Creio que pode ser indiferente observar um pai dormindo num sofá da sala ou na cama junto com o filho ou ambos abraçados sem observar o que estaria ocorrendo do lado de fora daquela casa.
Foi o que observei naquela tarde.
Não fiquei perplexo - se esta é a palavra correta- ao observar aquele quadro, mas confesso que fiquei emocionado.
Já me emociono com as coisas românticas que ocorrem ao meu redor e não me entusiasmo com elas. Apenas usufruo do direito da apreciação.
Porém, quando vejo o pai e o filho dormindo abraçados e nada prejudica o sono coletivo de ambos, confesso que me entusiasmo com as coisas do mundo de uma família, nem que entre essas coisas esteja o bem querer de todos e claro, de um pai e de um filho.
Onde estariam a mãe e outros membros da família?
Observando, eu responderia, sem dúvida alguma.
Na janela do cômodo onde eles estão deitados e desligados transparece as figuras que andam e desandam pela rua , além dos carros, ônibus e caminhões fazendo os costumeiros barulhos e ruídos quando surgem no pedaço.
Eu fico a observa-los, sonhando um dia, talvez, que algo aconteça comigo naquele tipo de naipe. Mas é apenas um sonho.
Lembro-me que há alguns momentos, sejam durante o dia ou não, em que os fatos interessantes aconteceram entre eles e a minha pessoa. Sorrisos e lágrimas saíram dos olhos de todos em confidencia, segredos e papos, jamais pensando que aquela cena seria tolerada e palavrada entre todos que estavam sentados e conversando naquela casa.
Durante os andamentos e as conduções dos bate-papos entre todos que desfrutavam do ambiente, ninguém havia pensado que num dado momento um pai e seu filho estariam deitados, abraçados diante dos olhos curiosos dos demais, sem darem qualquer respeito ao ato de amor que desfrutavam.
Mas assim é o mundo e jamais todos nós que habitamos este mesmo mundo havíamos pensado.
Então fiquei novamente observando as duas figuras e pensei que Deus entendeu e nos proporcionou aquela união e eu teria que observar, e muito, para entender o que significa uma união e o amor entre todos de uma família.
Será que todos já passarem por isso. . .
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