sexta-feira, 21 de junho de 2013

E AGORA?

Confesso que eu fiquei preocupado com o que observei, após a passeata realizada, em Rio Claro, pelos direitos de espernear que o povo brasileiro descobriu.
Participei ativamente dessa movimentação porque eu também achava e ainda sinto que do jeito que está o Brasil não pode ficar. Daí, a minha decisão de estar entre os que querem um país melhor e mais humano. Eu era apenas um 7.4 de idade que se viu cercado de jovens por todos os lados, levantando cartazes com frases querendo mudanças em todos os setores da vida do país  e não apenas reclamando da majoração das passagens dos transportes coletivos municipais, estaduais e federais.
Ao terminar a passeata, encontrei-me diante de três garotas com seus rostos pintados, decorados e com idades não superior os dezesseis anos.Disseram-me que gostaram do movimento e se divertiram para valer. Uma delas me informou que aproveitou a oportunidade e voltou o namoro com um ex-namorado. Ela não via o dito cujo há mais de. . . 3 meses!  Tudo isso? pensei.
Ao observar essas colocações das jovens, me lembrei que  caminhando entre os passeantes,  notei que nem o hino nacional brasileiro eles sabiam cantar. Isso é preocupante. Seria falta de escola ou de educação? É preciso mudar para melhor a educação, né? E tem mais ainda. Ví um cartaz condenando os campeonatos que a FIFA  realiza no Brasil, a pedido do governo brasileiro,  gastando mais de 24 bilhões de reais para reformar e construir estádios para os jogos.  O cidadão que mostrava esse cartaz dizia que ele estava, naquele momento, deixando de assistir o jogo entre a Nigéria e o Uruguai pela Copa das Confederações. É mole? Pois é.
Jovem é jovem e somente deixará de ter essa identificação quando ficar mais velho e, provavelmente, verá a realidade de maneira diferente e mais responsável. Claro que nem todos os jovens são iguais em suas aspirações e isso pode salvar movimentos como esses espalhados pelo país todo.
Alguém disse que se aparecesse um cadáver as coisas poderiam tomar outra direção e sair do pacífico e ir para a violência.
O cadáver de um jovem, em Ribeirão Preto, atropelado por um estúpido motorista que não respeitou a marcha dos protestos, não será aquele que estava sendo aguardado para ser o herói sacrificado do povo descontente, porque foi morto por outro cidadão e não pela polícia. Tá explicado! 
Outras movimentações estão sendo articuladas para os próximos dias, em várias cidades brasileiras. Tudo bem. É o direito que a Constituição do Brasil nos dá de protestarmos e sairmos às ruas na busca da felicidade entre os habitantes deste país.
Dentro de pouco tempo, é possível que tais movimentações populares desapareçam e virá a pergunta que não quer calar: 
"E AGORA?"
Começar as mudanças por onde e por quem de direito é a dúvida de todos nós. Movimentamos e exigimos a mudança no valor do ticket dos coletivos e agora como conseguir outras mudanças sonhadas. Quem fará isso e como isso será feito?
É aqui que mora o perigo.
Que Deus continue abençoando esse nosso povo e não deixe que  continuemos a pagar por aquilo que os políticos, os oportunistas e governantes safados fizeram conosco até hoje. 
Né mesmo?

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