É de estarrecer qualquer um, quando alguém afirma algo justificando a possível existência de uma certa margem de erro.
Meu Deus!
Se afirmo algo dito, não me é dado o direito de citar que a minha estória pode estar eivada de mentiras ou inverdades, levando o caso contado a ser considerado esdrúxulo por qualquer um.
No momento em que eu admito margem de erro nas minhas demonstrações, eu afirmo, com todas letras do alfabeto, que elas nada significam porque estão erradas. Possivelmente, muito erradas.
É ou não é?
Pois bem. Durma-se com um barulho desse.
Quando um instituto de pesquisas eleitorais afirma que seus resultados possuem uma margem de erro, entendo que tais pesquisas são furadas e jamais irão bater com a realidade.
É só observar e comparar.
O pior disso tudo é que todos os institutos de pesquisas afirmam que adotam a citada margem de erro nos seus resultados, a fim de salvaguardar a idoneidade da peça anunciada. Ou seja, de qualquer maneira eles sempre estarão perto da realidade e, com isso, a idoneidade do instituto estará resguardada. Sempre!
Se um político mente sobre um concorrente, durante a campanha eleitoral, tal procedimento não importuna a justiça. Porém, a confissão da existência de margem de erro pelos institutos de pesquisas eleitorais, extrapola o direito da credibilidade de qualquer cidadão e identifica o compartilhamento da mentira porque a realidade é totalmente outra. É aqui que a justiça deveria agir e proibir qualquer instituto de declarar a existência de erros nos resultados apresentados. Ao aceitar isso, ela estará aceitando a inverdade da pesquisa.
Desta maneira, a qualquer momento, será possível que os resultados anunciados de uma pesquisa sejam tão flexíveis, sujeitando-se até a 10% de erros para mais ou para menos.
Bem, dessa maneira o instituto estará resguardado com os seus resultados que estarão sempre ao lado da realidade posteriormente comprovada. Fácil, né não?
Não conheço nenhum realizador de alguma pesquisa sobre qualquer coisa afirmando a inexistência da margem de erro.
Você conhece?
Então fique com os erros de sempre das pesquisas eleitorais que não acertam o verdadeiro número a ser estimado. Sempre haverá a fuga da comprovação da realidade das pesquisas anteriormente anunciadas. É o método científico de se apurar, dizem os responsáveis pelas pesquisas e muita gente acredita. Eu não acredito e nem tomo conhecimento.
Estou em paz com isso tudo que estou observando. E você?
Fique também em paz, a não ser que para se chegar a ela lhe será dada a margem de erro para que você alcance tamanha façanha.
O autor é educador, escritor e músico
www.notasdoaldo.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário