segunda-feira, 28 de maio de 2012

ERA OU AINDA É UMA VEZ

Um dia, o conhecido e falecido político brasileiro Jânio da Silva Quadros conversava com um de seus assessores que, por ventura, foi um grande amigo da minha adolescência  e confessava que ele admirava os "meios" político e artístico que tinham que procurar, constantemente, os caminhos da fama para  continuarem a ser conhecidos e buscar as suas jornadas maiores. 
E não é que aquele figuraça, grande professor da língua portuguesa, tinha razão.
Desde que abandonou o cargo de Presidente da República do Brasil, Jânio tentou e conseguiu se eleger prefeito de São Paulo e, neste cargo, incomodou muita gente.
O homem simplesmente era impossível de deixar de se fazer notado, comentado e criticado.
Nas entrevistas com os jornalistas, evitava alguma crítica negativa ao inimigo porque sabia que um dia os dois poderiam estar caminhando juntos. A sua resposta sobre um adversário era sempre a seguinte: " É um homem bom".
Confesso que eu era mais admirador do seu grande adversário político, o governador Adhemar de Barros porque gostava da maneira como este realizava obras e mais obras pelo interior paulista.
Ao perceber as dificuldades, em criticar o ademarismo, Jânio lançou a sua famosa "varre,varre vassourinha" como o único caminho para vencer e varrer o seu antagonista apelidando-o de ladrão. E falava de tal maneira  abertamente  que, em pouco tempo, Adhemar  foi obrigado a retirar-se para o Paraguai e lá ficou aguardando ser considerado inocente pela Justiça brasileira das calúnias dos janistas, para voltar e ganhar as eleições para prefeito de São Paulo, com apoio financeiro, inclusive, do governo paraguaio. Pouca gente sabia disso.
Jânio e Adhemar foram dois políticos que incentivavam a publicidade de seus nomes a fim de ser evitado o esquecimentos  e, com isso,  a morte da vida política.
Até com a vinda  dos militares no poder, e das disputas entre a direita e a esquerda brasileiras,  o nome de Adhemar surgiu forte. Foi quando um grupo de esquerdistas ,e entre eles diriam ter estado a atual presidente Dilma, roubaram um cofre no Rio de Janeiro cheio de dólares,e de propriedade do político paulista, para cobrir às despesas do movimento esquerdista brasileiro que desde as eleições livres e diretas se mantém no poder governamental do país.
Pois é. 
"Tudo mudou", diriam alguns.
Não penso assim. Acredito apenas que os homens mudaram algum comportamento diante do que vemos e ouvimos sobre Brasilia e Cia, Ltda.
Se antes, um político forte como Adhemar, fugiu para o Paraguai para que a Justiça fizesse Justiça sobre os fatos que o acusavam de alguma coisa, hoje, anos depois observarmos que os valores da corrupção e do desvios dos milhões  caem como movimento das  "águas das cachoeiras" e escorrem pelos dedos da mesma  Justiça, também bastante modificada e abertamente posicionada como a grande interessada  na existência da política de atos comprometedores. Claro! Os ministros foram nomeados, inclusive pelo Presidente da República, que acaba entrando no molho sujo e corrupto de seus amigos e companheiros de partido políticos. 
Sabem quando os "cachoeiros da vida"e outros serão julgados e condenados?
Pois é.
Saudades dos tempos do Jânio e do Adhemar. Não é mesmo?

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