sábado, 29 de outubro de 2011

UMA COISA É UMA COISA . . .

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Entenderam?
Pois é. Estou cansado de ouvir tal comparação que, inicialmente, não entendia e agora passei a compreender o seu significado. Eu vou explicar. Atenção; " uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Entenderam? 
Tudo é comparável, já dizia  o pernambucano Josias. Vejam vocês que a capital do meu estado é apelidada de Veneza brasileira. Aí eu peguei algumas fotos da verdadeira Veneza, a italiana, e comparei. Nada comparável. É a tal de "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Se lá há o romantismo das gôndolas navegando com casais pelas águas calmas do Adriático e todo mundo olhando, aqui no Recife temos o frevo que dançamos e todo mundo vê e aplaude porque não conseguem fazer o mesmo.Nem segurar o guarda-chuvinha colorido que seria o movimento mais fácil.
Lembro-me de ter ido, pela primeira vez na minha vida, assistir, com o meu pai, um jogo de futebol no estádio do Pacaembu. Era um Palmeiras versus Corinthians. Fiquei estupefato ao ver o estádio e, dentro dele, ver as duas equipes rivais se enfrentando. Os palmeirenses saíram do estádio aborrecidos com a derrota e eu perguntei ao meu pai, um fanático torcedor do Palmeiras, como iriam ficar as coisas no campeonato. Advinhem a sua resposta: "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Não entendi tal definição. Como no final daquele campeonato, a equipe palmeirense ficou campeã, passei a entender a frase que ele havia me dito. 
Para todas as explicações, essa frase sempre será lembrada quando o motivo da sua citação for algo comparável. Repito: comparável!
Um idoso com mais de oitenta é uma coisa enquanto um jovem com vinte é outra coisa. Isso sem levar em consideração as pelancas que o idoso tem e o jovem não tem.Seria isso uma vantagem não comparável? E mais ainda: o idoso não consegue sustentar em pé o que o jovem consegue em qualquer posição. Não podemos esquecer  que o jovem de hoje será o idoso de amanhã. Então, não há coisa para ser comparada. Só quando as pelancas chegarem para o jovem. Bem aí as coisas podem ficar iguais e surgem as comparações. Será?
A mulher sai de uma loja conhecida internacionalmente, onde havia feito uma compra e encontra com a sua vizinha nos corredores de um shopping. Ambas ostentam suas sacolas das compras onde as marcas das lojas estão destacadas. Uma olha a sacola da outra e pensam o mesmo: " uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". E as duas sorriem. Uma para outra.E somente elas sabem porque.
Ao me contar essa história, uma das jovens me confidenciou que estava curtindo um novo namorado. Perguntei se era namorado mesmo ou apenas ela havia ficado com ele, depois de saírem chumbados de uma casa noturna. Ela me responde que se fosse apenas essa de ficar seria uma coisa e namorar seria outra. Eu perguntei por quê? Ela sorriu e pediu-me para guardar segredo. Disse que sim e veio a explicação: " a  diferença da coisa era o seu tamanho e a sua grossura!" Deu pra entender?  Pois é. "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa".
Fiquei sabendo uma história de um  marido que perdeu a mulher para um concorrente e quase morreu de "dor de corno". Depois de alguns anos separados, quis a vida que os dois reatassem o casamento. Na primeira noite, após acontecer o que eles tanto esperavam, ficaram relaxados, pelados e exaustos sobre a cama. Ele dá um beijo carinhoso na face da mulher e desafia: "Fala a verdade, meu amor. Eu sou melhor do que aquela coisa não é?" Ela respondeu imediatamente: "Meu bem. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa."
Dizem que a duração do reatamento desse casal não passou daquela noite.
E assim, vários outros exemplos são citados para que seja justificada a existência da célebre frase  que ninguém sabe onde ela nasceu ou fingem que não sabem.   
A maioria afirma que ela nasceu de Deus que, ao tentar explicar o por quê da existência de terremotos, tsunami, vulcões em erupção, maremotos, guerras, etc, tão comum em vários países e não no Brasil, Ele se explicou: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa."
E concluiu: vocês vão ver a "coisa" que será o povinho que vou colocar nas  terras brasileiras. Vocês verão e sentirão que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa"
Daí, para bom entendedor uma palavra, ou uma "coisa", basta.
Não é mesmo?

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