terça-feira, 19 de junho de 2012

O QUE EU DISSE ONTEM, HOJE. . .

 Não sou político e nunca fui. Tentei ser um dia, mas levei uma fubecada tão grande que acabei desistindo de ser mais um corrupto. Ótimo para mim e para o povo.
A política é um vicio difícil de ser vencido. Quem pega não larga mais. Pelo menos é assim que eu tenho visto acontecer no confundéus do Judas como é conhecido o planeta onde vivemos. Todos pretendem se entender e não chegam a nenhum ponto de concordância. Vide Rio +20.
Mas, vamos em frente.
Político é um caso sério mas tão sério que ninguém leva  sério. Deu para perceber? Pois é.
Ontem o político falou algo e hoje com  maior cara de pau muda o seu pensamento. Tá  certo que todos nós temos o direito de mudarmos de opinião e mudamos mesmo!  Agora vem a pergunta: por que é que político não pode mudar de opinião? Sei lá.
Há alguns anos, havia duas correntes filosóficas políticas em nosso país: a da direita e a da esquerda. Jamais se misturavam porque cada uma delas tinha os seus objetivos diferentes, uma da outra. O partícipe político de uma delas fazia de tudo para derrotar o seu adversário. Valia tudo, aliás continua valendo. É só lermos as notícias nos jornais e revistas e comprovaremos isso.
Pois bem, vamos aos fatos.
Um político, muito conhecido em São Paulo, onde foi prefeito, responde pelo nome de Paulo Maluf. Adversário político estudantil, de Mario Covas, desde a época da universidade, ambos seguiram a política por caminhos diferentes. Maluf agarrou-se nos militares que estavam no poder central e Covas seguiu para a esquerda  e, mesmo sendo deputado federal, foi cassado pelas criticas contumazes que fazia aos detentores do poder.Depois, chegou a senador e governador do Estado de São Paulo. Porém, ambos se conflitavam.
Maluf, ganhou a Prefeitura de são Paulo e o Governo do Estado com as eleições indiretas, que era o que valia naquela época. Nascia ali um novo líder político que passou a ser admirado e elogiado pela suas obras de governo. Seus críticos eram os d outra facção política - a esquerda.
Assim, nesses anos todos a esquerda ainda continuava na sua e o Maluf na dele.
Entretanto, o  prestigio de Maluf em terras bandeirantes aumentou e o seu apoio é sempre cobiçado pelos demais partidos.
Eis que, o maior partido político adversário de  Maluf, resolveu procurá-lo e pedir o seu apoio para o candidato petista para a eleição para prefeito de São Paulo, em outubro próximo. O articulador dessa aproximação foi o maior negociador sindical e político já surgido neste país: Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente da República, indicado e apoiado pelo partido que fundou, o PT.
Só quem está vivendo este momento poderia acreditar nisso. Os dois lados da moeda se juntaram. Incrível! O representante da esquerda se unindo com o maior representante da direita, desde a revolução de 64?
Diz uma canção brasileira que "perdão foi feito pra gente pedir". Nesse caso, os dois lados devem ter pedido perdão pelo que fizeram e disseram nas campanhas eleitorais do passado, principalmente em matéria de ofensas pessoais e morais.
É. Política é bicho de sete cabeças ou mais. Ninguém a vence. Também, ninguém a entende.
Claro que neste caso, dois fatos foram levados em consideração pelo Lula ter bolado essa parceria: Maluf além de ser muito querido na cidade paulistana se o seu partido se unir com o PT, ficarão com o maior horário da TV, na campanha eleitoral.  O homem da barba sabe o que faz e faz bem.
A candidata a vice-prefeita na chapa do PT não concordou com o acordo entre PT e PP e disse que até poderá desistir da sua candidatura. Uma pena que Erundina não tenha crescido no seu conteúdo político atual. Eleições, atualmente, devem ser vistas com  o bom-senso entre os partidos, mesmo que outrora adversários, mas que hoje se unem visando o mesmo objetivo: a vitória!
Quem não pensar assim, ficará sozinho pela estrada do nunca mais!
Mas. . . Lula e Maluf juntos, quem poderia imaginar?

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