MUDEM, SE FOR NECESSÁRIO

Há pessoas que se identificam só pelo olhar. Outras vão mais além e acabam confessando, sem perceber, como é que elas são.

Tenho um amigo que, ao receber um cumprimento com o inconfundível "como vai?"responde de maneira ríspida e mal educada: "Não lhe devo qualquer obrigação e por isso mesmo não sou obrigado a lhe dizer como é que eu vou. . ."

O coitado que perguntou fica corado e se retira surpreso com a resposta que obteve.

Geraldo é o nome de outro que gosta de estar ensinando alguma coisa. Por isso mesmo, o seu apelido entre os amigos é de Platão. Não sei porque escolheram esse seu apelido, utilizando o nome do filósofo grego. Mas vamos deixar isso pra lá e contar como o Geraldinho ensina:

 Geraldinho ou Platão

"Meu filho, - todo mundo para ele é filho ou filha - quando alguém lhe perguntar como vai, responda que vai bem ou muito bem. Se possível diga que tudo está uma maravilha. Se quem perguntou é seu amigo e lhe quer bem, ficará satisfeito e alegre em saber que tudo vai bem com você. Agora, os seus inimigos ficarão com uma raiva desgraçada em saber que você vai bem."

Esse é o Platão, ou melhor, o Geraldinho, o filósofo.

Fico a meditar como as pessoas são tão diferentes umas das outras. Elas se diferenciam e se identificam até na maneira de cumprimentar ou devolver um cumprimento recebido.

Entretanto, se faz necessário levarmos em consideração os momentos que estão sendo básicos com quem conversamos ou cumprimentamos e também, é claro, das reações manifestadas individualmente por eles.

Vocês já notaram que há, entre nós, os que pensam de maneira positiva, levando tudo para o lado bom das coisas que lhe acontecem. Há também outros que são totalmente diferentes ou inversos,  levando tudo para o pessimismo. É possível que nessa diferença resida a verdadeira filosofia da vida.

Se nos comportarmos e levarmos as nossas reações de maneira pessimista, tudo ficará péssimo, daí em diante. O quadro da nossa vida ficará totalmente negro e imprevisível será o nosso futuro.

Se nos comportarmos de maneira otimista, sentiremos que tudo podemos e quanto podemos para modificarmos as coisas que nos rodeiam e são maravilhosas para nós.

Experimentem. Vocês irão perceber que até as curas de doenças acabamos encontrando nas reações otimistas do nosso ser. Experimentem!

Pescando e vivendo

O grande segredo disso tudo está em não darmos atenção às coisas indesejáveis. Mandem elas para o inferno que é o lugar de onde nunca deveriam ter saído e vamos vivendo com aquilo que nos causa o bem estar de convivermos com outros que pensam como nos.  " Vamos em frente porque atrás vem gente", diria o Zeca de Piracicaba. Grande pescador de lambaris que reconhecia o fruto da sua pescaria diária como um ato abençoado por Deus. Ao ser perguntado o porque dele ficar só na pesca dos lambaris e nem tentar um peixe grande ele respondia: "Sou feliz com os meus peixinhos. Pode ser que me torne um infeliz tentando pescar os peixes grandes, porque peixe grande causa inveja nos outros pescadores. Isso é ruim. Quero ser amigos de todos me divertindo com os meus lambaris. Se, um dia, eu não me sentir bem com a minha pescaria, vou partir para outra direção que me proporcione a mesma felicidade que sinto agora."

O  Zeca não é nenhum Geraldinho, vulgo Platão, mas ele sabe ensinar como se vive em paz e com amizade junto daqueles  que lhe querem bem. Os lambaris que paguem a conta.

Há algo mais de positivo ou  de otimismo  no pensamento do Zeca?

Ele sabe muito bem disso. Por isso vive pacificamente e feliz com a sua pescaria de lambaris.

Do Zeca e do Geraldinho, o Platão, vêm a seguinte lição: Procurem sempre o que vocês querem para ganhar a felicidade diária. Se o que estiverem fazendo não proporcionar isso, mudem tudo, se for necessário para o próprio bem. Não se esqueçam: que esta é a regra vital para todos nós.

E mais uma coisa. É possível que a pesca de lambaris possa dar mais felicidades a quem pesca do que um peixe grande.

Experimentem!

Experimentem!