sábado, 7 de janeiro de 2012

PARA JAMAIS ESQUECER

Madrugada do dia 6 de janeiro de 2012
Hospital da UNIMED, em Rio Claro.
Ali, estou deitado numa espécie de maca, no box 8, para ser examinado pelo médico de plantão.
Eu estava mal. Dores muito fortes na altura do abdomem. Seria um anúncio de enfarto? talvez, porque eu tenho um amigo que teve esse "mal estar" e me contou como ele se sentia com as dores abdominais.
Contei ao médico que eu havia comido um pedaço de torta de nozes que não tinha um bom aspecto e que logo em seguida, havia comido uma banana prata. Poucos minutos após a banana, a barriga inchou e começou a doer. Resolvi me auto medicar e tomei uma dose de sal de frutas. Foi o ato final. Dali em diante, as dores surgiram mais fortes e lá eu estava, no box 8 do hospital.
O doutor Artur, figura simpática que confessou-me ser filho de um humorista de TV o qual eu gosto muito, fez todos os exames necessários e até um eletrocardiograma. Tudo estava bem. Lembrei-me também, que no dia primeiro, eu havia caído de barriga e ficado estatelado no chão, e que no dia seguinte estava com dores nos músculos laterais do abdomem que aumentavam, naquele momento, no box 8.
Os exames deram negativos. Ótimo!
O doutor Artur mandou aplicar um soro misturado com o famoso Buscopan. Minutos depois eu estava meio grogue, meio adormecido.
Ao ser dispensado e dado apto a voltar para casa, às 3 da matina, o médico disse-me que era ouvinte do "Jornal da Manhã"da Rádio Excelsior de Rio Claro e que sentia a falta  dos meus comentários diários e da maneira como eu comandava aquele jornal de notícias. Perguntou-me então, o porque que eu havia parado de participar daquele programa. Confessei a ele que as finanças da rádio não andavam bem das pernas, me obrigando a vendê-la para um grupo do setor de comunicação. Ele lamentou o acontecido porque na opinião dele e de outros ouvintes, o jornal mudou de cara e não era mais uma fonte de notícias do Brasil e do mundo.
Não comentei nada sobre isso porque deixou de ser meu problema e, ao me despedir, disse a ele que foi um prazer conhecê-lo e agradeci os seus serviços médicos. De repente, veio a resposta inesperada:
- "Seu Aldo, eu quem tive a honra em conhece-lo. Sinto-me feliz por isso."
Minha boca secou ainda mais pois já estava um pouco seca pelo Buscopan e fiquei em silêncio.
Confesso que me controlei para não perder alguma lágrima dos meus olhos pela emoção sentida.
Jamais tinha ouvido alguém afirmar, na minha frente, dizendo que tinha a honra de me conhecer.
Eu? Por quê? Nunca pensei em algo semelhante.
Ao chegar em casa, ainda grogue, nada falei para a minha mulher.
Ao despertar na manhã daquele dia eu me sentia feliz e ela me perguntou por quê se eu havia passado horas no hospital, com dores, etc.
Contei a ela o que havia acontecido e o que eu havia ouvido daquele médico.
Ela concordou com a admiração do doutor Artur e sorriu para mim.
Em menos de vinte e quatro horas, tive duas alegrias: a primeira, proporcionada pelo doutor Artur em sentir-se honrado em me conhecer e a outra foi sorriso da Sandra dando o aval aos elogios que eu havia recebido.
A manhã do dia seis foi maravilhosa. Comecei o ano com lambujas e efeitos. Ótimo!

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