A credibilidade do Poder Judiciário está em queda. Isso todos já perceberam, principalmente, após a acusação da corregedora pública do CNJ sobre os bandidos de toga.
A semana foi cheia nos meios judiciais ou nas cortes judiciárias onde tudo foi comentado e as posições foram variadas na interpretação dos juízes, desembargadores e ministros. Até antagônicas poder-se-ia dizer.
E para variar, ontem, durante o julgamento de um réu, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, quase que um quebra pau aconteceu entre um promotor público e um advogado. E olha que, se não houvesse a interferência de dois policiais da segurança no local, a coisa iria se complicar pra valer.
Ao fazer a defesa do réu, o advogado disse ao promotor público que ele não estava ali para concordar com as suas acusações. Eis que, naquele momento, o promotor chamou o advogado de bandido e que ele estava ali defendendo alguma célula de bandidos.
Foi o choque que ninguém esperava.
O advogado se defendeu e revidou ao promotor a acusação de bandido, além de incluir os seus pais nessa qualificação.
Daí o acusador público partiu em direção ao advogado, talvez para agredi-lo.
O ambiente naquela sala de julgamento tornou-se quente, fervente! As acusações foram mútuas e adquiriram um tom apelativo com palavrões impublicáveis, onde a figura da mãe do promotor foi invocada muitas vezes de maneira demais ofensiva.
Tudo mostrava que socos e tapas entrariam em cena.
A juíza que presidia o julgamento resolveu suspender a sessão. E saiu da sala.
Aí, as duas partes partiriam para o tudo ou nada. Os seguranças não deixaram acontecer.
Em seguida, algumas pessoas presentes tentaram e conseguiram o "deixa pra lá" e os contendores, principais protagonistas sumiram. O réu, assustado com o que viu, foi levado pra cela e aguardará um novo julgamento. Ficará, evidentemente, bem guardado e seguro. Não restando nenhum artista coadjuvante naquele vergonhoso palco, sentiu-se o final dessa tragi-comédia esdrúxula marcando mais uma derrota em um dos capítulos ou fases da nossa justiça que caminha a passos soltos para a seu descrédito total. No momento em que um promotor publico ofende um advogado com palavras de baixo calão, numa sessão de julgamento e o advogado retruca nos mesmos termos, é para se temer o que poderá ocorrer daqui pra frente com o esse poder da república que tem o dever de estabelecer seus julgamentos com muita isenção.
Entretanto, se nas esferas mais altas do Poder Judiciário, os seus protagonistas se ofendem e se apelidam como bandidos de toga, como aconteceu,podemos esperar o quê? Será que as reações já começaram a acontecer. Ou não?
Vamos aguardar o próximo capitulo da novela: "Justiça sem vergonha"
não é mesmo?
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