Se a coisa é fácil de fazer, qualquer um de nós, independente da nossa formação profissional, saberá fazê-lo. Exemplo: as contas da casa com receitas e despesas fáceis de lidar. A declaração do imposto de renda também. Se percebemos que algo poderá complicar, passamos a incumbência ao nosso contador. Não é?
Então, fica definido que, se os números se explicam com facilidade, nos podemos entendê-los.
Agora se eles atingem o imponderável, só uma pessoa poderá explicar a movimentação dos números - o economista.
Lembro-me que, durante o meu curso de direito, o professor de Direito Tributário afirmou que ninguém, neste mundo, saberia explicar o inexplicável segredo dos números melhor do que o economista. E não é que ele tinha razão.
O noticiário deste sábado dá destaque ao recorde da arrecadação do governo federal em 2011 que mesmo assim, ficou frustrado com os índices apresentados atingindo a quase um trilhão de reais.
E para justificar tal descontentamento, vem um economista do governo explicar o inexplicável. Sim, porque para nós, que somos leigos nesses tipos de explicações, entendemos que o Brasil teve um aumento demais significativo na sua arrecadação e ponto final. Mas o tal economista diz que ele esperava uma arrecadação ainda maior com mais 1,5%. É mole? O homem quer mais ainda. Ele explicou que, em dezembro, houve um impacto decorrente de 30 pontos percentuais do IPI sobre veículos importados, e com isso, houve uma queda da arrecadação em 18.35%. O aumento na venda dos carros importados decorrente do anúncio antecipado de que seriam tributados a mais, a saída dos carros nacionais das fábricas caiu muito e com isso a arrecadação desse imposto caiu também. Deu pra entender? Pois é, e o governo não ficou satisfeito. Ele solta o rojão e corre atrás da vareta. E nós ficamos aqui vendo a beleza das explosões dos fogos e lendo as explicações difíceis do professor economista. Sabe lá o que é isso: muito dinheiro é arrecadado e os homens querem mais, mais e mais.
Diz o tal economista que o aumento da arrecadação é consequência do estímulo que o governo deu para o crescimento econômico do país. Êta crescimento que só beneficia um lado e explora o outro. Já estamos cansados de ouvirmos esse tal de crescimento. Ou não?
Será que é preciso ser economista para entender que os tributos arrecadados dos produtos e serviços vendidos exploram tanto os brasileiros que, ao dormirem hoje, não sabem como será tributada a água que ele terá que beber amanhã para poder sobreviver. Hoje, o tributo está na casa dos 44% sobre uma garrafinha de água. Num prato de comida contendo arroz,feijão, bife, tomate e um ovo é cobrado 26% de imposto. E por aí a coisa vai crescendo e nos vamos diminuindo. Por isso é que o Brasil é conhecido como o pais dos impostos. Pergunte a qualquer turista e ele lhe explica.
40% fica com quem? |
O imponderável circuito do dinheiro arrecadado e gasto pelo governo somente um economista poderá explicar. Agora, como vive o povo brasileiro diante disso tudo, não tem economista algum que explique. E nem está para nascer.
O governo arrecada quase um trilhão de reais em impostos e não está contente.Impressionante, essa reação.
Justino tem razão em afirmar que "Deus dá o pão a quem não tem dentes"
Aí é que ele se engana, porque o governo brasileiro tem dentes que não acabam mais, como os tubarões ou jacarés espalhados nos rios e mares e as vítimas somos todos nós.
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