CARÁTER OU REPUTAÇÃO?

Apanhei no Facebook

"O que é mais importante o seu caráter ou a sua reputação?"

Esta pergunta eu apanhei no Facebook, em plena segunda feira.

Sabem que eu não soube responder qual eu escolheria.

Essa dúvida as pessoas costumam ter no andar da carruagem da vida e por isso mesmo que encontramos pela frente alguns obstáculos difíceis de serem vencidos.

Para se conviver com os nossos semelhantes, são exigidos alguns procedimentos a serem analisados para que a nossa aprovação ocorra e nos integramos na sociedade que escolhemos viver.

Então é necessário sabermos o que é caráter e o que é reputação.

Apesar de terem significados diferentes, ambos se integram na nossa personalidade. Isso é muito importante porque a personalidade é exclusiva de cada um, ou seja, ela é individual. Por isso se denomina de personalidade.- descobri a América!

Deslumbrando livros

Deslumbro os livros à minha frente e começo a entender que o caráter seria um aspecto psicológico da individualidade, revestido particularmente, da afeição e da vontade, proporcionando uma realidade diferente de como outros a encaram. Daí o caráter ser entendido com formas diferentes para cada pessoa. Entretanto, ele contém a firmeza da vontade e de uma constância não muito estável, aliada à maneira de agir e reagir diante da moral de cada um. Por isso mesmo, é que o caráter é tipicamente individualista. Pessoal.

Não é fácil você testar o seu caráter durante as fases vividas no meio social que, por sua vez, costuma se modificar conforme as regras que estabelecem a sua existência. Como as regras são mutáveis e dinâmicas, os valores agregados ao próprio meio se modificam constantemente. Por isso que a moral de hoje não é a mesma de ontem e nem será a mesma do amanhã. Assim, é necessário o dever de testar  constantemente o nosso caráter. Volto a afirmar: não é fácil!

A reputação se diferencia diretamente do caráter pelo tempo e pelo modo verbal aplicado. Ela é uma consequência do que ocorreu e planta em nossa alma a semente de uma flor que, um dia, nos identificará diante da própria sociedade. Através da reputação nos é dado  buscar a fama, através da nossa conduta que implantamos todos os dias.

A defesa do nome e da idoneidade nos remete aos atos individuais, com características pessoais imutáveis e singulares, demonstrando que tudo o que fizemos ou cometemos ficou na história de cada um,  personificando o nosso eu, o nosso ser, em relação aos outros com quem convivemos.

Se o caráter pode ser mudado ou transformado conforme o ambiente vivido, a reputação não muda o que o passado bravamente já construiu.

Nem Shakespeare responderia.

Se o caráter  participa do presente e do futuro da vida de alguém, a reputação dessa mesma pessoa nos dá a principal base para que o seu  caráter seja forjado, modificado ou não.

A reputação de cada um está diretamente voltado ao seu conceito de vida e da consideração que demonstra ter, ao conseguir viver em sociedade.

Percebemos então que, apesar de significados totalmente diferentes, o caráter tem a sua participação na constituição da reputação pessoal.

Se voltarmos ao título dessa crônica, confesso que eu ainda estaria em dúvida sobre qual seria a minha preferência.

E vocês? Pensam da mesma maneira?  Difícil, não é? E pensar que a grande dúvida de Shakespeare era "To be or not to be?"

Tenho a certeza de que ele não saberia responder se ficaria com o caráter ou com a reputação. Pois é!