Vou beijar-te agora. . . |
Só que isso não poderá acontecer no interior de Minas Gerais ,porque beijo roubado por lá dá cadeia. Bem diferente da Bahia, onde todo mundo beija todo mundo, roubado seja o beijo ou não.
Saio pelo jardim da minha casa e vejo que uma das minhas jardineiras está diferente. Diria que ela esta triste de dar dó. E ela me conta que a sua" camélia que a enfeitava caiu e depois morreu". Confesso que fiquei triste também. Justamente a camélia que a Colombina tanto gostava e que de uma hora para outra, criou coragem, se acertou e sumiu com o Arlequim deixando o Pierrot em prantos.Coitado!
Fui para as ruas de uma cidade pacata do interior de São Paulo, para viver o carnaval. Antes eu brincava nos salões dos clubes sociais até que as escolas de samba tomaram conta do pedaço e o carnaval de hoje se resume em assistir ao desfile que, maravilhosamente, elas apresentam na passarela do samba. Os salões. . . bem os salões acabaram ficando até esquecidos, e os "mais de mil palhaços" deixaram de existir nesses locais.
Bandeira branca amor,não posso mais... |
De repente alguém aparece. Cambaleando como se estivesse bêbado. E, estava mesmo! Perguntei porque ele se encontrava naquele estado e ele me respondeu que havia pensado "que cachaça era água"e viu que não era. Êpa, segura o homem que ele vai cair. Caiu! Fiquei sabendo que a bebedeira teve um motivo. O cara amava a Maria e queria ser o seu homem. Veio a decepção ao saber que ela, a sua Maria era " sapatão porque de dia era Maria e de noite era João."
Coisas de carnaval, pensei. Voltei a me sentar naquele degrau e fiquei em silêncio, sentindo o sol queimar o meu corpo. O mesmo sol que conheci quando, com amigos "atravessamos o deserto do Sahara e ele estava tão quente que queimou a nossa cara"
Eis que surgem algumas pessoas fantasiadas formando um bloco carnavalesco.
Mais de mil palhaços no salão. |
Onde está a máscara negra? |
Não! Não era!
Pelo andar da carruagem, eu deverei ficar com a companhia das minhas loirinhas das latinhas geladas até quarta feira, quando o Rei Momo e as suas asseclas deixarem de reinar.
Então, vou procurar uma velha amiga, a Anália e convidá-la para ir comigo para Maracangalha, para matar a saudade da máscara negra.
"Se a Anália não quiser ir eu vou só, mas eu vou!"
Depois disso tudo, você iria também sem ter encontrado a máscara negra?.
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