Não sei como começar,mas já comecei.
As eleições pAra prefeito municipal da minha querida cidade já aconteceram, e o resultado final confirmou as pesquisas pronunciadas anteriormente.
O engraçado é que a maioria as pessoas não acreditam em pesquisas encomendadas.Pelo menos, afirmam isso na frente de seus conhecidos, não sabendo se isso é para camuflar alguma coisa ou é para não dizer que a pesquisa poderia estar correta. É o retrato do brasileiro que não dá a mão para torcer. Quer ser sempre o bacana metido em querer saber de tudo e não lava roupa suja fora de casa. Somente ele entende de eleições. Será?
Pois é.
Os jornais da minha cidade vinham constantemente mostrando essas pesquisas encomendadas sobre as eleições municipais e apresentavam resultados que muitos desconfiavam da sua veracidade. A diferença entre o primeiro colocado para o segundo ou terceiro candidato era simplesmente inacreditável. Porém ali estavam os números apurados nas consultas dos eleitores.
Eu, dentro da minha experiência como estudioso e analista em pesquisas eleitorais, sabia que os resultados daquelas publicadas nos jornais tinham que ser apreciadas e se possível acreditadas.
Conversava com outras pessoas que me perguntavam sobre os números pesquisados e eu respondia que tudo poderia ou seria confirmado. Era só esperar para comprovar.
Me chamavam de maluco por acreditar nos números pesquisados. Eu tentava demonstrar que tudo poderia ser confirmado se levassemos em consideração o que havia acontecido no período pre-eleitoral.
Eu explico.
Em Rio Claro tínhamos quatro candidatos disputando a cadeira de prefeito municipal. Um deles era o atual prefeito. Dois outros foram prefeitos e queriam voltar a governar a cidade. O quarto candidato, era um senhor de quase oitenta anos, com muitas dificuldades em se explicar ou mostrar os seus planos de governo, afundando sempre nessas dificuldades de explanação daquilo que entendia ser uma forma de governo. Passou a ser objeto de gozação dos eleitores mais jovens que se divertiam ao ouvi-lo falar um português cheio de erros, etc.
Os dois candidatos que já haviam sido prefeitos, por iniciativa de adversários políticos, respondiam processo diante da Justiça Eleitoral que os considerou aptos, mas sujeitos a serem condenados e as suas candidaturas poderiam ser impugnadas. Desta maneira, ao tomarem conhecimento dessas denúncias, os eleitores passaram a entender que, na verdade, somente tinham duas opções para votarem para prefeito: o atual prefeito ou o candidato oitentão. E tudo isso, como consequência da famosa Lei da Ficha LImpa que sujou a barra de muita gente nessas eleições.
Ontem, um dos candidatos a prefeito e sujeito a impugnação, retirou a sua candidatura e colocou a sua mulher em seu lugar. Resultado: ao abrir as urnas, ficou atrás do candidato idoso com menos de 4% dos votos válidos. Que vergonha! Dizem que se ele tiver vergonha na cara, nunca mais será candidato a coisa alguma, nem a síndico de prédio.
O segundo candidato que participou dessa eleição majoritária e que corre o perigo de ter a sua candidatura impugnada, sofreu a maior derrota eleitoral da sua vida. Político experiente e com um eleitorado acima de 30 mil votos, não conseguiu atingir nem doze por cento dos votos válidos nessa eleição. Pode ser que, com isso, se retire também da vida pública. Como em política as surpresas são constantes, pode ser que isso não aconteça. Mas até as próximas eleições, ele poderá ficar esquecido, ou talvez, seja lembrado por ter sido impugnado pela Lei da Ficha Limpa. Isso lhe será bestial. Não é?
Assim, foram as eleições na minha cidade. Dos quatro candidatos a prefeito municipal, o eleitor teve, na realidade, a opção por dois deles e parece que a escolha foi tão marcante que chegou a totalizar mais de 80% dos votos válidos, número jamais alcançado ou previsto acontecer em alguma eleição em Rio Claro.
Quanto à Camara de Vereadores, é bem possível que os eleitos deverão se preparar bastante para as suas atividades parlamentares legais porque, nos parece, que alguns deles não tenham condições mínimas para isso. É aqui que o circo vai pegar fogo.
Se as eleições confirmam ser o berço da democracia, é necessário que saibamos também votar e não escolhermos figuras berrantes e quase analfabetas para nos representar no parlamento municipal, como se votar fosse um gesto de protesto ou algo parecido. Depois não adianta reclamar. Aliás, quem pagará por isso, será a própria cidade e o seu povo.
O prefeito municipal foi re-eleito diretamente e muito bem votado, como o reconhecimento pelo que já fez nos últimos quatro anos e ter, acima de tudo,a ficha limpa. Os vereadores municipais eleitos teremos que analisar um a um e ver se não demos um tiro na água, porque se isso acontecer, coitada da minha querida cidade.
Né não?
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