quarta-feira, 19 de setembro de 2012

RAZÃO E PAIXÃO.

o Leio com bastante atenção, um caso que aconteceu em alguns países do Oriente Médio onde o respeito à crença islâmica ultrapassa os limites da razão e cai diretamente no limite da paixão.
Na Escola Superior de Educação Física de São Carlos, que deixou de existir ao fazer parte de um complexo universitário daquela cidade, aprendi com um dos seus professores o que significava a palavra razão e a outra que conhecemos como paixão. Num bate-papo, o professor Julio Herculano Mazzei, trouxe ao meu conhecimento alguns exemplos onde identificamos qual tinha a razão como base e outros onde a paixão era determinante.
Posso garantir que aprendi muito com esse professor que marcou, com o seu nome, a existência da moderna educação física ensinada nas Universidades. Os seus alunos, mesmo depois de sua morte, ainda se lembram e homenageiam o professor Mazzei por tudo aquilo que ele ensinava. Foi um grande amigo e conselheiro.
Dizia ele que a razão poderia ser entendida como a base de tudo que pode acontecer com um ser humano. É justamente ela que nos faz diferenciar dos outros animais. O ser humano nasce com a razão e deve conservá-la e desenvolvê-la em cada dia da sua vida. Se um dia o homem perder a razão ele perderá acima e tudo a sua própria razão de viver. Ele morre!
Nada poderá ser conquistado pelo ser humano se ele não conhecer e aplicar a principal regra que o considera alguém que realiza as suas ações com base no que pensou. E o pensamento é o único coordenador da razão. Não sendo assim, a razão perderá o seu motivo único de ajudar o ser humano a viver. Não há vida sem a razão! Por sua vez, a paixão pré-exige a existência da razão. Portanto, antes temos que ter o conhecimento necessário de saber que, apesar de única, a razão poderá se subdividir conforme a capacidade mental e física do ser que a possui. Há momentos em que ela irá nortear de maneira correta as nossas ações, como também haverá o instante em que ela não se ajusta com os nossos interesses e acabamos cometendo erros gravíssimos. Pagamos caro por isso. 
Talvez a grande diferença entre a razão e a paixão é que esta não vive sem aquela e aquela pode viver plenamente sem esta.
Paixão é a consequência de atos comandados pela razão que determina, por si só, o caminho a ser percorrido pelo homem. Portanto, a razão está diretamente ligada na conduta de qualquer agente, independente da idade e do sexo. A paixão também se liga diretamente ao homem e se traduz em reações benéficas ou não em suas ações ou na sua conduta. A paixão leva a pessoa às experiências jamais pensadas, quer sejam elas boas ou más. Assim, dizem que a paixão tem poderes de construir ou destruir alguém. Basta apenas se apaixonar e dessa paixão acabam surgindo reações diversas.
Para tudo há uma razão do existir. Temos apenas que nos acostumarmos em saber que a razão nasce com a pessoa e morre quando essa pessoa deixa de existir. Resta apenas encontrarmos a verdadeira razão da sua existência.  
A paixão aparece durante a nossa vida. Ela não nasce junto com a pessoa humana. Nada disso. Ela aparece quando menos se espera que apareça e acaba provocando quem a conquista. Há casos em que as batidas cardíacas ficam sem ritmo, provocando preocupações ao seu portador. Fruto de alguma paixão? Pode ser!
Há vários tipos de paixões. Todas com começo, meio e fim porque ela pode desaparecer a qualquer momento, sem que haja a morte da pessoa que a possui, não importando qual tipo de paixão
A razão nasce com a pessoa e a paixão nasce da pessoa. Percebem a diferença?
Você não irá conseguir viver sem a sua razão. Enquanto isso, vivendo com ela, você desperta  o aparecimento da paixão. O importante, no entanto, jamais será colocar a paixão no comando dos nossos atos. Para tudo há uma razão de existir e cuidados com as  surgidas da paixão.
Ao se sentirem ofendidos com a existência de um filme de quinta categoria criticando o Alcorão e o Profeta Maomé, alguns grupos de islâmicos, sem qualquer razão e numa verdadeira demonstração de uma paixão doentia, passaram a agir com a força e armas, ferindo e matando algumas pessoas,  entre elas,  um embaixador dos EUA,  além da destruição da sua embaixada norte-americana. Eis a grande diferença entre razão e paixão.  Incrível até onde as pessoas com paixões doentias na sua formação religiosa podem chegar.
Os EUA pagaram caro pela sua democracia e respeito aos direitos da pessoa humana ao aceitarem a produção do citado filme, porque não há lei naquele país que venha a ferir os direitos de criação e da liberdade de expressão de qualquer cidadão americano em solo norte-americano.  E isso, os árabes não entendem porque viveram todos esses séculos sob o poder tirânico de seus reis, sultões e príncipes. Muitos deles incentivando cada vez mais o amor do seu povo para com eles e para com Maomé. Isso tem dado resultados satisfatórios porque esse amor ao criador do Alcorão tornou-se, com o tempo, uma paixão que deveria ser construtora mas que caminha a longos passos para a forma destruidora dos que não respeitam o idolatram as lições de Maomé. Seria esse o caminho a ser percorrido? Cada povo com a sua mania e paixões.
Tudo isso podemos resumir em duas palavras: razão e paixão. Se a primeira é confiável porque está inerente com quem nasceu, a segunda está sujeita ao que aconteceu no Oriente Médio.
Continuamos longe da tão sonhada Paz Mundial, apesar da existência de razões e paixões para isso.

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