sexta-feira, 4 de julho de 2014

O FATASMA DA ÓPERA.

Aldo Zottarelli Júnior


Vocês já ouviram falar de um trio de artistas e cantores formado por Erik, Raoul e Cristine Daaé? 

Não?
Eles continuam se apresentando todas as noites no palco do Teatro Majestic, na Broadway, em Nova Iorque, há vinte e cinco anos!
Posso afirmar que a primeira vez que ouvi esses artistas foi em 1989, e jamais me esqueci do que eu vi e ouvi, naquela oportunidade. Outras surgiram e não perdi. Sensacional!
Lembro-me de que, ao entrar na plateia, vi as cortinas do palco abertas e nele era mostrado um palco abandonado do antigo Teatro d'Ópera, de Paris. Ali estava sendo realizado um leilão do móveis e objetos abandonados e esquecidos naquele teatro. Entre eles, havia o da imagem de um macaquinho dourado batendo dois pratos de bateria sob o som da canção The Mascarades .
Essa imagem será apresentada mais uma única vez. Aguardem!
Outra oferta do leilão era a de um imenso e pesado lustre de cristal que havia caído diretamente sobre os espectadores e agora, abandonado, ninguém se interessava em adquiri-lo, porque haveria mal fluidos deixados por um desconhecido e infeliz integrante da vida daquele teatro.
Esses três fatos identificam a beleza do espetáculo criado pelo inglês Sir Adrian Lloyd Webber, baseado no romance do frances Gaston Leroux, e que recebeu o título de O Fantasma da Ópera.
Desde a sua estreia, astros e estrelas variaram nas interpretações dos personagens de Cristine, Raoul e Erik em várias cidades e capitais do mundo, incluindo São Paulo, onde a peça ficou por dois anos.
Eu tive o privilegio de, ao assistir pela primeira vez, no Teatro Majestic, na Broadway, ouvir a Cristine na voz da cantora inglesa Sarah Brighton, noiva de Webber, a quem ele ofereceu especialmente essa produção. Casaram-se e se separam. Porém, o show continua e, pelo visto, vai durar outros vinte e cinco anos.
Depois, eu vi no mesmo teatro, mais três exibições com outras "Cristines" e, em São Paulo, com duas atrizes brasileiras notáveis.
Não preciso afirmar que sou fanático pelo O Fantasma da Opera. Tenho até um DVD que assisto constantemente e me embalo com as canções maravilhosas e inesquecíveis feitas exclusivamente para essa obra. Apaixonantes.
Feitas essas considerações, é necessário completar com uma outra que diz respeito com o final da peça. Há algo na Internet contando sobre a descoberta de um esqueleto que seria de Erik, no local onde havia funcionado o Teatro d'Opera, encontrado com o anel que ele havia oferecido à Cristine, pedindo para que ela fosse a sua esposa e ela o devolveu demonstrando que o seu verdadeiro amor seria Raoul.
No teatro, entretanto, a cena final fica sob o som da imagem do macaquinho dourado, com o seu The Mascarades e com o desaparecimento de Erik, o fantasma, que estava sentado em uma poltrona escura e todo coberto com uma capa preta. Ao se levantar a capa, aparece apenas a sua máscara branca. Nada mais!
No DVD, ou seja no filme, a história é pouco mais longa.
Raoul, bastante idoso e numa cadeira de rodas, ao sair do leilão dos objetos do Teatro d'Ópera, leva o macaquinho dourado que havia arrematado até o túmulo de Cristine e lá encontra, em descanso, uma rosa vermelha e um anel de noiva.
Esta rosa vermelha seria a flor que o Fantasma iria entregar para a sua amada, na cobertura do Teatro, como prova do seu amor.  Raoul interferiu e não deixou. Em seguida, ele a atirou ao solo abandonando-a naquele local.
Infelizmente, fui obrigado a contar os três finais.
Quem ainda não viu O Fantasma da Ópera não irá se importar com tais narrativas porque um espetáculo teatral como esse, será difícil de aparecer outro. Daí, o seu sucesso desde 1989, em Nova Iorque e em outras cidades do mundo. 
Quem for assistir essa de obra do teatro musical não irá se arrepender, e jamais se esquecerá daquela imagem dourada do macaquinho tocando o som da melodia The Mascarades.
Com certeza!

O autor é educador, escritor e músico.
e mail: aldozottarellijunior@gmail.com


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