terça-feira, 23 de julho de 2013

BOATOS: FRUTOS DOS DEMENTES


                                                                          Aldo Zottarelli Júnior
Nem sempre as pessoas dizem abertamente o que pensam e se utilizam de palavras diferentes daquelas que deveriam ser ditadas ou escritas. Claro que ninguém gostaria de cometer uma gafe mas. . .
A minha ultima crônica, extensa propositadamente, gerou comentários dos mais diversos, porque eu contei sobre a possibilidade do Ministério Público entrar com uma ação na Justiça, para averiguar a realidade dos salários altíssimos de alguns médicos da Fundação de Saúde da minha cidade. Disse também, que fiquei sabendo do problema ao conversar com esse promotor no bar da sauna do Cube de Campo. Não disse dentro da sauna. Ok?  
Infelizmente, alguém escreveu sobre isso, num dos jornais de Rio Claro, e deu como título a expressão "conversa de sauna" querendo, talvez, depreciar a verdade da minha afirmativa, porque a maioria das pessoas pensam que o que se comenta no bar de uma sauna não merece crédito.  Em seguida, é utilizada a expressão "motivados" e não explica  quais as pessoas que estariam motivadas com a notícia. Penso que faltou alguma coisa naquela frase. Poderia ter ocorrido um erro de digitação? Talvez. Logo em seguida, afirma que está aguardando para analisar os "famosos" hollerites e termina afirmando "todos falam mas ninguém vê"
Vou parar por aqui sobre este assunto porque com a idade que estou não quero polemizar e nem qualquer aborrecimento mas, confesso, que fiquei triste em ver que o que eu escrevi e contei foi dado como "conversa de sauna", será que não seria de botequim? Pois é!
Algumas pessoas amigas ,com influencia de motivar a opinião pública, não gostaram da maneira como o comentário do meu blog foi classificado visto que o  meu nome é bastante respeitado e me ajuda a carregar, nesse meu lombo, as dezenas de anos voltados e dedicados à educação e à comunicação séria e decente.
Mas vamos deixar isso para lá porque não irá construir nada para o bem da nossa cidade, né?
Por falar em opinião, esta para ser reconhecida com o seu valor confiável, tem a necessidade de se sujeitar às críticas e, com isso, os debates aparecem e no final, há uma aceitação racional. Isso é ótimo.
Em encontros entre amigos jovens, idosos, etc, ou até mesmo nas conversas de diretores de empresas, clubes, escolas, etc, há sempre aquele que diz ser o dono da verdade. Vou mais longe ainda. Essa pessoa pode ter a mania singular de querer saber tudo o que acontece na sociedade em que vive, para mostrar que é bem informado, ou seja quer ser como um rei! 
Consegue até mudar a verdade "verdadeira" daquilo que ouviu e passar a mentira "mentirosa" para seus colegas ou ouvintes, balançando a moral de quem quer que seja. Pode até não ser essa a sua vontade, mas esse tipo de ato acaba  sempre prejudicando alguém.
Tal conduta reflete uma maneira de esconder um complexo de inferioridade na tentativa de mostrar uma fragilíssima superioridade em seus atos. Dizem os psiquiatras que se trata de uma pessoa doente. Será? Mas que doença é essa? Tem cura?
Os boatos sobre pessoas ou sobre qualquer assunto, numa cidade de interior, nascem  dessa estirpe de gente que tem como reação imediata um silêncio fictício e, em seguida, um sorriso ao ver o ofendido sofrer com o boato que ele inventou. Que coisa.
E o pior é que parece não haver a cura para tal demência que se identifica na felicidade do boateiro ao ver outras pessoas rirem ou "tirarem sarro" daquele que foi ofendido.
Eu tenho amigos com essa tal síndrome e torço para que um dia eles mudem. Será que mudam?
Em tempo: esses amigos não frequentam a sauna que eu frequento. Tá?

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