quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BIN LADEN MORREU?

Confesso que sou adepto da ficção ao escolher algo para minha leitura. Por isso fiquei "encantado" com a matéria do Arnaldo Jabor, na edição do Estadão, no último domingo, quando ele escreveu as memórias de Bin Laden. Embarquei fundo nas suas palavras, descendo ao fundo do mar, onde o corpo do líder terrorista árabe está repousando, envolvido num lençol branco, conforme mandam as leis islâmicas. Vi, como Jabor viu, as águas-vivas fosforescentes, os tubarões curiosos e as arraias azuis flutuando com as suas asas, além de inúmeros peixinhos coloridos nadando em volta daquela figura estranha para um cenário do fundo do mar.
Então, a ficha caiu e perguntei a mim mesmo se aquele corpo seria mesmo o do maldito e odiado Bin Laden?
Maldito e odiado pelo povo norte-americano que sabe o que significa o onze de setembro no calendário da história recente dos EUA, graças as ordens emitidas pelo terrorista árabe que baleou e fez cambalear o sistema de segurança daquele país e entregou às mãos da morte quase três mil nova-iorquinos.
Daí em diante, o governo americano determinou uma procura intensa para encontrar esse desconhecido Bin Laden, em todo globo terrestre, custasse o que custasse e no mais rápido tempo possível. A sede da vingança e a manutenção da defesa da moral ianque estavam no comando dessa ação e isso não tem preço ou qualquer valor que se pague.
Neste ano, somam-se dez anos do ocorrido  atentado comandado por aquele árabe contra as torres gêmeas, em Nova Iorque. Coincidência ou não, a verdade é que a comemoração lutuosa dos dez anos não poderia ser feita se o exército americano não tivesse descoberto e morto o árabe maldito.  E foi isso que a imprensa americana e internacional noticiou há alguns meses. E todo mundo acreditou! Principalmente o cidadão norte-americano que acredita em tudo que o governo fala e manda. E até comemorou! 
Mas seria verdade, mesmo?
Vamos aos fatos.
Descobriram e mataram o homem com dois balaços. E tudo sendo assistido por um grupo de autoridades sob o comando do atual presidente Barak Obama, através das imagens, via satélite, num programa de luxo em horário nobre. Isso foi divulgado. Ótimo!  Agora os americanos acreditam na feitura do fato divulgado.
Johnny, um garoto de nove anos, numa cidade do interior dos EUA, ao ver a notícia na TV, perguntou aos seus pais: "Onde está o corpo desse malfeitor árabe?". Essa pergunta deixou os seus pais surpresos e, ao mesmo tempo, as autoridades do governo norte-americano temiam que tal pergunta viesse a acontecer. A resposta, uma espécie de solução imediata, veio revestida, provavelmente,  de um grande erro. Alguém sugeriu: "Vamos afirmar e divulgar até com imagens verdadeiras ou não que, em obediência as leis islâmicas, colocamos o corpo do morto envolvido num lençol branco e atiramos ao mar para que o mesmo repouse  nas suas profundezas sob a proteção de Aláh." Uma observação veio em seguida, feita por outra pessoa que estava no grupo das autoridades que assistiram a  morte do Bin Laden: " Ótimo! Assim evitaríamos que no local onde ele fosse sepultado se tornasse uma  atração internacional como a tumba de um herói islâmico que matou 3 mil pessoas de uma só vez, em Nova Iorque."
É aqui que a vaca foi para o brejo. 
Não seria mais fácil e inteligente cremar o corpo do árabe e jogar as suas cinzas no mar.
Porque será que essa idéia não foi comentada? A resposta poderia ser aquela que gera a dúvida de que a execução de Bin Laden tenha sido inverídica ou, então, seria mais uma mentira para enganar o povo norte-americano, tão acostumado a acreditar em tais casos  que fazem viver, diariamente, um medo constante do toque do alerta gritante das sirenes nas ruas?
Mesmo que a TV Al Jazira tenha confirmada a execução de Osama Bin Laden, eu, aqui com os meus botões, tenho as minhas dúvidas se foi verdade ou não . O Jabor soube muito bem descrever um cenário bonito do fundo do mar com os peixinhos coloridos envolvendo e beliscando aquele lençol islâmico onde estaria alguém que poderia ou não ser o Bin  Laden, o árabe que ordenou e depois comemorou os atos de terror cometidos contra o povo norte-americano e que mataram quase 3 mil pessoas em Nova Iorque, abalando o mundo que nunca mais foi o mesmo. A versão da morte do  chefe do Al Qaeda divulgada pelo governo americano continua, para mim, muito fraca e por isso não confiante.
Trata-se, portanto de uma espécie de ficção. E... eu gosto de ler e escrever sobre ficção.   
Não é mesmo?  

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