Gosto de ouvir alguma criança chamando pelo papai ou pela mamãe. É indescritível.
Quando me tornei vovô pela primeira vez, alguma coisa aconteceu com a minha alma que, até aquele momento, estava pacificamente quieta e em grau de observação por tudo que me rodeava.
Eu não sabia nada sobre o que acontecia e, por isso, sentia que alguma coisa ainda iria sensibilizar o meu ego em relação a tudo que mexia ou aparecia à minha frente.
Que coisa, meu!
Por estar tecnicamente afastado de tudo o que estava acontecendo à minha frente ou ao meu lado, não percebi que os meus sentimentos normais que poderiam nortear tudo em mim começaram a ter os seus alicerces abalados.
Abalados? Pois é.
E pensar que isso ocorre sempre quando ouço o som ou a voz de uma criança chamando pelo pai ou pela mãe.
Não posso me esquecer de que há tantas horas no dia e, às vezes, isso pode me causar espasmos intensos e diferentes que acabo encontrando nessas diferenças o que costumo buscar e nem sempre encontro. Deu para entender?
Não sei responder.
É a vida, diriam uns. Que nada, diriam outros.
Mas se é a vida que produz essas coisas estranhas, como explicar o que podemos extrair dos passos que damos a cada minuto, ou a cada hora, ou ainda a que vivemos durante o dia.
Estranho, muito estranho.
Alguém me alertou da real necessidade ou curiosidade que preciso ter quando estou procurando algo, seja ele importante ou não. E quem pode me afirmar ou confirmar que aquilo que procuro é importante. Importante para mim ou para o mundo. Quem é que sabe?
Tudo isso estou explicando porque apenas ouvi o som de uma criança tentando falar uma palavra ao meu lado. Se não for papai ou mamãe que palavra estranha será para ela ou para mim?
Procuro ficar esperto e com os ouvidos atentos, porque é necessário saber sempre que a vida continua nos explorando a todo momento, e esse tal momento poderá determinar um futuro certo.
Ou não?
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