quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LABÍOS QUE BEIJEI. . .

Dizia o poeta "Lábios que beijei, mãos que afaguei, numa noite de luar. . ."
Quantos namorados já experimentaram tal sensação. É a sensação de amar. De estar junto da pessoa que se ama e que, naquele instante, troca-se um dar e receber inexplicável, emocionante, gostoso, causando arrepios pelo corpo todo, como se pudéssemos misturar dois corpos num só com, apenas, um simples toque dos nossos lábios. 
O beijo é , sem dúvida alguma, o  primeiro e principal ato de amor de um ser humano.
Por isso mesmo que a criancinha, sem saber falar já aprendeu a mandar beijinhos, como um ato de amizade e de amor a alguém que se quer bem.
Descrever um beijo é complicado. Uma coisa é senti-lo e outra é explicá-lo.
Ainda mais quando se dá ou se recebe numa noite de luar. Parece que o beijo vem abençoado com aquela luz linda, prateada, penetrante e romântica da lua. 
Entretanto, beijar ao luar está ficando difícil. Falta de romantismo entre os casais? Nada disso! É falta de segurança mesmo! Experimente ir a uma praça ou jardim ou ainda a beira mar, olhar para o luar e mandar um beijo na namorada. Se você pensa que irá acontecer tudo aquilo que já narrei, esqueça. A segurança do casal corre perigo e o beijo fica sem a sua principal característica de ser um ato de amor, da entrega espiritual do casal e passa a ser um ato qualquer.Banal. E o pensamento declara: "Beija logo que o assaltante está chegando. Está logo ali. Beija rápido!"
Fica difícil entender um beijo aflito, com medo da aproximação de um bandido, do beijo roubado. Não é?
Parece que o romantismo está se despedindo dos seu pontos principais e co-autores  da sua ação, como a luz do luar brilhando num banco de jardim. Ele foi direto para lugares fechados como um quarto, um carro, por exemplo, onde surgem as ações físicas, corpóreas ou corporativas, atendendo a excitação de um prazer sexual que jamais será igual aquele transmitido por um sentimento tão grande, nobre e sincero como o de um  beijo apaixonado, dado sob o luar. Se este beijo for roubado num único segundo, parece que fica ainda mais gostoso. Excitante!
Do beijo pode nascer tudo, inclusive, o que não se espera acontecer.
Ao beijar o rosto de alguém, manifesta-se o carinho ou o respeito para aquele ou aquela que recebe o beijo. E vice-versa.
Ao beijar os lábios de alguém,a correspondência pode ser imediata. Aí se sentirá o verdadeiro sabor de um beijo de amor ou não. Como não?  Ora, os mafiosos costumam beijar a boca dos suas vítimas como um sinal de vingança complementada com um ato de morte. 
Por isso, é possível que exista beijos nos lábios dados com sentimentos falsos de quem o pratica. Mais tarde, quem recebeu o beijo irá entender se houve ou não essa falsidade.
São exemplos de beijos, manifestações exclusivas das pessoas que dependem das suas intenções futuras. 
Por isso, volto à lembrança da letra da música "Lábios que Beijei" onde, junto com os beijos, aponta-se o afago das mãos sob a luz do luar.
É para não esquecer, jamais!
Não é mesmo?

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