segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A REALIDADE DA MENTIRA.

Quando eu era uma criança, o meu avô me contou a história do garoto que, ao entrar num lago, fingiu estar se afogando, gesticulando com os braços e gritando por socorro. Várias pessoas entraram no lago para salvá-lo, Depois, perceberam que era mentira do garoto brincalhão. Várias vezes essa cena se repetiu. Num determinado dia, o garoto estava realmente se afogando e gritava mais alto por socorro. Ninguém tentou salvá-lo pois pensavam que ele estaria brincando de mentir que estava se afogando. Consequência: o garoto morreu afogado!
A mentira sempre traz prejuízo a alguém e no decorrer do tempo ele será maior para quem mentiu.
Gepeto, pai do Pinóquio, na história infantil mais conhecida do mundo, orientou ao seu filho para que nunca mentisse porque o seu nariz cresceria a cada mentira contada. Pinóquio não quis ouvi-lo e ficou com o nariz do tamanho de um . . . deixa pra lá.
A história do Pinóquio serviu, também, para apelidar um determinado  político brasileiro, pelas mentiras que prometia e contava em seus discursos ou em suas entrevistas. 
Aliás, os adversários que colocaram tal apelido nele, provaram, com o tempo, que os narizes deles cresceram muito mais do que o do Pinóquio. 
Em política tudo é possível, principalmente mentir.  A prova ocorre sempre após as eleições, quando muitos eleitos prometeram "mundos e fundos" e, depois das suas posses, confirmam que tais promessas foram mentirosas. E quem irá pagar? Resposta: nós, o povo! Inúmeros exemplos estão espalhados por esse Brasil todo.
Há dois anos, um certo presidente da república, prometeu acabar com a fome e com a pobreza do país. Abriu créditos adoidados para a classe "D" prometendo que ela estaria, em pouco tempo, mudando para as classes "C"e até "B".  Tudo passou a ser financiado para essas famílias que não sabiam nem como assinar um contrato de pagamento de dívida parcelada. Até cartão de crédito passou a ser distribuído pelos bancos para essas pessoas humildes e pobres. Ao terem o seu cartão de crédito em mãos, muitos passaram a comprar o que queriam. Não foi explicado às essas pessoas que tais gastos teriam que ser pagos nos seus vencimentos, com juros altíssimos.
As consequências da mentira de que os pobres ficaram semi-ricos acabaram chegando, através do aumento das dívidas provocadas pela insolvência do crédito pessoal acima de 60%, só neste ano. Explica-se através da compra da geladeira nova, do fogão novo, da nova TV ,da sala de visitas ou de jantar novas e até do carro ou da moto que nunca foram além dos sonhos de seus projetos de vida e, agora, tornaram-se realidades negativas com a  obrigação de pagar um preço muito alto que, depois de serem cobradas tais dívidas, percebem que continuam pobres e com fichas sujas nos estabelecimentos de crédito, Serasa e outras asas por aí.
A política brasileira tem essa mania de empurrar, com a barriga, os problemas do povo que anualmente crescem e se acumulam no caixão de contas a pagar e que nunca serão pagas. É só esperar a próxima eleição passar e isso, sem duvida alguma, acontecerá.
Como fazer para que os pobres não voltem a ser considerados pobres novamente?. Ou como evitar os que eram da classe "D" voltem aos seus lugares de origem, deixando de fazer parte da classe média? 
Se essa classe de consumidores parar de comprar, como é que as empresas fabricantes de produtos para essa gente deixem de fabricar e vender e, com isso, entram em concordatas ou falências?
O mercado internacional não está bom para os nossos produtos por causa da concorrência e dos preços ínfimos dos produtos chineses e coreanos, etc. que, deslealmente, disputam oe mesmos espaços com os produtos fabricados no Brasil?
Percebem que o buraco é mais embaixo?
Tudo poderá ficar atravancado. Muito, mesmo!
Grandes empresas brasileiras da construção civil estão re-fazendo seus projetos com a  dispensa de funcionários e reduzindo novos lançamentos. Isso é bastante preocupante, porque poderá ser a ponta visível de um iceberg da nossa economia. Outro problema: os pátios das fábricas de automóveis e caminhões estão lotados e as suas revendedoras facilitam,ao máximo, a venda de seus produtos expostos em suas vitrinas, porque ninguém tem grana e nem crédito suficiente para adquirir um carro ou uma moto. Só se for em 60 meses ou mais, se possível sem juros, e com uma certa probabilidade de não honrar o pagamento das prestações acordadas. Resta comprar uma bicicleta e olha lá!
É bem possível que "alguém", considerado o pai dos pobres brasileiros, diga que " não sabia de nada" e que não o alertaram que isso poderia acontecer. É possivel? Não!
Claro que sabia. A sua candidata ganhou as eleições para presidente da república com base nas mentiras e promessas que ele fez e não cumpriu. Muitos assessores que acreditaram nele foram punidos. Ele não! Absurdo! 
A sua punição está demonstrada no seu nariz que aumentou muito. Por quê será? Pai Gepeto que o diga.
E tem mais. O governo pretende abrir, os cofres, ainda mais, para aumentar o crédito do povo brasileiro - especialmente o pobre - que precisa comprar, para que as industrias continuem funcionando. Mais cartões serão distribuídos e mais sonhos poderão ser realizados e construídos como castelos de areia.  Depois virá a cobrança, mortífera, claro!
A saída será o levantar, novamente, os braços pedindo socorro, como o garoto da lagoa, só que ninguém  acreditará e tudo será como antes : mais pobres espalhados pedindo bolsas e salários doados. Ou seja, a repercussão será para todas as classes sociais, de "A" até "Z",morrendo afogadas na barragem do Belo Monte, ou no Pré Sal da Petrobras, ou ainda nos dólares da cueca do político, nas festas das ONGs,  ou na m. . . que está tomando conta do país.
Não é mesmo?

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