sábado, 19 de março de 2016

A AVENIDA DO VERMELHO

O é que eu estou fazendo aqui novamente?

Estou na mesma avenida onde estive há três dias assistindo a uma movimentação de pessoas pedindo para mudar os governantes do Brasil.
Aqui estou de novo, só que agora estou percebendo  que as pessoas estão, na sua maioria, vestindo algo vermelho. A avenida Paulista -  era o seu nome - agora é Avenida do Vermelho.
Antes, o povo queria que a presidente - criatura - e o seu criador fossem esquecidos e abandonados ou até presos. Que o diga a Justiça brasileira.
Agora essas pessoas citadas são aclamadas como "santos" do pau ôco e todos pedem para que eles fiquem no governo e que o tal golpe denunciado pelo governo federal  seja jogado no lixo.
Eu, ali no meio, ouvindo gritos e xingamentos daqueles avermelhados que somente queriam a "morte" de um tal Moro. Depois me liguei e tomei conhecimento de que este seria o Juiz Federal Sergio Moro, de Curitiba, o mesmo que pretendia dar continuidade ao processo  "Lava Jato" e que deveria levar o Lula para a cadeia. Será?
Tento conversar com alguns dos que estavam na Avenida do Vermelho, próximo do Masp, três quadras da sede da Fiesp, onde se  concentrou a massa verde-amarelo-azul e branco dias antes.
- Boa Noite! Você é daqui de São Paulo?
- Não. Eu e a minha turma somos do pontal do Paranapanema.
Aproximei-me de outros manifestantes e fiquei sabendo que muitos eram de cidades limites do Estado de São Paulo com outros estados, "Movimento dos sem Terra", grupos dos beneficiados do "Minha casa, Minha vida", Seguro Desemprego "vitalício",etc, etc, e tal.  Continuando essa pesquisa, soube que somente 10% daquele pessoal morava ou vivia em São Paulo.
Percebi que, diferente do movimento do dia 13 de março, muitos dos avermelhados tinham recebido alguma grana ou promessa para comparecerem na Avenida do Vermelho, gritando palavras de ordem incentivando a permanência do pessoal do governo federal em seus cargos roubando e pintando o sete. Com isso, muitos dos manifestantes continuariam a receber os seus salários permanentes. Que coisa!
Percebi que a maioria daqueles que estavam naquela avenida queriam pegar um lugar de destaque à frente do palco, embaixo do Masp, porque ali estaria acontecendo um show abrilhantado por artistas conhecidos. Ué esse povo foi para incentivar o governo ou foi para assistir ao show de artistas pagos com dinheiro público  ou de algum empresário simpático ao Lula, Dilma e caterva.
Fiquei vermelho também. Mas de raiva ao saber o que estava acontecendo naquele local e naquele momento.
De repente alguém gritou que no parque Trianon, à frente  do Masp, a polícia apreendeu e armazenou centenas de foices, facas, facões, picaretas e outras armas brancas que estavam sendo portadas pelos que estariam assistindo aquele movimento. Porque isso teria acontecido ou qual seriam as intenções dos avermelhados naquele local?
Fiquei assustado e percebi que eu estava dentro de um futuro conflito. Lí e não sei onde, que esses movimentos que visam mudar um  governo, como o brasileiro, no momento, vai gerar conflitos de guerra e lutas e tudo somente poderá ser entendido quando aparecer um cadáver em qualquer dos lado.
Não quero ser esse morto, nunca!
Imediatamente chamei o meu guia espiritual e lhe pedi que me levasse novamente para a companhia dos meus amigos nos jardins da minha cidade.
E, graças a Deus, isso aconteceu, felizmente.

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