Quinta feira, 4 de outubro de 2012.
Como de costume, abro logo as 6 da manhã, o ESTADÃO e na sua página A24, encontro dois assuntos que mexeram com a minha cabeça.
A manchete principal informa que o professor brasileiro do ensino fundamental, aquele que também é conhecido como ensino de primeiro grau, é um dos mais mal pagos do mundo. E daí? Como coisa que não sabemos disso há alguns anos. É só vermos quem estava no governo federal, com a obrigação de olhar pela educação dos nossos filhos, e teremos a resposta. Tudo foi feito, nesses últimos anos, para o descobrimento de candidatos do(s) partido políticos(s) a cargos eleitorais distribuídos por esse Brasil, onde os eleitores dizem "amém" a tudo que lhes são apregoados e prometido.Eles acreditam e continuam acreditando. Até quando?
Os valores dos salários dos professores do ensino fundamental são apenas a constatação do aparecimento de uma doença considerada até mortal, porque acaba influenciando no índice salarial dos professores das universidades oficiais. É séria essa denúncia que, somente será reconhecida, quando afastarmos a Educação da política partidária. Sabem quando isso irá ser feito? No dia de São Nunca. . .porque professor é assunto sério e partido político e seus membros, quando trabalham juntos é uma . . . Como esquecer essa regra?
E para saber da veracidade desta notícia é observarmos que ela surgiu como fruto de uma pesquisa feita pela ONU, em todo o planeta. E pensar que amanhã, sexta feira, será comemorado o Dia Internacional do Professor, patrocinado pela Organização Internacional do Trabalho, da ONU, a instituição que se responsabilizou pela informação.
Com isso, começo a sentir dores musculares ao contorcer o meu corpo ao saber a confirmação da má remuneração do professor brasileiro do ensino fundamental. Fecho os meus olhos e, dentro da minha cachola, vejo uma fileira das pedras do jogo de dominó, em pé, uma perto da outra. Se a primeira cair, irá bater na seguinte e assim as outras irão fazer o mesmo ou seja, em segundos todas estarão caídas e desacordadas(?).
Simples porque a regra da física é a seguinte: atrás de uma vem isso. . .
O que é isso?
É o lixo que conseguiram fazer com a educação brasileira e teimam em continuar fazendo. E lá vamos nós em direção ao inevitável inferno de uma educação mal planejada e perseguida, porque em sala de aula o professor é tudo, até político e isso os políticos profissionais não gostam. Daí. . . as minhas dores no corpo e na alma com o que fazem com os meus queridos professores brasileiro. Se esquecem de quem paga: o aluno que vê, ouve e acredita no que acontece no local dos seus estudos escolares, e pode levar para casa e contar aos seus pais que ficarão, as vezes, sem saber o que deverão fazer. Tá feito o imbroglio . Percebem porque sinto, mentalmente, dores no corpo?
E por falar em dores, leio a segunda notícia do ESTADÃO e fico sabendo que o veneno da cobra mamba-negra pode tem um analgésico, o mambalgina, melhor do que a morfina. Verdade? Claro que é verdade. E tem mais.
Esse tipo de cobra possui o mais letal dos venenos. É morte certa vindo da sua picada. Ele está sendo usado no desenvolvimento desse analgésico tão poderoso como a morfina, mas sem os efeitos colaterais associados a essa última droga. A conclusão dessa pesquisa foi publicada nesta semana pela revista especializada denominada de NATURE.
Os pesquisadores do Instituto de Farmacologia Molecular e Celular do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França conseguiram isolar esse componente - a mambalgina - do veneno da cobra mamba-negra e com ele conseguiram eliminar as dores sentidas por um camundongo em experiência.
Nas suas pesquisas, os franceses conseguiram apurar que a substância examinada não provocou disfunção motora, apatia, convulsão e nem desconforto respiratório, o que normalmente ocorre com a morfina.
No Brasil, mais precisamente no famoso Instituto Butantã, os seus cientistas desenvolvem algo semelhante com o veneno da cobra cascavel. As drogas advindas dessas pesquisas irão ajudar a entender melhor os mecanismos da dor. "É bom sabermos que a utilização desses venenos das cobras não serão as matérias primas de um remédio mas poderão intervir como modelo para moléculas que se tornarão analgésicos.", diz Yara Cury do Butatã.
É isso aí.
Sofro uma cacetada e fico dolorido no corpo inteiro, ao saber o que a ONU pensa dos salários dos professores brasileiros mas, ao mesmo tempo, tenho a grata notícia de que os pesquisadores franceses e brasileiros trabalham bastante para descobrirem o remédio contra a dor. E estão tendo sucesso!
Então, que venham as cacetadas e as suas dores mentais, psicológicas ou raio que as partam!haver
Mesmo assim, vamos aguardar a oportunidade de não lermos mais as notícias tão negativas como as contidas na pesquisa da ONU, sobre os salários dos professores brasileiros.
Se isso não acontecer não haverá morfina e nem a iniciante mambalgina que afastem as nossas dores. Né não?
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