segunda-feira, 22 de outubro de 2012

VERGONHA NA CARA

Hoje, eu estive numa confeitaria famosa e sentei-me diante de uma das suas mesas, com a  companhia de amigos que costumeiramente nos reunimos por lá, para falarmos e discutirmos as últimas noticias que abalaram a cidade.Quando digo abalaram, quero dizer que houve a divulgação nos quatro cantos da cidade.
Por mais que estivessemos propensos a não comentarmos as noticias policiais, acabamos sendo levados a elas e assim as tornamos ainda mais públicas.
O que poderíamos fazer para reduzir a criminalidade na cidade ou no país como um todo? Esta é a expressão mais usadas pelos políticos e eles tem razão, porque quando analisamos o comportamento e as  reações de uma população, é necessário comentarmos as nossas notas como um todo, como se estivessemos adentrando à cabeça de cada um que nos ouve. Não é fácil, mas é provável.
Assim, falamos a vontade para quem quiser nos ouvir. 
Disse um companheiro:
-Aqui, para falarmos a verdade, precisamos ter a vergonha na cara - e ali, todos conhecíamos essa expressão.
Quando chegou o meu momento de expor o que eu faria para ter uma cidade melhor e mais feliz eu falei que se fosse prefeito municipal - o que espero jamais ser - eu triplicaria o número do efetivo da Guarda Municipal, distribuindo, pelo menos, dois policiais para cada quadra central da Cidade Azul das Orquídeas.
- Não haveria recursos para tal idéia - foi o que eu ouvi.
Claro que, atualmente, não existe essa verba toda, mas poderíamos fazer uma campanha a nível municipal para dotar a nossa cidade de um poder de policiamento tão grande, afastando a delinquência e tentar terminar com os crimes das nossas ruas.
Não é difícil de se conseguir isso porque o próprio povo sabe onde aperta o sapato, e viria se juntar com os poderes  municipais constituídos para ter mais segurança.
Não gostaríamos de ver tipos de crimes, como aqueles que presenciamos diante da TV, ou ouvindo o rádio, ou lendo os jornais.
O pior não é apenas conhecermos a execução de tais crimes, mas de ouvirmos os depoimentos dos assassinos que, sem dó, nem pena e totalmente frios, afirmam que mataram porque a vítima gritou.
Mas, gritou porquê? Provavelmente o inesperado ataque fez com que a vítima se assustasse e teria como a sua única reação:  gritar!
E lá se vão as balas, saídas das armas mortíferas dos bandidos em direção ao corpo de uma jovem chamada Camila ou outro nome, fazendo-a tombar, ferida de morte, diante dos criminosos presentes.
A reação dos assassinos foi simplesmente bestial e deveria ser punida, se a nossa lei permitisse, com a morte semelhante a da sua vítima. Infelizmente em 1988, a reforma constitucional, com acentuada participação do partido da estrela vermelha, acabou colocando o direito do criminoso matar, ser preso e imediatamente ser solto e continuar com a sua vida de assassino de jovens como a Camila.
Isso aí devemos à nossa política que, por sua vez, aceita essa situação que só aumenta a insegurança do povo brasileiro.  E somos obrigados a conviver com isso. É a própria safadeza política!
Se procurarmos os agentes constituintes que aprovaram a nova constituição, não iremos encontrar nenhum, nem a explicação  de ter dotada a nossa Carta Magna do direito de defesa de assassinos comprovados e já condenados e esquecermos de proteger as suas vítima: NÓS!
É assim ficou válida a regra do jogo, após 1988. E pensar que o velho Deputado Federal e seríssimo Ulysses da Silveira Guimarães saldou a aprovação da nova constituição como algo que viria novamente descobrir e mostrar um novo Brasil.
Pois é, seria este o novo país que estamos vivendo?. Assassinos matando, como bem entendem, as pessoas inocentes, independente da idade, em todos os quadrantes brasileiros e sem a punição devidamente necessária e rígida que a  nova constituição se negou a aprová-la e . . . a esconde. E agora?
Estamos indefesos e nenhum político se mete a besta de tentar corrigir esse erro do direito criminal, com medo de ser executado pelos bandidos ou criminosos que estão a solta e caminhando pelas ruas do país. 
E para complicar ainda mais, os salários baixíssimos daqueles que dão a sua vida para nos proteger e que se vestem como guardas municipais ou como soldados da Força Pública  não cobrem o sustento da própria família e são obrigados a fazerem bico em empresas de segurança privada. É mole? Claro que não é. E quem dá jeito nisso? Como ficamos? 
Crimes aumentando, diariamente; assassinos aumentando, diariamente; traficantes aumentando, diariamente e os nossos defensores ganhando cada vez menos, diariamente!
Tudo neste país se mede com a palavra: diariamente. O dia em que resolvermos 
enfrenta-la e nos colocarmos contra esse festival de crimes, safadezas políticas e o tráfico de drogas, é possível que o falado novo Brasil comece a nascer, viver e a pulsar o seu coração no seu peito forte e destemido, com a honra e a luta gloriosa para sermos , diariamente, melhor para todos.
Assim, os jovens e idosos não correrão mais o risco de morte andando ou correndo pelas ruas da cidade. Tudo estará salvaguardado pelos  nossos policiais que irão sentir que o seu trabalho foi reconhecido e os bandidos que eles prenderam vão ficar trancafiados nas  celas das cadeias e penitenciarias por muitos anos e não haverá brecha alguma na Lei e no direito da Justiça para coloca-los em liberdade.
Sabe quando esse sonho será realidade neste Brasil varonil?
Nunca!
 A não ser que todos nós tenhamos vergonha na cara. Né não?

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