Aldo Zottarelli Júnior
Tenho observado o que está acontecendo com o comportamento dos jovens em vários países do planeta e confesso que sinto como tudo poderá ser diferente, em pouco tempo.
A história nos conta que a participação de jovens aponta para modificações do comportamento da sociedade, demonstrando resultados para algo até considerado inesperado. Ou seja, onde há jovens, a coisa muda. Se for para melhor ou para o pior, não importa. A mudança é inevitável.
Se quando éramos jovens nos preocupamos com o nosso futuro, os jovens de hoje também querem um mundo melhor para viverem e eles têm razão em pensar assim.
A política adotada por qualquer governo tem a obrigação de jamais se afastar dos sonhos de seus jovens porque a efetiva aprovação de um ato político sempre terá a participação do tom jovial daqueles que se preocupam com o futuro.
Para mudarmos ou tirarmos as rédeas das mãos dos condutores de uma nação, há a necessidade da participação do movimento jovem para que tudo dê certo e caminhe sem conflito.
Quer queiram ou não, os jovens serão sempre a determinante do processo de vida de um governo. Seja onde for.
Até o círculo dominante, há séculos, no Vaticano sentiu que um papa jovem poderias ser a salvação da credibilidade da cúria romana que caminhava com a sua política autoritária e corrupta para uma condenação, conforme a incredibilidade dos católicos do mundo. Tudo teria que ser mudado, com urgência, para se evitar que o papado continuasse a ser subjugado pela cúpula cardenalícia, considerada até a eleição papal acima de qualquer suspeita. A fumaça branca saiu pela chaminé e informou aos católicos que um papa jovem havia sido eleito, mesmo sem ter conseguido a totalidade daqueles que se achavam "donos" do Vaticano.
Os primeiros atos do novo e jovem papa foi mostrar ao mundo para o que ele veio. Mudanças radicais já começam a ser notadas e tudo feito com humildade, transparência e sinceridade demostrando que o que era de Chico, agora também é de Francisco.
Na próxima semana, o papa estará no Brasil para o encontro mundial dos jovens e, com eles, o pontífice irá provar que para todos os problemas de qualquer povo há uma solução defendida especialmente pelos jovens e sob a proteção do Divino Espirito Santo.
No Brasil tivemos, nos últimos 60 dias, a movimentação dos jovens que foram às ruas demonstrando a preocupação para com a moralidade e a política social do o país. Deu no que deu. Hoje, o Poder Legislativo trabalha de segunda à sexta, até de madrugada, para a discussão e aprovação de projetos de interesse social. O Poder Executivo, recém nocauteado pelo povo, continua assustado e nem sabe porque ele ainda existe. É mole?
O poder dos jovens mostrou-se mais uma vez que existe e tem força. Aliás, desde a queda do Presidente Collor isso não era testado no Brasil. Está aí para ninguém duvidar. Somos um país de jovens e eles sabem muito bem o que isso significa.
Ainda falta uma movimentação para sacudir o Poder Judiciário para começar a trabalhar mais rapidamente.
Vou citar o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, porém nos tribunais dos outros estados acontece o mesmo.
Não é mais aceitável que um Tribunal de Contas do Estado tenha processos de precatórios contra as prefeituras municipais há mais de 17 anos e não apresenta o seu acórdão ou a sua sentença final. O dinheiro pago pelos municípios está depositado na conta do TJ, rendendo juros e correção sem ser repassado a quem de direito. Incrível, não é?
Isso tem que acabar ou será que vamos continuar com os juízes e desembargadores, sob a proteção de suas togas, como figuras impolutas como aqueles que se vestem de vermelho e fazem parte da "fiel" cúria do Vaticano? Lá o mano argentino Francisco resolveu mudar e mudou. Aqui serão muitos jovens Franciscos, que precisam sair às ruas exigindo as modificações necessárias e rápidas para que essa política mal cheirosa do Judiciário seja mudada. Sem plebiscito algum, tá?
As más línguas dizem que abaixo de Deus quem comanda é o Judiciário. Será?
Como está acontecendo no Brasil, é bem possível que seja.
A nossa esperança é de que o mundo será sempre dos jovens. Temos apenas que apoiá-los quando tratarmos de defender as mudanças das regras da nossa sociedade. E. . . são muitas. Né não?
O autor é educador,escritor e músico.
E mail: aldozottarellijunior@gmail.com
Blog: www.notasdoaldo.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário