quarta-feira, 19 de outubro de 2011

COMPUTADOR CORPORAL. O QUE É ISSO?

Interessante, mas hoje eu acordei me sentindo um pouco estranho.
Será que vocês, alguma vez, despertaram para a vida sentindo algo diferente do cotidiano?
Mas, o que será o cotidiano?
Aquilo que, habitualmente, fazemos de tal maneira que nem percebemos o que fizemos.
O cotidiano é ruim? Não sei e nem quero saber. Será mesmo?
O que realmente aconteceu comigo, nesta data,  foi que eu me senti um estranho comigo mesmo. Estranho no meu o próprio ninho. 
Ao olhar no espelho do banheiro percebi que foi  o rosto de outra pessoa que vi. Nunca havia visto antes aquele rosto. Mas como isso foi possível? Tentei fechar os meus olhos e  me belisquei. Eles não se fecharam e nem senti o tal beliscão.
Meu Deus! O que foi que aconteceu comigo?
Dei uma parada geral e olhando para aquela figura estranha refletida no espelho procurei pensar em alguma coisa. Não consegui!
Desvencilhei-me do meu pijama e cai num banho quente de chuveiro. Em seguida mudei para a água fria. É o tal choque térmico que mexe e muda o comportamento corporal de qualquer pessoa em qualquer lugar.
Nada! Não senti nenhuma  diferença na temperatura da água quente com a fria. Morna total!
A pergunta veio novamente: o que será que aconteceu comigo? Isso nunca havia ocorrido antes. E penso que ninguém teve tal experiência. Ou teve?  Diga, quem passou por isso.
Ao me enxugar com uma toalha branca, percebi que deixava nela algumas gotas de sangue.
Agora a coisa ficou pior. Procurei, olhando e apalpando todo o meu corpo, para saber de onde teria saído aquilo. Nada!
A minha preocupação aumentou e, como estava sozinho em casa, não tive a quem chamar ou recorrer.
Procurei uma cadeira para me sentar. No banheiro não havia. Larguei o meu corpo e sentei-me no piso frio, gelado, daquele banheiro azul.
Fechei novamente os meus olhos. Eles me obedeceram. Ficaram fechados.
Tentei dar um beliscão no meu braço esquerdo. Senti a dor.
Levantei-me depressa e tentei olhar para o espelho. Eureka! Era a minha imagem que vi.
Respirei aliviado por me ver outra vez  Era eu mesmo!
Vesti a roupa que se encontrava mais próxima  Olhei para a toalha que havia me enxugado e os pingos de sangue desapareceram. Mistério! Sai daquele banheiro e fui direto ao quarto onde estava o meu computador para tentar encontrar nele a resposta daquilo que havia acontecido comigo. Google sabe tudo! 
Apertei a tecla "on" e vi uma mensagem na tela dizendo para eu aguardar porque a computador estava buscando o sinal da internet.
Aguardei.  Em seguida, veio outra mensagem para que eu reiniciasse o computador. 
Obedeci. Num segundo, a tela mostrou que tudo estava em ordem.
Olhei para a janela do quarto e vi  um jardim interno maravilhoso com plantas, árvores, gramado aparado, piscina azulada, uma beleza. Além disso vi, alguns passarinhos voando e cantando para a vida. Parece que a vida reiniciou naquele momento.
 Aí eu pensei: será que, lá no banheiro, eu apertei a tecla de reiniciar do meu corpo e, com isso, reiniciei a minha vida voltando ao meu cotidiano? 
Mas qual foi essa tecla. Onde ela estava no meu corpo?
Imediatamente, entendi  a resposta. Ao cair sentado no solo do banheiro, naquele piso azul e gelado, a tecla de reiniciar foi acionada automaticamente. Será?
Descobri a charada. A minha bunda, naquele momento, estava mais fria que a de uma foca. E ao passar a mensagem, gelando todo o meu corpo, acabei reiniciando para começar tudo de novo.
E, sem virus! 
Estava na hora de voltar ao normal. Ao famoso cotidiano.
Lembrei-me de que , um dia, num papo entre amigos, alguém disse que ninguém  gosta de  sentir a  bunda gelada. Então, o segredo para uma vida melhor é reiniciar sempre o nosso computador corporal quando ele "der pau".

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