Quando Platão afirmou que a democracia seria o sistema de governo menos ruim, sabia o que estava afirmando. E, na verdade, ele tinha razão. Ou melhor, continua tendo.
Se mentalizarmos uma viagem aos países que possuem sistemas de governo dos mais variados possíveis, iremos compreender a tal qualificação do velho mestre grego ao deixar de lado a expressão "melhor" para usar "a menos ruim". Como conhecedor da política daquela época, ele, com a sua barba moralmente branca, mostrou-se ensaboado e tirou "de letra" como fazem atualmente os nossos políticos. Não se comprometeu e deixou tudo como estava.
Se formos analisar a expressão "menos ruim", será possível entender muitas coisas que acontecem e que temos dificuldades para entedendê-las. Mas, vamos em frente e formarmos na equipe dos craques Platão, Sócrates, Sêneca, Freud, Lula, etc, porque o jogo já começou e as regras precisam ser observadas. Entretanto, tudo é válido, desde o menos ruim até o pior.
No ano que se aproxima - faltam somente3 meses - teremos eleições e com elas o tempo irá esquentar em todas as cidades deste país porque elas serão exclusivamente municipais. A disputa, entre os partidos que querem comandar, caminha numa velocidade tamanha que será impossível respeitar quem estiver na faixa de segurança para pedestre. Quem estiver nela vai pagar as despesas, porque os que irão ganhar, utilizando do processo democrático de escolha não terão sobra de caixa da campanha para esse tipo e pagamento. Que se danem os prejudicados. Não é Isso? Pois é!
O pedestre deve ou poderá caminhar seguramente na sua faixa, se as normas legais estiverem compatíveis com o que ele quer ou pretende querer no futuro.
Ontem, inventaram, em cima da hora, uma tal de ficha limpa para quem foi candidato. Como sempre acontece, a eficácia dessa nova lei somente ocorreu, após terminadas as eleições. Então, quem foi, deixou de ser e quem seria, acabou não sendo. Deu pra entender? Novidades poderão surgir, em cima da hora, nas eleições que se aproximam.
E tudo em nome da democracia. Mas, aqui a democracia foi e continuará sendo traída porque cabe ao eleitor ou pedestre da faixa de segurança decidir em quem votar, dentro do seu direito democrático de escolha e não ter que votar em quem os ministros do STE determinarem, como se esse Tribunal fosse uma espécie de órgão ditatorial controlador. Democraticamente, vem a pergunta:"De onde saíram esses ministros?"
O engraçado é que para exercer as funções públicas de servente é necessário concurso público. Todos podem concorrer. É uma regra da democracia. Para ser desembargador ou ministro de qualquer tribunal superior ou não é necessário ser amigo ou conhecido de quem nomeia. Onde foi parar "a lei é igual para todos" que caracteriza a democracia? Quem é que sabe? A nomeação do dito cujo é responsabilidade de quem exerce o poder, através de ato legalmente previsto. Mas a escolha deveria ser por concurso público. Isso seria democrático. Mas, politicamente, não existe interesse para isso. É bem possível serem encontrados mais defeitos nesse sistema político que Platão analisou como menos ruim. Ocuparíamos muito espaço para descrever tais defeitos. Deixa pra lá!
Quem se candidata ao cargo do executivo municipal, estadual e da república se sente prestigiado e elogia o processo democrático da escolha. Pós a sua posse, depois de conhecer os direitos e obrigações do cargo para qual foi eleito, é natural ranger os dentes e odiar o processo que o elegeu ao saber que a democracia lhe tira qualquer ato de natureza arbitrária, etc. É aí que a coisa pega e começa a "briga" com a oposição.
Democracia é algo muito sério e, apesar de todos pensarmos que ela ainda é um bom sistema de governo de, para e com o povo, ainda concordo com Platão. Ela é a menos ruim.
Não é mesmo?
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