Dizem que a criança faz o que pode e obedece porque precisa.
Será?
Vamos lá.
Dito isso, posso compreender as reações do garoto apelidado no colégio como o "não sei". Fácil: todas perguntas feitas a ele eram respondidas com o celebre "não sei", porque seus pais nunca lhe indicaram a forma certa das respostas.
Era motivo de piadas e o garoto acabou sendo chamado de "NS" porque era a forma de resposta que dava a tudo que lhe perguntavam.
Cresceu assim e morreu assim.
Como morreu?
Sim ele morreu graças a essa maneira de responder às perguntas que lhe faziam.
Ao ser julgado por um crime que jamais teria sido cometido por ele, a resposta "não sei" trouxe-lhe a pena de 15 anos de cadeia.
Durante o período de prisão, ao observar uma revolta da maioria dos presos, acabou usando a sua marca nas respostas dos guardas que acabaram considerando desrespeito, suspeito e etc.
Ao ser perguntado sobre os chefes das gangues, ele se manteve no "não sei" o que deixou muitos presos revoltados e juraram de morte o inocente "NS". Isso acabou acontecendo numa certa manhã, quando o seu corpo foi encontrado esfaqueado e com a garganta totalmente cortada. Ali jazia o "NZ".
A sua maneira de responder às perguntas daqueles que tinham a missão de coordenarem o processo prisional, acabou embaraçando muito tudo que deveria ser feito. Assim, a verdade era sempre escondida pelas respostas do "NS".
O final da sua vida foi decretado e obedecido.
Se, aos cinco anos, os seus pais tivessem educado melhor aquela criança e ensinado a responder com coerência às perguntas que lhe eram endereçadas, o "não sei"seria substituído com verdades que viriam a demonstrar o nível de educação doméstica a que ele fôra submetido.
Como isso não aconteceu, o "NS" morreu, assassinado na penitenciária estadual e sem saber qual a razão. Ou melhor não soube o porquê. Ou mais ainda. Todos que viram ou tomaram conhecimento desse fato ao serem perguntados, responderiam com certeza: "Não Sei"
Teriam todos eles aprendido tal resposta?
Não seiiiiiiiiiiiiiiii !
Não seiiiiiiiiiiiiiiii !
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