensamento que nasce o nosso comportamento humano e dele formamos o nosso imaginário. Deu para entender? Se deu, por favor, me explique porque continuo boiando no lago inexistente. Mas vamos ver se, juntos, podemos  entender o que realmente significa o imaginário de cada um.
Claro que precisamos levar em consideração a idade e o sexo de quem imagina, porque uma criança tem a sua percepção mental diferente de uma outra pessoa idosa. Assim, concluímos inicialmente, que a grande diferença entre as pessoas está na sua estrutura corporal e física além do que está armazenado em suas mentes.
Eu explico. De que adianta pensarmos em movimento se, por diversos motivos, esse ato não corresponde a  qualquer movimento corporal? A estrutura óssea-muscular do jovem o leva a movimentos independentes e até involuntários com certa precisão (ou não), porém firmes sob a pressão da força. O mesmo não podemos afirmar de um idoso acima dos sessenta anos. Mesmo que seja um excelente frequentador em academias de ginástica, com presença diária usando aparelhos dos mais sofisticados, ele jamais terá a mesma perfeição e determinação daquelas envolventes pelo jovem. Resta somente se retirar para dentro de si e imaginar como seria diferente se pudesse substituir os sessenta anos pelos vinte poucos anos diante da complexa aparelhagem da academia. Não é?  
Aqui nasce o imaginário e com ele o que podemos pretender além dele. Nem que as nossas mentes, nossos pensamentos e sentimentos tentem improvisar um movimento coletivo, como um panelaço, nada irá mudar as regras rígidas existentes e a idade de cada um. Daí devemos entender que o além do imaginário só ficará no próprio imaginário e o seu além será quase que impossível de se conseguir. Ou será que não?
Como a imaginação é praticamente um punhado do imaginário das nossas mentes, devemos, com cuidado, praticar os exercícios de pensamento e com eles adaptarmos continuamente às nossas atitudes entre aqueles que nos entendem e nos amam. Desta maneira, dentro de nós, o além do imaginário nos levará, com felicidade e muita certeza, ao aperfeiçoamento da nossa alma na busca constante da paz e da compreensão.

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SEM EXPLICAÇÕES.

Aldo Zottarelli Júnior

Tem gente que gosta,  mas eu não gosto de falar de assombrações, ditames espíritas ou coisas do outro mundo que desembarcam  e costumam florescer entre nós.
Feitas tais considerações, devo contar a estória - sem "h"- que o Constantino me contou ontem, pela manhã, sentados num dos bancos de madeira de um dos jardins da minha cidade.
- Pois é - ele disse - na última semana, ao acompanhar o enterro de um cidadão bastante conhecido, ouvi um comentário que me deixou perplexo.
- Perplexo é forte demais - interrompi.
- Que nada, meu.
E ele me contou que um notório cidadão havia narrado à outra pessoa, que também acompanhava aquele sepultamento, sobre algo que ele leu numa revista que costuma publicar contos do outro mundo. Assim, ele explicou:
Numa cidade pequena de um país africano, havia dois meninos que cursavam o básico do projeto educacional e que não se largavam um minuto sequer um do outro. Onde estava um, estava o outro também. O que um fazia, outro fazia também. Não eram gemeos mas haviam nascido no mesmo dia e na mesma hora. O local, ou seja, as maternidades eram outras e as mães, também eram outras.
 Cresceram com essa "coisa"de pensar e agir como se fossem uma única pessoa. Até as dores de barriga eram idênticas e ocorriam no mesmo instante, estivessem eles em locais distantes, um do outro.
Os anos se passaram e isso sempre continuou a existir.
- Só falta um morrer e o outro embarcar no mesmo dia e hora. - afirmava alguém que se aproximou para  ouvir o que o Constantino falava.
O engraçado disso tudo, se é que posso definir como engraçado, é que os dois personagens não se conheciam.
"Será que é uma nova edição do boneco de barro que o Mestre estava experimentando neste mundo louco?"
Bem, continuei ouvindo aquela narrativa.
Homens feitos e casados, suas mulheres ficaram grávidas. Cada uma na sua cidade. E as duas famílias moravam em lugares distantes. Uma, naquela cidade africana, e a outra no nordeste brasileiro. As duas gestantes deram a luz, no mesmo dia e na mesma hora: dois meninos, um para cada uma. Que coisa, meu!
Com o passar dos anos, os homens ficaram mais idosos e cuidaram, cada um à sua maneira, dos rebentos que já eram universitários  e estavam em cursos idênticos, e assim, ambos seriam médicos, em pouco tempo, com certeza.
O universitário da Faculdade de Medicina do Ceará se inscreveu no movimento "Médicos sem Fronteiras" e foi designado para servir numa pequena cidade africana. Não era a tal cidade onde se iniciou essa estória. Nada disso. Era uma espécie de tribo bem no centro da Africa. Ali, no centrinho.
Depois de alguns dias servindo à saúde daqueles pobres tribais africanos, o futuro médico sentiu-se mal e foi encaminhado para uma cidade distante daquela tribo, para ser atendido e tratado, porque a coisa parecia ser grave.
Já internado na UTI do hospital recebeu a visita do médico de plantão. Adivinhem quem era esse plantonista?
Erraram! Não era quem vocês pensaram, porque esse outro médico
também estava internado num outro hospital, com os sintomas semelhantes ao do citado companheiro de profissão.
Apesar de estarem internados nas UTIs de hospitais diferentes, e sem que tivesse sido descoberta a causa das doença semelhantes que ambos haviam contraídos, eles permaneceram num "coma" induzido até que, num dia e na mesma hora, os dois jovens profissionais da saúde partiram juntos para o andar superior.
Os seus pais, logo após serem avisados sobre a morte de seus filhos caíram "durinhos" e sem vida. Foram em busca dos dois filhos.
Agora, o importante: tudo no mesmo dia e na mesma hora.
- Como explicar isso? perguntou Constantino.
Ninguém respondeu. Nem eu!
Ficamos em silêncio.

O autor é educador, escritor e músico
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com