Estou vivendo um domingo de carnaval. Beleza!
Essa tal de beleza somente será va'lida para aquele que atingiu uma certa idade - a do bico do corvo - e estamos conversados. Claro, porque e' a idade em que me encontro. Ta'?
Dessa forma, fico lendo o jornal " ATribuna" sentado numa cadeira de praia, sobre a areia e de
frente para o mar, sob um intenso brilho do sol de verão.
De repente, leio uma palavra interessante e fico a pensar nela e nas suas consequências. Se trata da adivinhação. Sabe la' o que e' ser advinho?
Pois é, a pessoa que advinha, ou se diz advinho, parece que tem o rei na barriga porque se sente superior sobre todas as coisas e no's temos que dormir com um barulho desse?
Há vários tipos de advinhos. E' aí que a coisa pega e . . . como pega!
A mulherada adora conversar e ouvir o que os advinhos tem para contar. Principalmente sobre a vida delas: a vivida ou a que o advinho diz que elas irão viver. E o pior e' que elas acreditam, como acreditam também nas palavras dos horóscopos. Tem gente inocente para tudo né não? Pensando nesse tipo de gente, eu me lembrei de alguém que tinha a mania de advinhar tudo utilizando de algum objeto como base da sua adivinhação. Vamos la'.
O cara entra num restaurante e ao cheirar a faca que estava sobre a sua mesa, pede para o garcom lhe trazer um "peru a california" que ele advinhou que será o prato do dia seguinte.
" Como ele advinhou o nosso prato do dia de amanha? Cheirando uma faca? O que e' isso?" pensou o garçom. Imediatamente ele contou o que aconteceu ao gerente do restaurante. Este recomendou ao garçom que ficasse esperto, etc e tal.
Dois dias depois, no mesmo restaurante, o mesmo garçom e o mesmo freguês.
" Chefe, o cara voltou e agora?" - perguntou o garçom para o gerente.
" Vamos ficar de olho nele"- respondeu o dito cujo.
O freguês pegou a faca e a cheirou. Depois virando para o garçom, lhe pediu:
" Amanha vocês irão servir macarronada a bolonhesa. Não e'?
" Sim, senhor."
" Quero esse prato do dia de amanha"
Lá foi, novamente, o garçom contar para o gerente o que o freguês havia pedido.
" Ele cheirou a faca e advinhou o nosso prato de amanha?"
" E' isso aí, senhor".
" Se ele voltar num outro dia, tire os talheres da mesa dele e traga-os para mim."
" Ok, senhor."
Passaram-se quatro dias e o advinho voltou a aparecer. O garcom obedeceu a recomendação do gerente.
Este foi ate' a cosinha e pediu que a cozinheira Wanda esfregasse uma faca no
seu corpo, inclusive na periquita.
" Na periquita?" - perguntou assustada.
" Lá também, por favor"- pediu o gerente.
Depois da passagem da arma do crime pelo corpo da cozinheira, o gerente entregou a faca ao garçom e lhe disse:
" Dê essa faca ao freguês e diga para ele advinhar qual será o prato do dia de amanhã."
Dito e feito.
O cara pegou a faca e a cheirou. Olhou para o alto e cheirou outra vez.
O garçom ao lado observava os movimentos do freguês. De repente, este olha para o garçom e surpreso lhe pergunta:
" Não me diga que a Wanda trabalha aqui!"
O garçom caiu ao chao, desfalecido.
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