segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SE BEBER, NÃO DIRIJA.

Não consigo entender o que se passa na cabeça de um jovem que afirma beber bastante e depois sair dirigindo o seu veículo pelas ruas da cidade.
Incrível como podem existir pessoas com tal pensamento.
Não vou citar nomes porque não quero promover ninguém. Sim, porque com fatos negativos muita gente costuma ganhar um espaço tão grande na mídia que acaba ainda tendo o lucro que não esperavam ter com as suas loucuras. .
Ao dar testemunhos de suas "atiradas"na boca da noite, esses jovens ainda não entenderam que fora do seu corpo e da sua vida há outras vidas em jogo. O pior é que eles acreditam que jamais estarão envolvidos em acidentes de trânsito.
O jornal Estadão, de domingo, trás duas páginas sobre este assunto. Ao ler as reportagens e as entrevistas desses delinquentes, fiquei estarrecido em descobrir que nada há dentro dessas cabeças e, por isso mesmo, tudo é possível acontecer. E não pensem que se trata apenas de pessoas que queiram mostrar a sua masculinidade diante de outros. Nada disso. Há inúmeros exemplos de moças, bêbadas que, saindo das casas noturnas, boites, etc,  assumem a direção de seus veículos e seja o que Deus quiser. 
Para se ter uma idéia do aumento indiscriminado desse tipo de gente, em alguns desses locais de danças e bebidas, há estacionamentos que mantém "valets" para a guarda dos veículos até o dia seguinte, propondo aos jovens embriagados,  irem  gratuitamente, de taxi para as suas casas  e retornarem no dia seguinte para apanharem os seus carros. Mesmo assim, alguns desses jovens insistem em dirigir afirmando que não vão deixar o velocímetro marcar mais do que 40 ou 45 km/h. Até parece que um acidente com algum carro com tal velocidade não mata ou deixa alguém paralítico para o resto da vida.
Tanto é verdade que, a AACD - Associação de Assistência à Criança com Deficiência - demonstra um  aumento semanal de novos portadores de deficiência física e mental, ocasionados por  acidentes de trânsito. A sua maioria é de moços e moças. E como início dessa tragédia, está a bebida consumida e a direção do embriagado no comando do seu veículo. pelas ruas e avenidas da noite paulistana.
A falta de responsabilidade é total desses que pensam que os acidentes nunca acontecerão com eles. O pior ainda fica para quem é vitima desse tipo de acidente de trânsito que não tinha nada haver com o motorista bêbado mas, por estar na hora errada e num local errado, recebe esse choque violento em seu corpo e, em consequência, deverá permanecer por um longo tempo internado num hospital ou ficará sentado numa cadeira de rodas pelo resto da vida. 
Infelizmente isso continua acontecendo em todos os finais de semana e ficamos aqui a pensar se não há pelo menos alguns  pais aconselhando seus filhos a não beberem antes de  dirigirem os seus carros.
Se os pais fizerem isso como se explicar as propagandas das bebidas que aumentam dia-a-dia nos canais de televisão e sugerem até que pais e filhos bebam juntos? E, no final, vem a frase "se beber não dirija".  Mas como?  Se você bebeu um pouco mais do limite,  dificilmente você irá se lembrar dessa frase que as marcas de cerveja esparramam em seus anúncios e, ao mesmo tempo,mostram aquela espuma branquinha e tentadora saindo de copos molhados e trincados pela temperatura da bebida.
Distraídos, todos passam suas línguas pelos lábios, como se sentissem o sabor tentador da bebida. Pois é!
Mesmo assim, aqui está um grito de alerta para lembrar  que a direção de um veículo nas mãos de um motorista  alcoolizado poderá ser o começo do fim para ele ou para uma vítima que jamais pediu ou pensou em ser uma vítima.
Continuo a pensar sobre o assunto desses jovens bêbados dirigindo os seus veículos e indago a mim mesmo: se o futuro da humanidade pertencem aos jovens e estes buscam na bebida a sua auto-afirmação, o que esperar dessa humanidade.
Não é mesmo? 
 

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