Grande seria o tamanho mas pequena seria a sua dimensão.
Não sei onde eu fui buscar essa comparação mas ela realmente existiu.
Quando eu mantinha uma coluna semanal, num dos jornais da minha cidade, eu convivia melhor com o meus leitores e afirmo que eu gostava de escrever. Depois fui me afastando dessa simbiose e comecei a perceber que era um pouco difícil manter essa mistura do escrever e do ler. Mesmo assim, procurei manter o que eu costumava apelidar de "escreveu não leu, o pau comeu", e fui em frente.
Em um dado momento, percebi que o jornal tinha as suas missões jornalistas e informativas e isso me incomodava, e procurei deixar de me arriscar um pouco dos meus leitores.
Afirmo que deixei de escrever semanalmente e passei a me dedicar aos meus romances embriagantes e sem graça. Hoje, não sei mais o que me opera, se escrever para tantos e deixar de escrever para poucos. Um dia, a paz do Senhor irá me afirmar o que poderia ser mais importante.
Daí a abertura desse comentário afirmar que o grande seria o tamanho mas pequena a sua dimensão.
Converso com alguns articulistas e eles tentam me acalmar sobre esse assunto da escrita para muitos ou para poucos. Por incrível que possa aparecer, todos possuimos o mesmo drama do temer para quem escrevemos. E eu que pensava que a escrita me levaria a uma identificação sem escolha, mas fiel aos leitores. Está aqui a versátil tarefa de quem escreve mas não a de quem lê.
Volto ao diálogo com outros escritores e percebo que mesmo que eles considerem acabados em seus artigos, seguem sempre a dúvida se as palavras escritas são fiéis ao seu pensamento. Podem até ser dos leitores mas poderiam também não ser a dos escritores.
Não me deixo enganar, jamais. Escrevo o que eu quero escrever e não sei se irei agradar quem lê. Mas escrevo, mesmo!
Talvez, um dia, eu paro de escrever artigos de jornais, mas nunca será um romance ou um drama. Isso é diferente, diria o meu professor Luiz Ângelo e completava: "escreva sempre e muito e você irá compreender a diferença nesses trabalhos."Mas é preciso ler muito também para não cair no mesmo diapasão.
Volto à dimensão das minhas palavras do que é grande e do que é pequeno e posso afirmar que o grande será sempre o grande e causará oportunamente um bem maior da sua construção no complexo informativo de uma frase que demonstrará a quem lê a sua verdadeira significância.
Não irei buscar nada grande e nem pequena para as dimensões das minhas idéias, somente irei apontar o que elas significam e tudo ficará muito bem escrito.
Quem escreve sabe do que eu falo e eu escrevo.
Para isso, ainda continuarei a escrever, se isso me for permitido e seja grande ou pequena a sua dimensão.
Para isso, ainda continuarei a escrever, se isso me for permitido e seja grande ou pequena a sua dimensão.
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