quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PASSEATA DE PROTESTO É O CAMINHO?



O esquecimento faz parte da vida dos brasileiros.Vamos usar, como exemplo, as tais passeatas existentes por aí.
Na época em que o Collor de Melo foi presidente do Brasil,a comentada passeata contra a corrupção,etc, deu certo. Ela tirou o homem do governo. O comando e a maioria dos que agitavam a passeata eram estudantes e eles estão sempre a frente de atos semelhantes, em todo o mundo. Depois que saem das universidades, deixam de ser estudantes e  se tornam profissionais, precisando trabalhar para viver e nem se lembram mais que estiveram em passeatas de protestos. Nem querem comentar sobre o assunto. Esquecem-se de tudo. É como eleitor que vota em vereador ou deputado e alguns dias depois não se lembra  em quem votou. Até parece piada mas não é?
Não adianta procurarmos os verdadeiros culpados pelos atos corruptos ou difamatórios para com a política que não iremos, singularmente, nomeá-los. Vamos chegar a conclusão que todos são o que são e nós continuaremos a ser o que somos. Incompetentes para tomarmos uma medida, sadiamente mais forte, do que apenas pintarmos nossas caras, colocarmos nariz de palhaço e sairmos em passeatas pelas ruas. Praticamente essa passeata será vista na TV, na forma de cinco minutos de fama, como uma  festa de estudantes palhaços, gritando, cantando, dançando, correndo, se banhando em fontes públicas, etc. Tudo isso, confesso,  me desagrada muito porque se trata de uma manifestação popular perdida.
Se dermos uma olhada nos cinco continentes, encontraremos movimentos de protestos dos mais variados. Entretanto, na Somalia, onde nem medicamentos existem para que as crianças sobrevivam às doenças e da fome, não vemos passeata alguma e nem movimentação pública exigindo alguma coisa. Apenas pedem e imploram para viver. Perceberam a diferença?  Por quê será?
Agora, nos EUA, estão acontecendo passeatas de estudantes contra a mudança da obrigatoriedade legal das declarações do imposto de renda dos ricos. Na Somália, não há dinheiro e nem comida. Nos EUA os estudantes querem o dinheiro dos ricos nos cofres públicos.  Na Somalia, não há passeatas. Nos EUA, elas acontecem em várias cidades. Que diferença, não é?
Em países europeus, as dívidas de alguns governos estão estourando como pipocas em sessão de cinema, de TV ou batata quente nas mãos de crianças. E, todos os dias, aqueles que estão melhores consolidados procuram, como se fosse uma agulha no palheiro, uma solução para o Euro da vida européia. E bota Euro nisso!
E assim vamos caminhando. Passeata de cá com passeata de lá numa combinação prejudicial até para as solas dos sapatos e sandálias dos que participam dessas passeatas. Sim, porque as soluções, se é que irão aparecer, não emplacarão por muito tempo. Daí, outras passeatas futuras aparecerão. Tudo dependerá dos universitários.  E, com elas, virá  o esquecimento das suas existências.
Você duvida?
O esquecimento das passeatas é uma realidade. Aliás, nós nem lembramos da cor da cueca ou da calcinha que estamos vestindo hoje. Então, como iremos nos lembrar dos políticos que votamos nas ultimas eleições ou de que passeata estivemos participando. Em caso de dúvida ou de esquecimento, o negócio é entrar e curtir uma passeata.. . mais uma vez.
Não é mesmo?

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