quarta-feira, 31 de maio de 2017

SERIA A VIDA DO APOSENTADO?

consegue
"Devo estar acostumado mas não me emendo."
Quem disse isso?


Eu não sei e nem quero saber quem foi. Apenas ilustrei o início desse artigo dessa maneira. Se alguém não gostou, deixa as coisas para lá e vamos em frente porque atrás vem gente. Ou não?
Num bate-papo com os colegas e eternos aposentados que diariamente sentamos nos bancos do jardim da minha cidade, encontrei uma saída para alguns fatos interessantes e observados por todos. A conclusão é obstante ordinária mas fiel a todos da minha idade: não servimos mais para nada, a não ser só para colocar os pingos nos "iis" e mandar a guasca ou a pua.
Gosto desses encontros diários e sinto falta deles quando eles não acontecem.
Hoje, uma quarta feira, noto que o movimento dos pedestres é pequeno e quase imperceptível. Aliás, seria bom esclarecer que o país anda num "mole-mole" onde ninguém conhece ou percebe o que se esconde debaixo do travesseiro. O que será que está acontecendo?
Há poucos meses, tivemos o impeachment da presidente da república e, por força de lei, o vice-presidente assumiu os plenos poderes republicanos e passou a dirigir os destinos dos brasileiros.
Evidentemente os adeptos e seguidores do partido da presidente ficaram "fulos" da vida e começaram uma campanha  contra quem assumiu as rédeas do país.
"Diretas, já!"- gritavam com força dos seus pulmões.
Ué, o doutor Ulysses ressuscitou?
Então eu pensei que se você não pode com um adversário mais forte, o negócio é levar às ruas os movimentos contra quem assumiu o poder. E assim foi feito. 
Somos um povinho que tem uma certa inveja de quem pode ou manda. É assim que é a lei dos mais fortes contra a lei dos pobres e invejosos. Pois é, já estamos há seis meses com um novo presidente que passou a responder até os processos judiciais só porque ele se tornou o novo presidente da república, sob o amparo da lei, que condenou quem lá estava usufruindo das roubalheiras de quem manda sem limites.
Chega! Política não se discute. Se cuidem os que querem discutir.
Mas voltando ao jardim, sinto que os comentários políticos somem e dão lugar aos do futebol que sempre estarão na ordem do dia.
Atualmente ando alérgico ao futebol porque o meu time favorito vive perdendo de ponta a ponta. E faz apenas três rodadas e já fomos empacotados em dois jogos. Ah, este meu Santos só é santo no nome. E pensar que já foi campeão do mundo. Duas vezes.
O movimento das pessoas que passam e repassam desfilando pelo jardim à nossa frente continua fraco. Na segunda feira, dava para contar nas mãos o número de homens que andavam pra cá e pra lá. As mulheres estavam infinitamente maior. É claro que não estávamos sentados naqueles bancos frios de cimento para ver as mulheres passando. O assunto principal era comentar sobre o futebol que dominava o ambiente naquele espaço do jardim.
Na terça feira, melhorou o movimento dos transeuntes com o aumento dos representantes do clube do Adão mas, mesmo assim, perdia para o número de mulheres de Eva que caminhavam  em direção aos bancos, balançando os seus bumbuns nas fenomenais calças cumpridas e justas ou agarradas às suas pernas e voltavam passando novamente pelo nosso grupo. 
Nesta quarta feira, elas continuavam a dominar o ambiente dos andarilhos. Dava para escolher quem era bonita ou não. O pior é que a minha cidade, no passado, sempre foi uma terra de mulheres bonitas. Hoje, a coisa mudou com a vinda de pessoas de outras plagas. O pior é que isso está demonstrado nos rostos e corpos femininos, além de alguns que gostavam de bancar o espaço e ser classificado da "coluna do meio". Daí, percebemos que no passado éramos felizes e não sabíamos. 
"Pois é", observou um dos meus companheiros afirmando:  "acho a minha esposa de 60 anos de idade muito linda perto dessas que passam agora por aqui"" Os companheiros que conheciam a esposa do amigo afirmavam que realmente ela ganhava a parada.
O que será que aconteceu? Cadê as mulheres bonitas, meu Deus?
Comecei a comentar esse assunto com os velhinhos sentados naqueles bancos em frente à agência do Bradesco, e todos resolvemos deixar as coisas caminharem da maneira como caminhavam. Estava ótimo e pronto!
Percebemos que algumas gotas das chuvas haviam chegado.
Estava na hora de abandonar aquele "front" e pegar os nossos carros e outras conduções e irmos ao encontro do almoço do dia.
Qualquer momento eu volto a continuar a narração das aventura dos aposentados daquela praça que riem sem saber o porquê e ficam à espera do não sei o quê.
Você sabe? Sabe, mesmo?
Então guarde a verdade somente no seu coração.   

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