UMA COISA É UMA COISA. . .

Várias vezes já ouvimos a expressão de que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". 
Até parece brincadeira com o uso das palavras, mas a principal delas "coisa" esta compreendida e significa a vida dessa frase. Se você sabe o que é uma coisa, sem dúvida alguma saberá o que significa outra coisa. E por causa dessa coisa foi que deparei, nesta manhã, uma reportagem num dos mais famosos jornais brasileiros, de que Jesus teve uma esposa, ou melhor, uma mulher que era a sua cara metade. Aí a coisa pega. Não pega?
É necessário muita coragem para falar à uma pessoa que encara Jesus como o seu ídolo religioso e o segue em todos os seus ensinamentos e  pormenores e que a sua igreja - a católica, apostólica, romana- dita e determina a todos nós cristãos.
Mas vamos aos fatos desse tipo de coisa.
Um papiro do século quatro mostra  na linguagem copta, que Jesus citou ter uma mulher e em seguida ele afirma que "ela será capaz de ser sua discípula"
A tradição cristã sustentou, até agora, que Jesus era solteiro, mesmo sem provas para confirmar esse seu estado civil. Porém, a descoberta desse papiro copta trouxe uma reação muito grande de indignação entre os que têm em Jesus a sua principal unidade religiosa. "Será que vivemos essa mentira sobre Jesus por muitos séculos?" perguntariam os seus seguidores.
A origem desse pequeno fragmento de papiro é um mistério. O seu proprietário pediu para se manter no anonimato. Ou seja, ele joga a coisa pra nós não justificando a sua existência e a gente é que tem que se virar para prova-la. Boa, não é?
Quem deve estar eufórico é o escritor Dan Brown, autor do livro "O código Da Vinci" onde ele bola a existência de uma esposa para Jesus e afirma que dessa união nasceram filhos. Inventar uma história, torna-la literária e, de um momento para o outro, aparece um pequeno pedaço de papiro do século quatro afirmando que a invenção do escritor tornou-se verdadeira.  É uma coisa do outro mundo. Ou não é?
A historiadora Karen King ficou responsável pela real identificação desse papiro e foi à Roma buscar subsídios para provar a verdade. Ela afirma que "é excitante o que estou vendo nesse papiro, porque é a primeira declaração atribuída a Jesus em que ele diz que tinha uma  mulher" e, em seguida, afirma: "esse pequeno papiro sugere que alguns dos primeiros cristãos tinham uma tradição na qual Jesus era casado"
Fui pesquisar e encontrei uma controvérsia no século dois sobre o casamento de Jesus, assim como um debate sobre se os cristãos deveriam se casar e fazer sexo. Isso existe até hoje e tornou-se uma peça fundamental na estrutura da igreja católica. É bom que não se confundam os cristãos-discípulos e seguidores fiéis de Jesus dos cristãos populares frequentadores das missas católicas. A regra estabelecida era somente para os cristãos-discípulos. Ok?
Pois bem, a Karen levou o documento à apreciação de dois papirologistas das universidades de Nova York e de Princeton. Ambos, doutores dessa área, afirmaram que aquele pequeno pedaço de papiro é impossível de ser falsificado e que o significado das palavras "minha  mulher" feitas por Jesus, não pode ser questionado.
Que coisa!
Provavelmente essa revelação vai ser canalizada ao esquecimento pelos líderes do Vaticano mas é bem possível que essa notícia possa causar alguma coisa estranha no seio do catolicismo.Duvida?
Perceberam quantas coisas podem ter significados diferentes? 
Algo, no entanto, pode deixar a coisa ainda mais complexa: a Bíblia nos ensina que Deus ao criar o homem criou também a sua companheira para juntos perpetuarem a raça. Ou seja foi para se tornarem marido e mulher e pudessem ter filhos. É ou não é?
Dai a pergunta: Se Deus criou e nominou de Eva a mulher de Adão, porque é que o seu filho predileto, Jesus,não poderia ter também a sua mulher?
Resposta óbvia que todos sabemos e aceitamos até hoje: porque a Igreja sediada no Vaticano não deixou.
É possível que esse pedaço de papiro venha a sacudir os alicerces da Igreja de Cristo.
Seria melhor esperar para ver. Né não?