quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

COMPARAÇÕES

Para toda criança, o pai serve de exemplo até os 14 anos e, depois disso, os amigos e companheiros de escola são os modelos a serem seguidos pelos novos adolescentes. E não adianta alguma comparação porque os pais perdem longe. Experimente, quem duvidar dessa afirmativa.
Mas vamos voltar a idade compreendida dos sete aos catorze anos.
Na escola, as tias são as responsáveis pela educação ou progressão educacional das crianças. E os grandes adversários delas sãos os pais (homens) considerados os heróis ou os primeiros heróis  da vida dos seus filhos.
Tudo que a criança vê e aprende coloca a figura do pai na história. Isso é bom. Pelo menos nós, os pais, sabemos que servimos para alguma coisa e não somente participantes da criação do feto que mais tarde se transformou em uma criança. Né mesmo? Pois é.
Visto isso, vamos encontrar o mistério das comparações.
O que significa esse tal mistério?
Imponderável!
Impressionante!
Impossível de ser explicado.
Tudo que falamos com os nossos companheiros de grupo escolar, colocamos o nosso pai na conversa. Daí a comparação se torna inevitável.
- O meu pai faz isso.
- O meu pai faz muito melhor.
Assim, as comparações vão surgindo de tal maneira que até discussões acabam acontecendo entre os filhos que se utilizam delas para contar alguma vantagem.
Lembro-me de uma dessas comparações que me deixaram mudo e surpreso.
Dois filhos, querendo colocar os seus pais no primeiro lugar no pódio das comparações, travavam uma conversa pouco séria.
- O meu pai conhece tudo sobre esse assunto - dizia um deles.
- O meu conhece mais porque é doutor nesse assunto.
Dessa maneira, as comparações foram feitas. Uma atrás da outra até que um deles falou:
- O meu pai é mais alto do que o seu.
- É nada. O meu é que é maior do que o seu.
- É só colocarmos os dois juntos e você verá que o meu é maior do que o seu.
- Não vou fazer isso porque você poderá cair do cavalo.
- Eu não falei em cavalo. Falei na altura do meu pai que é maior do que a altura do seu.
De repente um dos garotos olhou para o céu e disse:
- O meu pai é tão alto que chega até a apalpar as nuvens do céu.
- Verdade? E quando ele apalpa as nuvens, ele não sente algumas saliências na forma de bolas?
- Está vendo como o meu pai é mais alto do que o seu. Claro que ao apalpar as nuvens do céu ele percebe, esse tipo de saliências como se fossem duas bolas.
- Pois é. Essas saliências, essas bolas, são do saco do meu pai.
Não preciso contar que os dois meninos entraram em luta corporal. 
Quem não entraria?


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