sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CONFIAR EM QUEM?

CONFIAR EM QUEM?

Incrível como acabamos cometendo enganos e mais enganos sem sequer fomos advertidos. Dizem que a vida é assim mesmo. Será?
Desde crianças, aprendemos a nos safar dos problemas, utilizando das mentirinhas que não ferem ninguém. Elas apenas enganam os que não deveriam ser enganados: nossos pais. Não é mesmo?
Quando crescemos e já mais escolados, passamos a ter cuidado com o que fazemos mas, mesmo assim, há sempre alguém que acaba nos enganando. Isso é grave e problemático.
Amigos e "amigos" estão sempre por perto e nós acabamos confiando neles. Quando a coisa esquenta, e surgem os prejuízo para alguém, nós acabamos levando a culpa sozinhos. As consequências serão, sem dúvida, graves e punitivas.
Se conversarmos com alguma autoridade policial tomaremos conhecimento de que muitos dos que se encontram atrás das grades, cumprindo penas, foram envolvidos, inocentemente, por malandros que eles consideravam "amigos".
Caso esquisito de uma certa garota, com seus dezenove anos: Ela aceitou a carona de uma amiga para viajar até São Paulo afim de fazerem algumas compras. Na carona, iriam também um jovem motorista e mais alguns conhecidos. Ao chegarem na capital paulista, ainda na estrada, a polícia os aguardava. Houve uma denúncia de que entre as sacolas da bagagem que o veículo  transportava, havia drogas.  E havia mesmo! Todos foram diretos para a delegacia de policia mais próxima, para prestarem depoimentos.. Xadrez para todos. E a coitada da garota que nada sabia e estava no grupo só para ganhar uma carona foi envolvida e fichada como traficante de droga. A amiga que lhe ofereceu carona disse que não a conhecia.
Não foi fácil tirá-la desse imbroglio todo.  Levou algum tempo e advgados de porta de cadeia acabaram ganhando um dinheirinho que a menina teve que pagar,  conseguindo através de empréstimos de outras pessoas conhecidas. Até hoje, essa dívida continua sem ser paga. O pior disso tudo é que a sua ficha ficou e continua  suja nos meios policiais.
Casos como esse existem por aí e continuam a crescer sem qualquer controle porque as pessoas confiam em outras que não merecem,jamais, essa confiança.
Se voltarmos ao passado, veremos que, de alguma forma ou pelo menos uma vez, pagamos caro ao sermos enganados por aqueles em quem confiamos. E agora? Vamos deixar de confiar nos outros? Nada disso. Para tudo há sempre uma saída. Honrosa  ou não. Mas há!
A confiança faz parte da personalidade de qualquer um e dependemos demais de nós mesmos sabermos em quem usa-la. É aqui que reside o perigo porque nem sempre somos devidamente esclarecidos para isso. Se, quando crianças ou jovens, tínhamos os nossos pais em quem confiávamos cegamente, agora, depois de adulto fica difícil encontrarmos pessoas como os nossos pais. Daí, a cada passo que damos, temos que olhar para todos os lados e conhecermos melhor aquele ou aquela que caminha ao nosso lado.
É um problema difícil porque numa sociedade civil, como a nossa, temos que confiar, pelo menos, na Justiça como  o poder que decidirá, segundo as leis, o que está certo  ou  errado, ou ainda, o que merece confiança e o que não merece confiança.
Bem, se a regra para encontrarmos a confiança nas pessoas ou na sociedade deve ser cuidada pela Justiça, o que acontecerá quando a própria Justiça deixar de merecer a nossa confiança?
As últimas notícias, estampadas e anunciadas nos órgãos de comunicação no Brasil, estão divulgando o alto comprometimento da Justiça em processos de corrupção e de contravenção penal envolvendo juízes, desembargadores e ministros das altas cortes do poder judiciário brasileiro.
Daí, a pergunta que não quer calar: "confiar em quem?"

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