terça-feira, 6 de setembro de 2011

RECADO A UM JORNALISTA

O que será que passa nas cabeças de algumas pessoas,  consideradas importantes nas profissões que escolheram defender e tentam mudar tudo?
Se elas pensam constantemente em produzir mais na busca do melhor para o seu trabalho, tudo bem. Mas, se durante o caminho escolhido, começam a mudar a própria postura e querem substituir o traçado das suas vidas, aí a coisa pega. Eu explico.
O política é o maior vício que alguém pode adquirir e ela não respeita cor, raça e religião. Ela apenas aparece e toma conta das pessoas.
Quando eu vejo artistas consagrados pelo público buscarem a política para construção do seu futuro, começo a me preocupar. Os fãs gostam do artísta por uma série de razões que podem ser o dom, a capacidade, e até a beleza estética  e jamais gostarão do politico porque este não é confiável e nem apresenta tais qualidades.
O  artista tenta fazer o melhor e ser o mais honesto e leal possivel para ganhar a fama. O político é totalmente o inverso do artista. Caminha por caminhos nojentos da corrupção e bandalheiras e outros menos votados. Se não fizer isso, desaba inteiramente.
É bom esclarecer que eu entendo ser o artista aquele que trabalha em diversas atividades como; protagonista  de novela,  cinema, teatro, rádio, como apresentador, comentarista, jurado e noticiarista de programas em qualquer canal de comunicação. O importante para esse profissional é a comunicação com os seus admiradores, também conhecidos como  público cativo ou não.  Daí, ficam mais conhecidos, comentados,  admirados e até idolatrados. Viram capas de revistas e notícias nas colunas dos jornais. Tornam-se, a cada dia, mais conhecidos , admirados e sonhados. Até a maneira do artista se vestir vira moda. Até nu, o artista é motivo de admiração.  Então, haja publicidade de sabonetes, perfumes, desodorantes, cremes, etc onde o artista apareçe demonstrando a eficácia do produto anunciado. Incrível! Verdadeiro!
Os dias passam e o nome do artista cresce a olhos nus. Claro que por ser um artista e o que ele faz e diz os fãs aplaudirão, com certeza.
Tudo vai indo muito bem. Mas é preciso cuidado.
Bem, de repente, surgem na parada, outras pessoas que não se importando com nada, apresentam ao artista consagrado as propostas de uma sadia vida política, como se na política existe algo que seja sadio.  
É o primeiro contato com o vício. E ele costuma pegar de imediato.
Daí em diante, irá depender da formação cultural  e profissional de cada artista.
Um apresentador de programa de televisão que costuma fazer criticas sobre os problemas sociais de uma cidade, de um Estado ou de um país é um artista fácil de ser contaminado. E como.
Sou um admirador do reporter e jornalista José Luiz Datena, crítico de TV  e gosto da ousadia das suas críticas e muitas delas acabam sendo ouvidas pelas autoridades. Isso é ótimo. 
Leio, hoje, nos jornais, que um partido político procurou esse jornalista e o convidou para ser candidato a prefeito de São Paulo. E o pior foi que ele, Datena, disse que é possível ele aceitar, justificando que as suas críticas ajudam mas não conseguem resolver todos os problemas da cidade. Assim, se ele for prefeito as coisas vão caminhar diferentes.
É o discurso de todos que um dia entraram para a política pensando que esta seria facil de ser comandada.É a mesma estória do Salvador da Pátria.
Lêdo engano. 
Gostaria muito de continuar a ver e ouvir o Datena na TV. Pelo menos haverá sempre uma voz voltada para a esperança e que as suas críticas serão ouvidas.
Mas vê-lo como político eu não gostaria porque por mais que ele lute será a luta de um soldado só que, provavelmente, acabará sendo vencido e apelidado como mais um deles. E eles nós já sabemos como são.
Não é mesmo?    


 

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