segunda-feira, 14 de novembro de 2011

APENAS MAIS UM FERIADO NACIONAL.

15 de novembro, feriado nacional.
Você sabe o que significa um feriado nacional para os brasileiros?
Não sabe? Alguém me disse que se trata de uma data onde se comemora qualquer coisa que ocorreu na história do Brasil e que ficou marcante para todos nós, por ter sido considerada qualquer coisa importante.
Pois é. Desta maneira, tudo que aconteceu na nossa história foi fruto de alguma coisa acontecida e que moveu sentimentos dos mais variados. Desde o da criancice até o social, passando pelo religioso, conquistas militares, comemorações civis, mortes, desastres, traições, casamento, bodas de casais, defloramentos, tentativas várias, dedo na próstata, sexo livre, etc, etc, etc.. Aconteceu qualquer que possa lembrada com destaque, torna-se um feriado. Se causar comemorações em todo o país, levará o nome de feriado nacional. Fácil, não é?
A história deste país tem inúmeras passagens destacadas que poderiam e são lembradas como feriados nacionais. E são! A descoberta do Brasil, o Dia do Fico, Tiradentes, Independência, O dia da Ida (para Portugal), Abolição da escravatura - até hoje comemorada, jamais consagrada ou praticada - Proclamação da República, conquista do Riachuelo - se fosse "da",seria das lojas com o mesmo nome - Copa do Mundo de Futebol, gols do Pelé,  agora do Neymar,  Revolução Democrática de 31 de março - onde os que perderam  estão agora no poder e querem vingar sobre os que venceram -
Carnaval - três dias de festa do povo -, Natal, Fim de Ano,  Primeiro de Maio - internacionalmente consagrado e muitíssimo reconhecido pelo povo brasileiro que adora trabalhar (?) e, assim por diante.
Percebem que qualquer coisa pode transformar o dia da sua ocorrência em feriado nacional. E feriado significa desligar todas as máquinas e puxar um descanso tranquilo. Ou melhor, sombra e água fresca!
Interessante como nós damos valor para esses hiatos que acontecem no nosso dia-a-dia e não percebemos o prejuízo que os feriados causam a todos nós e, em especial, para o Brasil. Tudo para!
Comércio para, bancos param, não há faturamento e, com isso, não há crescimento e desenvolvimento. Viram? Eu não disse/
O feriado é um tumor maléfico para um país.  Hoje, não são lembrados os verdadeiros motivos da sua existência mas, apenas, o gosto de não trabalhar ou fazer coisa alguma.
Me faz lembrar do mineirinho simples ao tentar um emprego, ouve do futuro patrão que ele será registrado com todos o seus direitos como seguro saúde, descanso semanal remunerado, décimo terceiro, fundo de garantia, porcentagem nos lucros da empresa, folga aos sábados, etc. O dito cujo faz rosto de preocupado e pergunta: "Quando eu entrarei em férias? Vou receber em dobro?"
É assim mesmo. Nascemos num país que dá certo por teimosia do próprio povo. Se houver algum protesto, os larápios de Brasilia aprovam qualquer projeto de lei dando algo mais aos brasileiros. E nós com a cabeça baixa, acreditamos e aceitamos  tudo que nos dão. Até a declaração de um presidente afirmando ter mudado a classe pobre para a classe média nós acreditamos. Agora, vemos que, no nordeste aumentou em quase 50% a emissão de oferta de cartões de crédito bancário. A maioria desses cartões foi para estudantes ou quem ganha auxilio-salário de duzentos reais do governo. Em pouco tempo, esses deslumbrados vão estar devendo até os fundos das calças.
É o nosso retrato. Não temos dinheiro suficiente para nos mantermos, mas aceitamos cartões de crédito com juros mensais de 12% que não iremos pagar, mas causarão problemas e ainda queremos mais feriados para descansar. Os roubos e assaltos crescem  a olhos vistos porque muitos não tem o que comer e partem para esse tipo de crime. Os bandidos oportunistas oferecem serviços imorais e ilegais e muitos pegam por necessidade. Depois irão dormir e comer gratuitamente nas celas das prisões.
Na realidade, é um saco sem fundo de problemas sem solução e se complicam mais ainda com os feriados nacionais que atravancam tudo o que se pensa fazer de positivo.
Então vem a pergunta que não quer calar: Com feriados nacionais, como é que coisa fica?
Não é mesmo?    

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