Como acontece em toda cidade interiorana, há sempre uma praça ou uma esquina onde, na busca de um cafezinho amigo, pessoas se reunem para conversar os assuntos do dia ou as fofocas do cotidiano. E dali todos se retiram e contam, de maneira aumentada, o que ouviram. Assim, os boatos surgem e ficam difíceis de serem desmentidos.
Foi num desses lugares que ouvi uma afirmação que me deixou preocupado. Ela assegurava que nas próximas eleições a mentira será o caminho certo para uma vitória eleitoral porque o povinho brasileiro somente acredita em mentiras ou acostumou-se a elas. E tem mais. As promessas dos políticos nos palanques não estão revestidas da mentira porque elas poderão ou não ser cumpridas. A mentira direta, assim no taco, impressiona. Então, as obras inauguradas deixarão de produzir mais os votos para quem quer ser re-eleito. Aprendi mais uma.
O negocio agora é mentir. Aliás o ex-presidente barbudo e seus coadjuvantes nos ensinaram muito bem essa fórmula de ganhar na politica. Que coisa, nao?
Outra informacao popular que ouvi e depois comprovei no site da Folha e Sao Paulo me deixou curioso.
As mulheres de uma cidade italiana, Cadelbosco Sopra, estão exigindo do dono de uma bar a dispensa de uma garconete, Loredana Popesciue, de 25 anos, porque ela costuma dancar e balancar o seu corpo com movimentos sexuais, excitando os frequentadores daquele bar que lhes dão polpudas gorgetas. O movimento do local aumentou tanto depois dos protestos das mulheres que o proprietario mudou o nome do estabelecimento e adicionoiu a palavra LORE em homenagem a sua garconete. Esta, ao ser perguntada sobre o protesto feminino, informou que ela gosta muito do balanço das danças brasileiras e que as mulheres daquela cidade deveriam se preocupar mais em continuar a conquistar os seus maridos em casa ou eles irão procurar fora quem faça isso.
Já imaginaram exportar isso para ca? Tenho a impressão de que haverá o milagre da multiplicação de bares, com garçonetes tipo Lauredana.
Em Santiago do Chile, as principais cafeterias utilizam, como garçonetes, um punhado de moças jovens maravilhosas, bem maquiadas e vestindo mini-blusas e saias curtíssimas - e ponha curtíssimas nisso - tudo sobre um par de sapatos altíssimos, impressionando os frequeses daquele local por muitas horas. Eu confirmo! E não adianta tentar "cantar" porque as garconetes não são garotas de programa. Pelo menos é assim que os gerentes desses cafes afirmam.
Aqui no Brasil, poderíamos aproveitar essas duas idéias e montar as novas estruturas para nossas pastelarias ou barracas de quitudes baianos. Saber escolher as garconetes e seus pequenissimos trajes e dar a elas todo apoio, igual ao do bar italiano ou do cafe chileno, seria ótimo. E tudo com uma pitada da mentira que passou a ser comum entre nós e que teremos que contar em casa.
Vamos preservar esses locais das fofocas nascidas nas praças e esquinas e que o resto vá para o inferno.
Nao e mesmo?
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